Ainda amo você

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Você foi acusada de trair seu próprio sangue. - Niklaus Mikaelson.

◇

Meu coração tá parecendo uma bomba relógio. Eu deveria estar com ele assim? Desse jeito?

Fernanda disse que é apenas a emoção do casamento, e talvez fosse mesmo. Eu sou muito paranóica e pensar nessas coisas justamente hoje não é digno de uma noiva.

Minha mãe coloca o último enfeite do meu penteado. Me olho no espelho e vejo que não estou nada mal. Na verdade, está até bom.

- Vamos logo. - Clystoff fala. - só tô esperando a cerimônia acabar pra começar a festa. - reviro os olhos e me levanto da cadeira a qual eu estava sendo arrumada.

Fernanda junto com mamãe me abraçam, tento não chorar para não borrar a maquiagem. Porém, foi impossível.

- Obrigada, obrigada por tudo. - as aperto contra mim. - eu amo vocês. - digo limpando meus olhos delicadamente.

- Eu amo mais amiga e estou feliz por participar desse momento com você. - Fernanda fala logo após nos soltamos do abraço em trio.

- Filho, não vai falar nada pra sua irmã? - mamãe pergunta.

Clystoff coloca o celular no bolso e apenas revira os olhos.

- Ela sabe que eu amo ela mãe. E eu também amo todas vocês suas chatas. - Meu irmão fala. - Vamos logo, eu quero chegar na parte da comida. - diz.

Rimos e concordamos. Hoje seria o dia mais feliz da minha vida e ninguém abalaria esse dia perfeito.

♡

Fiquei inquieta o caminho todo, senti minhas mãos suarem e meu coração parecia que iria sair do peito.

- Calma Beatriz. - Meu irmão fala.

O carro para enfrente ao lugar que alugamos para acontecer a cerimônia. Nicolas e eu queríamos na igreja, mas o padre não permitiu. "Ordens da igreja não minhas." essas foras as palavras dele.
Observo pela janela o lugar, tudo estava perfeitamente lindo. Era até melhor do que eu imaginava, Clystoff abre a porta do carro e estende sua mão para que eu pudesse pegar.

- Não se preocupe irmã, você está linda e eu te amo. Espero que seja feliz. - ele diz. Concordo e começamos a andar até o altar.

As pessoas se levantaram, todas me olhavam com sorrisos nos rostos. Algumas como minha mãe filmavam tudo, vejo Nicolas logo a frente. Sorrir para ele, o mesmo sorriu de volta. O vejo com lágrimas nos olhos, ele limpa rapidamente. Meus Deus, eu o amo. Eu o amo tanto. É ele, sempre foi ele.

Observo todos, até Gabriela estava ali com a família de Bruno. Mas o não vejo o mesmo em lugar algum.

Meu irmão finalmente me entrega a ele, e não seria Clystoff se não fizesse uma das suas piadas.

- Cuida dessa insuportável ou eu corto seu amigo no meio das pernas. - diz baixinho.

Nicolas concorda com os olhos arregalados.

- Ei você tá linda. - ele diz e eu agarro seu braço.

O juiz da paz começa a cerimônia...

- Nicolas Williams, você aceita Beatriz Sales como sua legítima esposa? Para ama-lá, respeitá-la todos os dias da sua vida?

Nicolas me olhou por um breve momento, sorriu e disse sim.

- Beatriz Sales, você aceita Nicolas Williams como seu legítimo esposo? Para amá-lo, respeitá-lo todos os dias da sua vida?

E com lágrimas nos olhos, eu disse.

- Sim.

- Eu os declaro marido e mulher. - e antes do juiz terminar, Nicolas me agarra pela cintura e me beija. - é você já se adiantou. - escuto o juiz dizer.

Estou novamente casada com o homem que jamais pensei que fosse amar tanto. Eu o amo, e amo nossa filha que está a caminho.

- Eu te amo. - digo após me separar do beijo.

- Eu te amo. - Nicolas responde.

As palmas dos convidados se sensaram e ouvi apenas uma batida. Olho para frente e vejo o homem ao qual chamei de pai.

E como achei que não fosse mais possível, meu dia perfeito foi por água abaixo.

- Que linda a cena minha filha. - Isaías diz ainda batendo palmas. - oh não parem por minha causa.

- O que faz aqui? - pergunto.

Meu irmão se levanta junto de mamãe e ficam do meu lado.

- Ue, é o casamento da minha única filha. Não achou que eu fosse ficar de fora?!

- Vai embora ou eu chamo a polícia. - Clystoff fala.

Isaías coloca as mãos sobre o peito como se estivesse ofendido.

- Como entrou aqui sem ser pego pelos seguranças? - Nicolas pergunta.

- Eu tive ajuda. - Isaías fala e Bruno surgi no exato momento.

Olho para o meu amigo perplexa não entendendo nada. Não, Bruno jamais seria capaz de ter se juntando ao monstro do meu pai. Me recuso a acreditar em toda essa palhaçada. Os convidados ficaram inquietos e eu senti minha filha chutar impacientemente.

- Bruno, por que? - pergunto deixando as lágrimas rolarem.

- Ele arruinou as nossas vidas Bea. - aponta para Nicolas. - e hoje é o dia da vingança. - responde e tira do bolso um revólver. - eu tentei segui em frente. - aponta a arma em direção ao Nicoals.

- Não. - digo.

- Bruno. Você não é assim. Por favor pare. - Clystoff fala.

- Amoor. - Gabriela grita.

- CALADOS. - Grita e mantém a arma apontada.

- O que tá esperando? - Isaías pergunta. - atire!

Ficamos parados sem saber o que fazer. Eu me sentia fraca sem saber fazer nada.

- ATIRE SEU IMBECIL! - Isaías grita novamente.

Bruno abaixa a arma e se vira para trás.

- Não posso. - ele fala. - eu não sou assim. Não posso fazer isso com a Beatriz, ela é minha melhor amiga e eu a amo.

Isaías toma a arma das mãos de Bruno e aponta para nós.

- Amor não paga minhas contas e nem vai garantir que todos vocês paguem de alguma forma. - e puxa o gatilho.

Fechei meus olhos e senti apenas o impacto do meu corpo caindo no chão. Levei um tiro.

Vejo Nicolas ao chão, segurando minha cabeça em seu colo. Ele falava coisas que não consegui entender. Meu irmão estava desesperado, Fernanda e minha mãe estavan chorando feitos loucas. Mas não consegui esboçar nada, nenhuma reação.

Coloco minha mão sobre a barriga e a levanto em seguida. Minhas mãos estavam sujas de sangue, não posso perder minha bebê.

- Lua. - sussurro.

- A lua vai ficar bem meu amor, não se preocupe. - Nicolas fala.

Sinto minha vista escurecer.

Então é assim que minha vida vai acabar?

Rolo meus olhos, a procura de algo. Bruno se aproxima.

- Não Beatriz, não me deixe. - Nicolas chora. - Sai daqui, isso tudo é culpa sua.

Apago e não vejo e nem sinto mais nada.

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Lembrando que ainda não é o final