Let's be lonely together

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Quando eu pensei que havia chegado ao meu limite ao escrever um capítulo de 11 páginas, vou lá e quebro meu recorde escrevendo um de 12 páginas kkkk. Ao longo do capítulo, coloquei o nome de duas músicas para ouvirem quando chegar o momento, rs.

Toda essa empolgação veio graças à resposta de vocês. Fiquei impressionada porque postei esse conto sem pretensão nenhuma - e vocês embarcaram nessa comigo e me animaram a transformar em algo maior. Tanto que estamos aqui, 5 capítulos depois. <3 MUITO OBRIGADA. 

Já sabem, né? Se estiverem gostando, comentem, votem e tudo mais. Por favorzinho. <3 Enjoy it!

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Bianca P.O.V. - domingo de manhã – apartamento de Diogo.

Quando os raios do sol - quentes e acolhedores como um colo fraternal - beijaram o meu rosto, eu ainda não havia sido capaz de decifrar os fragmentos embaralhados na minha memória.

Àquela hora da manhã, eu não conseguia entender se a noite passada fora real ou um sonho lascivo, pecaminoso e deliciosamente vívido.

Direcionei o meu corpo ainda embriagado até o banheiro e levantei o olhar ao espelho. Ali, encontrei a ressaca personificada. Mas, apesar da derrota física, havia algo diferente naquele rosto que me encarava. Algo que aquela mulher não vivia há anos: havia vigor, satisfação.

Havia vida.

O meu reflexo me transportou à sinestesia, com lampejos de memória se concretizando aos poucos: o aroma de Rafaella ainda estava impregnado à minha roupa; o meu cabelo bagunçado denunciava que ali os seus dedos passearam; na minha boca o seu gosto permanecia.

Rafaella era estridente em mim.

A sua marca invisível estava protuberante sob à minha pele. Ela tocou o meu corpo nas entrelinhas, com seus dedos largos e elegantes, como em um livro escrito em braile.

Isso significava que havia um Diogo desconfiado me aguardando em algum lugar do apartamento. E eu estava pronta para encará-lo.

*

Minutos depois, após um banho demorado e quente, o encontrei sentado na varanda, com os orbes voltados à grande selva de pedras. De soslaio, pude reparar que o seu semblante denunciava as poucas horas de sono dormidas, com os olhos ladeados por olheiras profundas. Ele sequer olhou para mim quando aproximei-me dele.

— Bianca, eu só vou perguntar uma vez: você não estava passando mal no banheiro porra nenhuma, certo?

— Diogo... — suspirei e fitei o chão.

— Você estava naquele quarto, com ela — o seu tom foi incisivo.

— Nós não damos mais certo, Diogo — falei, exasperada. — Por favor, vamos terminar isso aqui que chamamos de namoro, de uma vez por todas, antes que nos machuquemos ainda mais. Podemos fazê-lo sem brigas, nós podemos ser ami..

— Foi boa a foda com a minha chefe? — ele grunhiu.

— Eu... — engoli à seco e expirei o ar dos meus pulmões.

— Responde, sua biscate! — ele levantou em sobressalto e veio em minha direção.

Por instinto, andei para trás. A raiva flamejava em seus orbes, agora dominados pelo ódio em seu formato mais visceral.

Senti uma dor aguda na cabeça quando ele me empurrou contra a parede.

Fitando-me com fúria, ele inspirou o ar e cerrou o maxilar. — Responde, Bianca. Quantas vezes?

A chefe do meu namorado | MINI-FIC RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora