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Fanny: Ana,Ana!..- entrou no quarto apressada para contar a novidade..

Ana: O que?.- saiu ainda com a toalha na cabeça..- Quem morreu?!..

Fanny: Não sabe a novidade hiper,mega incrível que tenho a te contar,você vai enlouquecer..- Deu pulos curtos..

Ana: Se você não dizer,aí mesmo não vou saber porque vou matar você de curiosidade,então diz logo menina..

Fanny: Acabei de conversar com o papai assim meio sem querer e não sabe o que descobri..

Ana: Descobriu onde ele compra aquele negócio que usa no terno,qual o nome mesmo daquilo?!..- sentou-se

Fanny: Que,não..- Sentou junto da babá e animada segurou sua mão..- O que eu descobri é muito melhor..

Ana: Então vai me conta logo..- disse tirando a toalha úmida dos cabelos..

Fanny: O meu pai acabou de me dizer que pediu o divórcio para a tarântula..

Ana: Por que?!..- fez como se a notícia não tivesse dado tanto impacto..

Fanny: Não sei,ele não me disse exatamente o motivo,você não fica feliz com isso,ela vai embora..

Ana: Fanny,para,você não percebeu,o seu pai se casou com ela para que o bebê tivesse um lar estável,né?!..

Fanny: Eu sei,mas isso é impossível..

Ana: É,isso eu sei,aquela tarântula,naja,oxigenada,nojenta é tudo menos estável..

Fanny: Ana,você não acha uma boa idéia você ir lá falar com meu pai..

Ana: Falar,falar sobre o que,para que,não temos nada o que falar.- fez uma cara de espanto,enquanto a jovem sorria como boba imaginando coisas..

Fanny: Sei lá,sobre isso tudo,como vai ficar meu irmão,sobre vocês,né?..

Ana: Não minha querida não me intrometo nisso,mesmo que você esteja jogando verde para colher maduro,eu não sou bagunça não..- se exaltou..

Fanny: Por que?!..- sorriu ao vê a atitude da castanha em relação a novidade..

Ana: Ah como porque,se passaram seis meses Fanny,mas não cicatrizou,ainda dói toda a ilusão que senti,ok?!..

Fanny: Mas vocês se amam Ana,e agora vocês estão livres para viver esse amor que sentem..- a castanha deu um pulo da cama e logo a interrompeu a jovem..

Ana: Não,isso não existe mana,acabou,fim,Fernando e eu apenas patrão e empregada..

Fanny: Ok,mas me diz uma coisa,você está feliz com meu tio Diego?!..

Ana: Ah,bom,ele é como um príncipe sabe,as vezes dá seus tropeços,mas gosto de estar ao seu lado..

Fanny: Ótimo,mas questão aqui é se você ama ele Ana,você o ama?!..- a castanha pensou um pouco,mas logo respondeu a pergunta feita..

Ana: Essa não é a questão Fanny..- disse,e voltou a se sentar..

Fanny: Como assim não é a questão,se não é amor,então o qual é,o que te impede de viver seu sonho com meu pai,ele parece arrependido...

Alicia: Ana!...- entrou nervosa ajudando a babá escapar da pergunta..

Ana: Já estou indo..- jogou a toalha que tinha em suas mãos na cama e saiu apressada com Alicia que tinha os olhos vermelhos de tanto chorar..

Depois de tanto pensar,e repensar todo o dia,durante a madrugada Ana viu uma ótima oportunidade de questionar ou conversar com Fernando que tomava seu chá distraído,não tinha como negar,ele ficava lindo sendo ele mesmo..

Ana: Te sentes bem?!..- o empresário logo virou sua atenção para ela que descia com um copo em mãos..

Fernando: Não muito,e você?!..

Ana: Bom,digamos que bem,soube a pouco uma coisa,e não esperava uma reação diferente sua..

Fernando: Então já sabe?!..- a castanha se aproximou lentamente..

Ana: E como não senhor,contou para uma das mais fofoqueiras dessa casa,e ela acha que seria bom se falássemos de algumas coisas..

Fernando: Que coisas?!..- neste momento Ana já estava sentada a frente do homem

Ana: Bom,essas coisas que o senhor queria,sabe,que desejava que seu filho crescesse em família,não era?!..

Fernando: Sim,claro..- ele terminou o chá que já esfriava..

Ana: E agora o que,não quer mais?!..

Fernando: E claro,mas tem coisas que eu não posso mais sacrificar..

Ana: E não podia ter pensado nisso antes,o senhor hein..- abaixou a cabeça envergonhada do que disse..

Fernando: Eu não podia imaginar que a minha vida iria se tornar algo tão vazio..

Ana: E o que vai acontecer agora?!..

Fernando: Quero que ela vá embora,mas tem o risco que não aceite uma separação amigável..

Ana: Senhor,sabe onde isso vai dar,conhece a esposa que tem ou não?!

Fernando: Também não vou força-lá a sair,ela está grávida,e a saúde dela e do bebê são primordiais..

Ana: É sim..

Fernando: Mas porque você me pergunta o que vai acontecer?!..

Ana: Não é nada,eu vou dormir, licença..- se levantou para sair,mas Fernando logo levantou para impedir..

Fernando: Ana,obrigado por todo o apoio que tem me dado..- segurou na mão da babá que logo se afastou..

Ana: Não tem de quê,agora preciso ir,vou acordar bem cedo para vê o seu irmão,mas não se preocupe estarei aqui para cuidar das crianças..- disse e saiu..

Fernando: Aí Diego sempre a mesma mulher..- voltou a se sentar,mas dessa vez sua atenção estava no quadro de sua falecida esposa..- Mas para você não posso enganar,eu estou apaixonado por Ana,e a cada dia mais..

Na manhã seguinte,depois de colocar as crianças na escola,Ana não imaginava o que viria vivenciar..

Isabela: Está feliz não é?!..- disse enquanto a castanha com um sorriso retirava as coisas do café da manhã..

Ana: Por que não estaria senhora Isabela,eu sou assim mesmo todas as manhãs,especialmente hoje que tive um momento muito agradável bem cedinho..- falou após pegar a bandeja do café..

Isabela: Sei,você pode ter vencido a batalha,mas não a guerra,eu ainda vou fazer da sua vida um inferno,aguarde..

Ana: O que eu posso dizer..- quando ia saindo ela acabou tropeçando e as coisas foram ao chão fazendo com que se abaixasse para juntar os cacos..

Isabela: Eu vou te destruir babá de quinta
- ela sem que a babá percebesse se levantou e maldosa pisou na mão de Ana que juntava os cacos..- Nem que seja a última coisa que eu faça,entendeu?!..- se afastou satisfeita do resultado que havia feito na mão da mulher que logo segurou o membro dolorido..

E apressada e com dor Ana juntou os cacos e saiu,precisava agredir algo ou faria algo que pudesse se arrepender..

Espero que tenham gostado
Escritora Salinas 😘



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