𝑆𝑜𝑙𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑑𝑜

881 41 767
                                    

Ah, foi mal a demora, mas se quiserem saber.....o próximo a atualizar, vai ser "Faces da loucura"






Deutschland Reich, 17 anos.




O calor de uma batalha. O cheiro que a pólvora fresca emite ao sair da StG-44 lustrosa que mantenho firme aos braços tem seu devido charme nesta confusão tão planejada, estratégica de maneira unicamente para o abate de eslavos soviéticos ao outro lado da cidade destruída em pura ruina, causada por ambos os lados da moeda.

Manchando fervorosamente a neve que antes fora tão fofa e albina, com o escarlate que é emitido de cada tiro bem disparado que dou a um soldado inimigo. "Vater ficará orgulhoso ao saber quantas almas imundas consegui lavar destas terras, não implorei para ele por nada!" - Penso comigo, com certamente uma calma que não deveria ter no momento, afinal de contas eles se mechem demais -mas nada que minha boa pontaria não resolva-.


Ao conseguirmos prosseguir bem com o ataque frontal, acabo por ventura, ter que esgueirar-me de tiros alheios em uma ação lógica rápida de esconder-me a estrutura arruinada, a qual posso chamar de simples "parede de tijolos com acabamento branco". Enquanto escuto os disparos feitos as ruinas que protejo-me, ouso a tomar um pouco de meu tempo para pensar o quão bonita essa casa poderia ser, se não desse o errôneo azar de ser construída na linha de fogo direta. Receio até a dizer que foi a pior.


Mas como nada é feito de rosas, tendo a sair o mais rápido possível daquele local assim que percebo o muro quase que a beira de ceder em apenas algumas outras balas gastas, movimentando-me com certa rapidez e curvatura obvia nos joelhos/coluna para que minha cabeça não fique a espreita de miras enquanto realizo o ato de ausentar-me da falha proteção. Posteriormente seguindo para as partes menos "fodidas" da grande casa, com o simples plano de sair pela porta dos fundos, reencontrar meu batalhão para a guerrilha grupal e como o previsto, mais chances de ganhar essa parte do território.


Como estou em terras inimigas, não deixo de entrar em modo de alerta a cada passo que dou ao chão áspero da antiga casa, firmando cada vez mais a arma aos braços a medida que minhas passadas percorrem mais singelas pelo interior sombrio. E como o esperado nada é em vão, consigo após alguns minutos de caminhada sigilosa escutar andares alheios, o mesmo de uma coturno pesado se lançando ao chão arenoso por tanto concreto esmigalhado. Espiono um pouco antes de ter a certeza que poderia atirar, mirar o uniforme do soldado cujo criador de tanto barulho. Ponho o dedo ao gatilho assim que percebo suas fardas soviéticas, e sendo assim, não demoro para mostrar-me e atirar contra o mesmo, um único tiro a cabeça que o derruba com facilidade, fazendo com que seu corpo caia morto sem ao menos ter a chance de defender-se. Uh, que desavisado.


Acabo por deixar minha guarda abaixar para que possa ajoelhar-me ao corpo e vasculhar o que carrega consigo em tua farda, ação que foi realmente nada prudente, pois logo ao meu lado, antes mesmo de ter alguma reação em escutar seus passos, consigo captar muito bem o emitir desesperado de uma arma que se encontra sem balas. Obviamente não demoro muito a levantar-me ao chão, segurando firme a arma e com meu dedo ao gatilho caso precisasse atirar no soldado azarado.


Без боеприпасов?(Sem balas?).— Comento em idioma russo antes de mais nada ao menino a minha frente para que o mesmo me compreenda, que com toda a certeza deve estar a martelar em sua cabeça dotada por cabelos incrivelmente loiros -tanto que quase chegam a serem esbranquiçados- o quão estupido foi para atirar em alguém sem ao menos saber se havia munição em sua arma ou não. Contudo sou um homem educado, ou seja trato de olha-lo as orbes azuis com certo ar de superioridade genuína assim que consigo tomar o controle da situação.

Herdeiros de terras malditas - 𝑂𝑛𝑒𝑠ℎ𝑜𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora