8. Banheiro Público

8 3 0
                                    

- Ei, vocês estão bem? - Mike se aproximou confuso.

- Ah.. sim, eu acho. - Evitei de falar tudo o que ocorrera nesse tempo para não preocupar a eles que literalmente desconheciam os perigos que poderíamos encontrar por todo esse tempo na casa terem apenas dormido e jogado alguns jogos.

- Gente.. eu.. eu PRECISO ir ao banheiro. - Kelsier deu ênfase no ''preciso'' ignorando totalmente o fato de estarmos pálidos - o que de certa forma, é bom. 

- Ah.. - coloquei a mão na cabeça devido a forte dor. Não sabia mais se era pelo fato de encher a cara nos dias anteriores ou por ter jurado ter visto Akoí e.. Goech? - Tem um banheiro químico ali, não? - forcei a vista e apontei para o que a penumbra indicava que poderia ser e logo após observando Kelsier correr para o mesmo com as mãos entre as pernas.

- ESPERA! Vamos juntos. - John correu atrás de Kelsier e assim todos nós também o seguimos, formando algum tipo de fila. Exceto por Sofía, que decidiu ficar na rodoviária caso o tal próximo motorista se aproximasse.

As coisas começaram a ficar suspeitas. O banhero público estava trancado.

Quem tranca um banheiro público?

Kelsier rapidamente correu para a rodoviária onde se encontrava sua mochila e dali puxou um pé de cabra - o que nos fez pensar em como ele conseguiu por um pé de cabra ali dentro. - e logo correndo em nossa direção abrindo com tudo a porta do banheiro com certa facilidade, deixando John cabisbaixo por não ter tido a chance de chutar a porta.

Adentramos no banheiro e Kelsier ainda estava com as mãos entre as pernas, apenas aguardando John fazer o serviço de abrir bruscamente cada cabine apontando sua Glock para as privadas afim de achar algo importante.

- Não acho que deixariam alguma pista no meio de um banheiro público.. - Falei, mas logo me calando ao ver John arrombar a última cabine e seu rosto confuso ser iluminado com algum tipo de fonte de luz fraca.

O barulho de Kelsier correndo e trancando uma das primeiras cabines foi totalmente ignorado por nós, admirados. Kelsier então, logo ao sair da cabine, ficou de vigia na porta do banheiro.

Apenas cheguei mais perto e observei John com seu sobretudo por cima de seus dedos - afim de evitar contato com a coisa - pegar uma esfera azul turquesa que brilhava estontanêamente.

- Têm mais alguma coisa ali.. - Mike apontara para um canto no chão esboçado. John com a mesma técnica para pegar a esfera, assim a usou com o triângulo laranja que por sua vez, brilhava com pouca intensidade.

John, confuso demais para se perguntar o que fazia tal coisa, apenas a guardou no grande bolso de seu sobretudo preto.

Kelsier fizera um sinal indicando que alguém se aproximava, fazendo com que Mike e Eu corréssemos armados para o lado de fora caçando com os olhos Sofía, que agora conversava com um Senhor de idade com suéter e roupa despojada dentro de um carro - possivelmente - caro.

Mike, Kelsier e eu nos aproximamos ignorando John e Isadora terem ficado dentro do local apenas - pelo menos eu - acreditando que estariam conversando sobre o que houve minutos atrás.

- Olá. O Senhor é o motorista que vai nos levar até.. o local? - Mike com seus um e noventa de altura se abaixou levemente colocando as mãos perto do vidro do carro agachando-se para olhar o homem.

- Sim, sou eu. Olaí, prazer. - O homem apenas tinha um sorriso leve de canto.

- Ah.. então, o senhor é o chefe..? - Interroguei para ter certeza de que realmente o homem de suéter colorido com calças jeans surradas e sandália confirmasse.

- Quê? Não, não! - O homem riu. - Agora entrem, vou levar vocês. - o mesmo manteve seu sorriso.

- Se o senhor não é o chefe, então quem.. - Antes que pudesse terminar a frase, fui interrompida.
- GENTE! Cadê o John e a Isadora? - Kelsier nos chamou atenção enquanto encarava adentro do banheiro público.

Corri até lá, indignada.

- COMO PODE? ELES ESTAVAM AQUI! - Rodeei todo o lado externo do banheiro público afim de encontrá-los num joguinho besta de esconde-esconde.

- Calma, vou tentar algo. - Mike segurou levemente em meus braços afim de me parar e logo pondo sua mão direita em forma de soco na boca e sua mão esquerda por cima assomprando o buraco que restara, pronunciando um som, o que logo entendi que era um de seus códigos militares e que certamente John se estivesse perto escutaria e saberia.

Nada.

Estava enlouquecendo. Não acreditei. Rodei novamente todo lado externo do banheiro químico, mas dessa vez olhando até atrás dos arbustos.

Nada.

- SENHOR OLAÍ! - corri até o carro estacionado do senhor que acordara assustado de um cochilo rápido que tirou enquanto enlouquecíamos.

- AH! Sim..? Estão prontos? Podemos ir? - O homem olhava para todos os lados afim de encontrar alguma resposta.

- O senhor viu John e Isadora? ELES SUMIRAM! NÃO SEI ONDE ENCONTRÁ-LOS! - Gesticulei ferozmente com as mãos.

- Ah... mas.. - O senhor apontou com seu polegar para o banco traseiro, me fazendo quase que em câmera lenta acompanhar a linha até ver que, no banco de trás do carro lá estava John e Isadora que estes próprios estavam confusos pois de algum jeito não se lembravam de COMO chegaram ao banco de trás.

[NOTAS]

 n tem nota KKKKKKKKKKKK

deixo o silêncio pra formar as teorias de vcs..

agora que a jiripoca vai piar..

Itaperuna: Contos ReaisOnde histórias criam vida. Descubra agora