capítulo 6: O chefe de polícia

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O Senhor Nelson estava agora na sala de reuniões junto com outros detetives, policiais e o chefe de polícia do Distrito. O chefe havia chamado eles e fora pessoalmente até a sala do Senhor Nelson, segundo ele, o caso do senhor Johan estava começando a tomar proporções ainda maiores do que uma única morte.
O chefe de polícias puxou o quadro com o assunto do dia e o virou, mostrando diversas fotos.
- Muito bem, senhores. Estamos todos aqui. Darei a pauta do dia, então - O chefe de polícia então pegou o bastão que utilizava para apontar para o quadro - No começo dessa semana, no domingo, o escritor Albert Johan foi encontrado morto em sua casa. A causa da morte ainda não foi confirmada, porém... - O chefe de polícia então fez um sinal para o seu assistente, que desligou a luz e ligou o projetor - Não foi algo natural e, portanto, encarreguei o Senhor Nelson para o caso. Como podem ver... - O assistente do chefe de polícia pôs uma foto no projetor. O chefe apontou na imagem projetada os pontos citados - Os indícios são sangramento pelas cavidades da cabeça: olhos, ouvidos, nariz e boca, com os olhos e os tímpanos tendo estourado. No entanto, conversei com dois outros colegas meus sobre o caso, e mais duas outras vítimas surgiram nas cidades vizinhas à nossa - O assistente mudou para outra imagem - As vítimas foram um jovem de quatorze anos e uma de dezessete. Nenhum dos dois têm ligação. E mais recentemente, outras duas vítimas foram confirmadas como tendo ligação com o caso, apesar de serem mais antigas, por volta de quatro a oito anos atrás - O assistente mudou novamente - Dois adultos, de sessenta e quarenta anos. Ambos veteranos - O chefe de polícia fez outro sinal, e as luzes foram ligadas novamente e o projetor desligado - Dada a magnitude do caso, estarei pondo mais dois detetives para auxiliar no caso, enquanto o Senhor Nelson o investiga de forma integral. Também teremos o auxílio dos detetives anteriores. Dito isso, estão dispensados.
Os policiais, então, começaram a sair pelas portas e seguir para os seus locais de trabalho. O Senhor Nelson então foi até o chefe de polícia. Ele encheu duas xícaras com a garrafa de café na mesa atrás deles e entregou uma ao chefe de polícia.
- Obrigado pela confiança chefe
O chefe de polícia pegou a xícara da mão do Senhor Nelson e bebeu um gole.
- Ora, nada mais certo a se fazer. Você é o melhor homem que eu poderia encarregar desse caso.
O Senhor Nelson bebeu da sua xícara.
- Espero ter o seu auxílio também dessa vez. Poderia me dar o número dos outros detetives antes de eu sair?
- Claro. Suponho que tenha alguma pista, talvez?
O chefe de polícia tirou um bloco de notas e começou a escrever com a caneta que levava no bolso do paletó.
- Nenhuma por enquanto. Apenas tenho o meu instinto, mas ele não parece estar muito certo dessa vez.
- Bem, às vezes o instinto de um homem é seu maior companheiro, confie nele se achar melhor.
O chefe de polícia puxou a folha e a entregou ao Senhor Nelson.
- Eu até confiaria, mas...
O chefe deixou a xícara vazia em cima da mesa.
- Mas?
O Senhor Nelson fez o mesmo e se direcionou para a saída.
- Não, nada. Não era nada. Obrigado pelos números.

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