ENCONTRO COM O DESCONHECIDO

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Ta tudo escuro e não podia se ver nada, flash e mais flash se passava na cabeça de Laur, não sabendo o que pensar e não tendo forças o suficientes para se levantar ele desmaia novamente. Em um um lugar escuro parecia que estava no vácuo pós vida que existia.

Laur: O-o que tá acontecendo? eu morri

???: Se acalme, não dá pra se vencer todas porém parece que você conseguiu dessa vez...Era pra você ter morrido na primeira luta com o soldado, fiquei surpreso.

Laur: Não consigo me acalma porque estou flutuando em um monte de nada, não enxergo nada, não sinto nada, uma voz tá falando comigo que veio do nada e você quer que me mantenha calmo??? DIFÍCIL HEIN, ONDE É QUE EU TÔ?!?!

???: Bem que seu pai me disse de como você ser-

Laur: VOCÊ CONHECEU MEU PAI?? Bem se tu falou com ele EU SÓ POSSO ESTÁ MORTO ?TAMBÉM SENHOR MORTE!

???: Eu não sou a morte, não vim te buscar, mas você escapou do seu destino quando conseguiu derrubar os dois soldados.

Laur: Então quem é você?

???: Eu sou aquele que quase ninguém tem contato comigo, mas quando tem é pra levar para o outro mundo, sou aquele que vocês chamam de Deus, Mundo, Universo, Tudo mas por fim sou apenas aquele que está dentro de você.

Laur: Ok eu não entendi nada...

???: Você vai entender no futuro, mas eu só quero te falar uma coisa porque creio que vai ser a única vez que nós nos iremos nos falar.

Laur: Desembucha, tenho vários nada pra fazer ainda.

???: Não é o momento para piadas Laur, a partir de agora ninguém sabe do seu futuro, antes o que estava marcado e previsto agora está desregular com o destino.

Laur: O que você quer dizer com isso? Dá pra falar minha língua pelo menos?

???: Você vai ser abençoado por uma descarga de energia, use isso ao seu favor e quando achar a pedra do reino...espero que use com sabedoria.

Laur: Mas que pedra é essa? Que reino? Esse? Pera ai tem outros?...

Dias se passaram e Laur acorda em uma pequena cama, tinha algo frio em sua testa e sente como se estivesse todo coberto por várias camadas de cobertores, seus pálpebras estavam pesadas demais para abrir seus olhos totalmente, ele observa por um tempo o teto de madeira que havia em cima dele "...ache a pedra do reino" lembrou da conversa que teve com o desconhecido e se levanta no susto. Laur fica completamente confuso e olha ao seu redor, vê uma criança deitada ao lado de sua cama, o quarto era pequeno e tinha poucos móveis, o local era pequeno, parando para observar ao seu redor ele começou a olhar a si mesmo e estava cheio de ataduras e então que veio a dor dos cortes que havia ali, ele tentou se levantar seus curtos passos que conseguia fazer não era o suficiente então ele cai no chão "Preciso sair daqui urgentemente ou eu corro perigo" pensou Laur e tentou se levantar como se estivesse feito uma flexão. Os pais entram no quarto de forma desesperadora que acaba acordando a outra criança que estava dormindo, eles pegam Laur pelos ombros e colocam pra deitar na cama novamente mas de alguma forma ele não queira e se senta.

Mulher: Você não está totalmente recuperado precisa dormir mais um pouco e não ficar andando por aí.

Laur: Seus nomes...

Mulher: O que?

Laur: FALE SEUS NOMES!

Mulher: Me chamo Beth, esse do seu outro lado é meu marido Julio e na sua frente é meu filho Julio Junior. Somos a família Rodrigues.

Laur: Vocês não seriam nada se eu não salvasse vocês, família não significa muito quando está em guerra.

Julio: Olha...tenho que dizer que a guerra está acabada, bem por enquanto sim, parecia que havia um contrato de paz com os outros reinos.

Laur: "outros reinos?...a pedra, será que aquilo foi um sonho?" pensou Laur. Então quer dizer que finalmente aquilo acabou...Mas o que aqueles soldados estavam fazendo com vocês, por que estavam te cobrando pelo terreno? Não me digam que eu matei duas pessoas inocentes.

Beth: Por falar nisso eu queria saber com-

Julio: BETH! Eu me carrego daqui, faça um chá pra ele e traga as ervas medicinais, já ta na hora de trocar os curativos.

Beth: Sinto muito amor...

Julio: Nossa família depois da guerra ficou bem pobre e então nós três vivíamos nas ruas, quando achamos essa cidade toda destruída conseguimos formar um lar pegando partes das casas da cidade e vivendo como uma família normal, mas de com um tempo e por puro azar dois soldados passaram por aqui perto e sempre conseguimos nos esconder com medo do que ele faria se achassem uma casa afastada um pouco da central do reino, mas infelizmente um deles estava bêbado e consequentemente conseguiu achar nossa casa por acidente, foi aí que tudo começou a piorar de vez...Ei filho gostaria que você fosse pra cozinha por favor

Laur: Calma senhor não precisa se emocionar, "certeza que o bêbado era o segundo soldado que eu matei" pensou ele.

Julio: Ele me espancou por completo e amarrou eu e meu filho enquanto...enquanto...enquanto aquele DESGRAÇADO ABUSAVA MINHA MULHER, esse maldito fez muita coisa obscenas e fez eu e meu filho assistir TUDO! Desde então ele vem aqui uma vez por semana ou por quinzena cobrar dinheiro do terreno sendo que só o rei podia autorizar isso e disse que se não der ele vai fazer aquilo de novo...naquele dia que você apareceu não consegui vender minhas tralhas então comecei a aceitar meu destino, até que você apareceu e salvou nossas vidas, só tenho que agradecer, o que estamos fazendo é pouco comparado o favor que você fez pela gente, então...Muito obrigado!

Laur: Eu prometo...Derrubar esse reino de ponta a ponta...

Logo em seguida ele desmaia de novo na cama enquanto assustado o Julio grita chamando sua mulher. Dias se passam e ele já acorda novamente, curioso Julio pergunta sobre o seu passado e como conseguiu encarar os soldados, semanas se passam e Laur começa a andar, ele começa a caminhar pela casa conhecendo cada parte dela, parece que o casal dorme na sala, a cozinha é minúscula e o quarto é um pouco maiorzinho que ela. Depois de meses vivendo com a família ele decide se abrir para eles, ele vai contar sua história já que quando o Julio perguntou sobre o passado e como ele teve aquela coragem toda ele só respondeu algo relacionado a coragem, ele via uma linda família e que podia se confiar nela. Uma bela mas não qualquer noite, Laur chama Julio e Beth para sala, então ele começa como tudo começou e como era a cidade onde morava, ele contou tudo menos o fato das coisas que escondia na sua antiga toca, depois de horas de histórias e conversas começa a escorrer lágrimas vindo dos olhos de Beth e Laur disse "Não queria passar meu aniversário sem contar pra vocês a minha história" Beth o abraça tão forte que parecia como se fosse um bicho de pelúcia, o choro que estava saindo da garganta de Laur estava prestes a sair, "Ainda bem que Deus colocou você em minha vida, filho" disse a Beth logo vem um flash "...sou aquele que vocês chamam de Deus..." lembrou Laur mas era estranho pois ele não se lembrava daquela conversa toda, era só uns flash que pairava em sua cabeça. Nesse momento Laur engole o choro e fica confuso.

Laur: Pera ai você disse filho?

Julio: Olha Laur nós não sabíamos que era seu aniversário mas queríamos te pedir algo que seria um presente pra gente...A gente pensou muito nisso ultimamente então...

Laur: "Não pode ser..." sussurrou ele.

Julio: Você já chamou Beth de "mamãe" antes de você desmaiar naquela hora...Laur...

Laur: F-foi s-s-sem querer eu juro.

Julio: Você quer se juntar a nossa família?

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