Capítulo 1

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Pov's Elsa

Observei o gelo se espalhando cada vez mais pelo o meu quarto, deixando o ambiente muito mais frio - isso não chega a ser um problema pra mim, já que o frio nunca me incomodou.

Soltei um suspiro, tentando me acalmar.

Todo o dia a mesma tortura, durante esses 10 anos. Talvez eu realmente estivesse condenada a viver aqui pra sempre, trancada com os meus poderes - o meu karma desde que me conheço por gente.

Meu nome é Elsa, sou a princesa de Arendelle e estou em quarentena no meu quarto desde os 8 anos de idade. Nasci com uma magia poderosa, capaz de manipular o gelo e a neve. De acordo com o chefe troll que vivia um pouco longe do reino, meu poder iria crescer cada vez mais.

E assim foi feito, pois os meus poderes acabaram fugindo do meu controle, fazendo-me quase matar minha irmã mais nova, Anna. Ela não se lembra do que aconteceu, mas foi isso o que fez meus pais me trancarem no quarto.

Ouvi batidas na porta, o que fez meu coração acelerar um pouco.

- Elsa? - reconheci a voz de Anna - Você está acordada?

Engoli o seco.

- Anna, vai embora - pedi - Por favor.

Ouvi ela suspirar.

- Tudo bem - disse.

Quando ouvi ela se afastando, meus olhos se encheram de lágrimas e arfei, tentando segurar o choro.

Pov's Jack

- Jack. Jack.

Fiz uma careta, ainda de olhos fechados.

- Hum? - respondi num gemido.

- Levante. Tenho uma novidade - reconheci a voz da minha mãe.

Abracei mais meu travesseiro.

- Pode falar, eu estou ouvindo... - murmurei sonolento - AÍ! - gritei abrindo os olhos e me sentei assustado, encarando minha mãe - Doeu! - reclamei massageando minha costela, onde ela havia dado um beliscão.

- Tome banho, se arrume e tome seu café rápido - pediu - Vamos para o Palácio. Deixarei Emma com a vizinha.

- Sei... - bocejei - E porque iríamos pro Palácio?

- Consegui um trabalho pra mim e pra você - relatou - E vamos começar hoje.

- Ah é? Legal - fingi ânimo.

- Não me olha com essa cara, Jackson - disse aborrecida - Não é mais uma criança. Já está na hora de começar a tomar um rumo em sua vida.

Ela se afastou e eu suspirei, levantando da cama.

Meu nome é Jackson Overland Frost, mas gosto que me chamem de Jack. Tenho 18 anos e moro na parte mais humilde do reino de Arendelle, junto com minha mãe e minha irmã caçula de 8 anos, Emma.

E agora, vou começar a trabalhar no Palácio, uma coisa empolgante - leia isso com tom de ironia.

(...)

Após deixarmos Emma na vizinha, eu e minha mãe fomos até o Palácio. Quando chegamos, mamãe entregou um papel à um dos guardas, que nos encaminhou por um caminho que era usado pelos criados.

Confesso que o Palácio me deixava...intrigado. O rei e a rainha mantinham os portões do castelo fechados há 10 anos. Qual é o motivo? Era uma coisa que eu e todos de Arendelle queríamos saber.

Eu e minha mãe encontramos a governanta do castelo, que disse que iríamos ajudar na cozinha hoje. Eu descasquei muita cebola, o que arrancou algumas lágrimas desnecessárias dos meus olhos.

Quando aprontamos o almoço para a família real, chegou a nossa vez de comer e como tínhamos alguns minutos de descanso, saí de fininho da cozinha e comecei a caminhar pelos corredores e escadas do castelo.

Só que essa minha brincadeira, acabou fazendo eu me perder.

- Ah...minha mãe vai me matar! - sussurrei aflito olhando para os lados.

Continuei andando pelo corredor e passei por algumas portas que haviam ali.

Soltei um suspiro e me assustei quando o ar que saiu da minha boca, era gélido e meio branco.

Parei de andar, franzindo a testa confuso.

Clima frio? Mas ainda nem é inverno.

Virei-me, prendendo o olhar em uma das portas por qual passei. Vi que saia um ar gélido por baixo da porta - igual ao que saiu pela minha boca.

O que será isso?

Me aproximei daquela porta, cada vez mais curioso, como se houvesse algo que me puxasse naquela direção.

Assim que fiquei em frente à porta, senti o ar gelado nos meus pés - apesar de estar com sapatos.

O frio vinha dali, mas...porquê?

Estendi minha mão em direção à maçaneta, pronto para descobrir.

- Jackson!

Paralisei ao reconhecer a voz. Estou ferrado.

Virei-me imediatamente, vendo mamãe parada no fim do corredor, com as mãos na cintura e a expressão irritada no rosto.

- Eu te procurei por toda a parte! - alegou - Vem, temos que voltar ao trabalho!

Voltei meu olhar pra porta e soltei um suspiro, me afastando e obedecendo minha mãe.

Como poderia ter sido Frozen 2Onde histórias criam vida. Descubra agora