Havia muita coisa acontecendo em um curto espaço de tempo, era difícil absorver tudo de uma vez, e quanto mais eu pensava em me acalmar, mas a cena do Pietro caído no chão refletia na minha cabeça.
Passara quatro horas e meia, e nenhuma notícia eu recebi. Estava prestes a invadir aquelas portas e sair procurando por ele, mesmo não fazendo ideia de qual quarto ele poderia estar. O que me deixa mais furiosa, é o fato de eles não nos informarem do estado atual do paciente, têm pessoas que se preocupam, e eles não dão a mínima para isso. Decido ir na maquina de café, pois a exaustão já começava dar as caras e eu precisava me manter de pé, pelo menos até ter um parecer do bem estar dele. Instantes depois, uma rapaz novo, que usava um crachá que dizia que seu nome era Wesley, aparentava ter seus vinte e cinco anos, se aproxima de mim. Eu travo perante sua presença, pois em segundos, ele irá dizer como está o estado do Pietro.
- Izzie Dilleburg? É você? - ele questiona.
- Sim, sou eu. Me diz o que houve? Ele está melhor? - questionei sem hesitar e implorando por respostas positivas.
- Ele está bem, e foi por pouco que ele não sofreu uma overdose. A quantidade de droga que ele usou, poderia ter tirado ele de você. - afirmou olhando com os seu olhos tenebrosos que não se desviavam dos meus.
Quando o médico alegou que ele poderia ter partido dessa para melhor, minhas pernas ficaram imóveis, minha pele passou do nível de palidez, e passou um pequeno flashback de todos os momentos que tivemos juntos, e foi uma sensação de aconchego e desespero ao mesmo tempo.
- Ele vai ficar bem? Ele chegou a bater alguma parte do corpo? Ele reclamava muito de dor quando eu o encontrei.
- A bateria de raio x não identificou nada, e talvez o que ele alegou, pode ter relação com à droga que ele usou, afinal, ela pode provocar muitas mudanças em nosso corpo, mesmo em um curto espaço de tempo, seria a destruição dos órgãos, que vai ocorrendo aos poucos até atingir o seu ápice. - respondeu ele fazendo suas últimas anotações em uma prancheta.
A cada frase que esse doutor cita, me deixa com um tipo de medo diferente. Entretanto, Pietro não teve sequelas e logo poderá está retornando para casa.
- Muito obrigada Doutor! Eu posso vê-lo? - pergunto na esperança de poder ir até sua presença, e ver com os meus próprios olhos, como ele está se sentindo.
- No momento você não irá conseguir conversar com ele, pois está dormindo devido ao medicamento que ele está tomando via soro. É só seguir a faixa roxa no chão, quarto sete. Qualquer coisa, é só nos chamar via telefone.
- Muito obrigada Dr. Wesley! - respondi contente pela situação.
Agradeço com um aperto de mão, e vou em direção de encontrar o final da faixa roxa. Era inúmeros corredores, janelas espalhadas por todo canto, alguns leitos no corredor, muito paciente chorando de dor, enfermeiros correndo por todo canto, um cheiro nada agradável, a situação está crítica, pois isso é um verdadeiro filme de terror. Ao chegar o meu destino, lá estava ele tomando o seu soro, e tirando uma soneca para recompor suas forças. Abro a porta com todo o cuidado para não emitir sons que posso assustá-lo e futuramente acordá-lo. Pietro tinha uma beleza que eu nunca encontrei na vida. Antes de me aproximar, eu analiso cada detalhe, sendo suas covinhas, os traço de algumas tatuagens que eu nunca prestara atenção, o pequeno ronquinho que de assustador não tem nada. Chego próxima a ele, e começo a acariciá-lo. Naquele exato momento mil e uma coisa ainda estava na minha cabeça, mas estar com ele ali, naquele momento, era o mais importante. Ele me salvou diversas vezes, e hoje eu estou podendo retribuir, ele é um bom menino, e sei que terá um futuro incrível pela frente.
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EFÊMERO
RomanceIzzie passa por diversos problemas na sua adolescência, e a palavra vencer nunca fez sentido em sua vida. Em meio a caos, em que a vida dela se encontra, ela conhece um garoto que poderá mudar completamente os rumos da sua história. Ela lida com o v...