Uns dias depois do meu aniversário comecei a ler o livro enquanto estava no meu quarto e como era cedo fui até ao meu jardim para ler.
-O menino está aqui?- Olha-me a Mary espantada- O menino está mesmo a ler um livro ou está a fingir que lê enquanto está a ver uma daquelas pornográficas?
Eu ri-me desalmadamente e olho para ela.
-Estou mesmo a ler Mary- ponho o marcador no livro e pouso-o- Essas revistas já não são precisas quando tenho o meu telemóvel.
-Menino- Olha-me e começa-se a rir e eu começo-me a rir com ela lembrando-me de momentos em que ela me apanhou a ver uma dessas revistas quando era puto.
-Estou te a ser sincero- Olho e ri-me- Eu já não faço isso!
Ela ri-se e entra novamente em casa e eu retomo a minha leitura, começo a ler um novo capítulo chamado "Bruno" mal leio esse título, começo a ficar nervoso.
"... Eu não sei como me sinto, se calhar a melhor forma que tenho para descrever é que sinto um vazio, eu sou a única pessoa que consegue fazer isto de forma fria."
Com a leitura as lágrimas começam a cair e eu só me lembro de vários momentos e do meu Bruninho, o meu amigo que chamava de gémeo e continuo a ler.
-Que merda é esta?- Penso alto- Isto está igual meu.
Levanto-me e vou para o meu quarto e tranco-me lá, deitei-me e continuei a ler o capítulo.
" Tantos meses que passaram, tantos internamentos e porquê é que isto aconteceu agora? O que mudou? Olho para o telemóvel e vejo que tenho mensagens a perguntarem-me se aquilo era verdade e eu já sozinho no quarto sem responder a ninguém, chorei."
~Eu começo a chorar e fecho o livro, tapo-me com os cobertores e começo a relembrar o Bruno e toda a nossa história.~
Vou vos contar, há uns anos atrás ,ainda na minha adorada ilha, conheci um rapaz , o Bruno , ele andava na mesma escola do que e nesse dia ele destacou-se por toda a escola porque o mesmo andou levou porrada e teve de ir para o Hospital. Nesse mesmo dia, os meus pais encontraram-se na nossa rua, ele era meu vizinho da frente e eu estava com os meus e estávamos a conversar sobre o acontecido.
-Mãe- Puxo-lhe a camisola- Aquele é o tal menino que te falei.- A minha mãe olha e vai ter com eles de mão dada comigo.
-Olá- A minha mãe diz á mãe do Bruno- Como está o menino?
A mãe do Bruno olha-nos de cima a baixo.
-Sim está- Diz ela de forma arrogante e segue caminho e a minha mãe segue também caminho e quando o meu pai chegou ,a mesma foi comentar com ele o que tinha acontecido.
~Passado algum tempo, fomos novamente falar com eles e correu tudo cinco estrelas , começámos a almoçar e jantar juntos até que a mãe do Bruno engravida o que nos faz aproximar.~
-Dylan e Bruno para a minha casa- Diz a minha mãe para nós e saímos do quarto do Bruno e vamos para minha casa.
-A tua mãe tem uma mala á porta- digo-lhe e aponto para a mala- Achas que é hoje?
-Não sei mas espero que sim, quero conhecer o meu irmão- Olha-me e vai dar um beijinho á mãe dele e começamos a brincar os dois na rua á espera da minha mãe.
~Depois do nascimento do irmão dele, houve algumas complicações~
Eu saiu de casa e vou para casa dos meus avós e vejo a minha mãe a chorar com o meu pai antes de ter oportunidade de sair de lhe perguntar alguma coisa, os meus avós seguem caminho. Passou alguns dias e descobri que o irmão do Bruno tinha morrido, um bebé tão pequenino e o mesmo morreu, com esse acontecimento nós começámos a ficar mais próximos, viemos os dois para a Alemanha na mesma altura mas deixamos de ser vizinhos pois já não conseguimos casa no mesmo lugar.
~Presente~
-Filho abra a porta- Ouço a minha mãe o que interrompe os meus pensamentos-O que se passa?-Levanto-me e abro a porta.
-Nada mas sabe que não gosto das portas fechadas- Suspiro e vou me deitar novamente e tapo-me novamente , fechando os olhos e continuei a pensar.
Continua...
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Olá pessoal!
Sei que é a primeira vez que falo com vocês mas tomei a decisão depois de alguma luta mental se havia de escrever ou não este capítulo mas ganhei coragem e depois de algumas músicas e choro , aqui estou eu a publicar.
Espero que gostem.
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A minha vida num livro
Fantasy18 anos e uma prenda anónima é recebida.. um livro que o fim está em branco. Quem controla vida? Nós próprios ou a escrita?