AHHHHHH!!, sim, este foi o toque de despertar do senhor Washington naquela manhã. Alexander acordava sempre mais cedo do que ele, e não fora exceção naquele dia. Mas, em vez de acordar calmamente como todas as outras manhãs, Washington levantou-se de um pulo, ao ouvir os gritos do pequeno Alexander, que ecoavam por toda a casa.
- ALEX, ALEX?!? - chamava o homem, do andar de cima. - O QUE É QUE FIZESTE AGORA?!?
Washington desceu as escadas à velocidade da luz, tanto assustado como zangado. Assustado com o que podia ter acontecido ao seu filho adotado, e zangado com o grito estridente que o acordara no meio de um sono profundo. Escancarou a porta da sala e exclamou:
- PARA LÁ DE GRITAR, RAPAZ!!! O QUE É QUE ACONTECEU?!
Mas abaixou logo a voz e fez uma cara muito preocupada. Viu o pequeno Alexander no chão, a chorar, com o que restava do seu precioso medalhão. Haviam muitos cacos no chão e via-se logo que aquilo não fora um acidente. Alguém ou alguma coisa tinha feito aquele bonito trabalho.
- Mas afinal o que é que aconteceu?
- Não sei, papá - soluçou o rapazinho. - Desci para beber um copo de água, e encontrei o meu medalhão aqui, todo partido!!
George fez uma cara de indignação. Não tinha sido o vento, nem um animal a fazer aquilo. Foi de certeza uma PESSOA a fazer aquilo.
- Muito bem. Eu vou descobrir quem fez isto. Sinceramente, que imaturo, fazer algo assim!! - resmungou. - Alex, vai brincar. Eu próprio me encarregarei deste mistério.
Umas horas depois, Alexander já tinha contado o sucedido aos outros. As reacções foram diferentes.
- Meu Deus, que coisa estranha! - disse o Mulligan. - Realmente, não sei quem pode ter feito isso.
- Nem eu, é mesmo estranho! - afirmaram Laff e John.
Thomas e Madison não disseram nada, mas Burr riu-se e alfinetou:
- Va lá, foi uma lição, para ver se não andas sempre a armar em bom!
Mas os outros mandaram-no calar.
- Cala-te, Aaron!
- Vê se ficas quieto e caladinho,pá!
- Não é o melhor momento agora, Burr! Queres espalhar a tua má sorte? Então vai fazer isso ao pé da "Sua Alteza" - ripostou Thomas.
- Sim, sim, vai fazer isso ao pé da "Sua Alteza" - repetiu Madison, que concordava com tudo o que Thomas dizia.
Era, de facto, um mistério. Mas mal sabiam eles que, perto dali, havia uma testemunha do sucedido. Ou melhor, duas. Estou a falar, portanto, do Edd e do Tom. Sim, sim, sei que o Tom não estava lá na altura, mas o outro contou-lhe o que tinha visto na última noite.
- Idiota da Angelica! Tu dizes o que quiseres! - ripostou Tom, no fim da narrativa do amigo. - Mas agora a sério: temos de avisar o Alex e o John, eles podem tornar-se inimigos ou pior!
- Tens muita razão! Mas e se a Angelica ou a Eliza descobrirem? - perguntou Edd.
- Elas que saibam, rapaz, elas não controlam a nossa vida. A Angie só te ameaçou, nem te bateu. Aquilo foi só para te meter medo.
De facto, Tom não estava muito longe da razão. Angelica apenas o tinha ameaçado, não tinha intenção de lhe bater.
- Bom,assim seja - concordou Edd. - De noite, quando ninguém nos vir, avisamo-los. Eu aviso o Alex, e tu o John.
- De acordo.
Infelizmente, eles não sabiam que Eliza tinha ouvido toda a conversa dos rapazinhos, do seu jardim. Ela não podia deixar aqueles dois contribuir para o relacionamento de Alex e John! Assim, Elizabeth decidiu ir logo ter com Alexander, para lhe mentir sobre quem tinha partido o seu precioso medalhão.