Capítulo 6 - Equipe D

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   Depois de alguns poucos minutos no campo sentada na grama aproveitando um pouco da tarde ensolarada, resolvo voltar. Curti esse tempo tranquilo para pensar um pouco.

   Por mais que quisesse ter também pensamentos tranquilos, ainda continuava com pensamentos turbulentos e torturantes.

   Passando pelo grande salão espaçoso onde se tinha médicos e guardas que circulavam, encontro subindo as escadas Christian. Apresso o passo para alcança-lo.

       —Christian! – O chamo. Ele para no topo da curta escada e se vira. – Oi. – Falo abrindo um sorriso. – Você queria falar comigo ontem. – Relembro.

       —A, sim. – Ele pouco diz sem me olhar direito. Franzo o cenho notando que algo estava errado.

       —O que foi? – Pergunto inclinando um pouco para que ele olhasse em meu rosto. Seus olhos pretos olhavam nos meus. Ele queria falar algo mais parecia não conseguir. – Fala alguma coisa. – Encorajo.

       —Não é nada, é que... – Ele diz e passa uma mãos pelo rosto. – Deixa quieto. – Ele diz e suspira.

       —Mas...

       —Deixa quieto Nara. – Ele me interrompe. Fecho a boca ainda o olhando de um jeito curioso.

       —Esta bem. – Falo dando de ombros decidindo não insistir. – Você esta bem? – Pergunto andando ao seu lado no largo corredor.

       —Estou. – Ele diz depois de alguns segundos. – E você?

       —Não sei dizer, ao mesmo tempo que me sinto aliviada de ter saído da Arena, ainda me sinto presa de um jeito sufocante, como se ainda estivesse dentro dela. – Desabafo. Ele assente com a cabeça sem dizer nada.

       —Não achei que fosse fazer aquilo que fez. 

       —O que?

       —Ter desafiado a Garena daquele jeito, para tirar todos nós de lá. – Faço um mínimo som com o Nariz.

       —Eu tinha prometido tirar todos vocês de lá. – Falo enquanto começamos a descer a escada para o refeitório.

       —Suas promessas me preocupam. – Diz olhando em volta.

   Sentia que de alguma maneira ele estava sim diferente comigo, como se a partir do momento que saiu da Arena ele mudou, confesso que também estou me sentindo diferente, talvez ele esteja achando isso de mim também.

   Fomos até a mesa de costume onde sentamos e preparamos nossos pratos para almoçar, Lidja e Spencer chegaram depois.

       —Por que saio do campo? – Pergunto para Lidja na minha frente que pegava o prato o enchendo de feijão. Ela se senta e olha para mim.

       —A por que... sei lá – Ela diz dando de ombros. – Bom, você estava conversando com aquelas pessoas e... Em fim, nada de mais. – Ela diz e em seguida se concentra em sua comida.

   Comemos em um silencio incomodo, estranhei não ter encontrado o grupo que também se sentava ali. Enquanto comia lentamente, meus pensamentos me sufocavam com perguntas sem respostas. O som alto da televisão fez todos que ali almoçavam olharem atentos para ela.

       —Nesta manha ocorreu um incidente repentino mas esperado contra o Governo – A mulher de cabelos castanhos ondulados e de vestido verde água dizia na tela. – Mais uma vez os rebeldes fizeram uma tentativa de invasão na casa do Governo Cidade 1. – Prestamos mais atenção com essas palavras. – Policiais da Cidade 3 chegaram a tempo antes que conseguissem passar por todos os Guardas do Governo. – Christian e Spencer ficam Sérios e pensativos quando sua cidade é mencionada.- Por sorte foi impedido mais uma vez essa tentativa de invasão que a todo instante nos questionamos do por que essas ações brutais dos Rebeldes ,afinal, o que é que eles querem?... E agora...

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