Cinderela e os sete anões.

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Min Yoongi estava encarando a porta furiosamente. Céus, como podia ter permitido que seu secretário trouxesse seus filhos? E ainda mais gêmeos?! Claro, só precisou ouvir a voz calma e grossa de Jeon Jungkook para abalar todo seu ser e ele dizer: 
— Não tem problema nenhum, pode trazer eles. 
Agora, Yoongi não estava conseguindo se concentrar no trabalho por conta do barulho que aqueles dois pestinhas fazem e sem contar que eles abriram sua porta, entraram na sua sala para brincar de pega-pega e saíram dela, fechando a porta com força. Não que Jungkook fosse um péssimo pai, de jeito nenhum, mas era apenas o Jeon virar as costas que os anjinhos se transformavam em pequenos demônios. 
Yoongi fechou seu notebook e contou de zero até dez, então, levantou-se e caminhou um pouco pela sua sala para pensar como resolver aquela situação. Ele caminhou até a porta hesitante. Não, não precisava perder um dia de trabalho por causa de duas crianças. Yoongi parou de caminhar, e estava retornando à sua mesa quando começou a ouvir os gêmeos gritando e imitando barulhos de bombas. Bem, existia aquele ditado: se não pode contra eles, junte-se à eles. Caminhou novamente em direção à porta do escritório e a abriu e lá estavam Dongsun e Dongyul brincando de lutinha com duas canetas que provavelmente Jungkook deu a eles no chão perto da mesa de seu secretário. 
Jungkook olhou para ele.
— Precisa de algo, Sr. Min? 
Nossa. Como alguém podia ser tão bonito, gentil e inteligente ao mesmo tempo? Min se perguntou encarando o outro com um ar de apaixonado. 
— Err... — Ele coçou a garganta, sentindo seu rosto esquentar. Coçou a nuca e desviou o olhar. — Não preciso de nada, por enquanto. Apenas vim falar com Dongsun e Dongyul. 
— Ah, sim. — Então Jungkook sorriu. — Fico feliz que goste de crianças. 
Na verdade, ele odiava, mas era melhor deixar Jungkook acreditar naquilo. 
— Na verdade Jungkook… — Ele disse. — Preciso que faça algo.
— O que, senhor?
— Cancele toda a minha agenda hoje, pode remarcar tudo para amanhã. — Ele não conseguiria trabalhar com os gêmeos ali. 
Aproximou-se com cautela das duas crianças e ficou de cócoras para falar com eles. Dongyul e Dongsun pararam de brincar no mesmo instante, encarando-o.
— Oi, meninos, o tio aqui não conseguiu trabalhar desde que chegaram...
— Está nos culpando? — Dongsun perguntou com aquele jeitinho fofo, mas atrevido dele. Esse deve ter puxado ao pai.  
— Não, não foi o que eu quis dizer. — Yoongi tentou sorrir pra eles. — Vocês gostam de histórias?
— Gostamos. — Responderam ao mesmo tempo. 
— E se o tio Yoongi contar umas historinhas pra vocês no meu escritório? 
Dongsun olhou para Dongyul e ouve uma conversa de olhares entre eles, Yoongi observou o mais tímido acenar com a cabeça e o mais ousado concordar. 
— Tudo bem.
Logo, Yoongi fingiu empolgação com um sorrisão. 
— Então vamos ao meu escritório?! 

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No chão de seu escritório sentando na posição de índio, Yoongi encara os gêmeos a sua frente e coça a sua garganta.
— Posso começar? 
Os dois apenas balançam a cabeça esperando ansiosamente pela história.
— Ok. — Estala os dedos e finalmente começa: — Era uma vez... 
“... em um reino distante, um belo rapaz vivia, após a morte de seu pai, juntamente com sua madrasta e seus dois meio-irmãos, o mais velho deles se chamava Taehyung e o outro era Jimin. O nome do belo rapaz era Yoongi. Ele era maltratado pela sua única família, tratavam ele como um empregado e nem pelo seu nome chamavam mais, para eles Yoongi era Cinderela. Em um certo dia, foi anunciado que haveria um baile onde todos os belos jovens do reino deveriam ir, pois o príncipe Jeon Jungkook escolheria um deles para se casar...”.
— Esse nome é do nosso papai. — Dongyul interrompeu. 
— É, e essa história não é assim. — Dongsun falou confuso, afinal conhecia a história de outra forma.
— Apenas ouçam, não me interrompem mais. — Min pediu, não gostando deles terem cortado sua fala. — Voltando de onde parei... 
“... Yoongi ficou muito feliz, ele nunca mais havia frequentado um baile desde a morte de seu pai, seria uma noite divertida para ele. Então, junto com seus amigos camundongos, prepararam uma roupa elegante para o baile. No entanto, quando o dia esperado havia finalmente chegado, Yoongi estava tão belíssimo que quando seus dois meio-irmãos o viram sentiram inveja e reclamaram para a mãe. Pobre do Yoongi. Sua madrasta ordenou que seus filhos rasgassem a roupa do garoto, deixaram ele apenas com suas roupas de baixo e partiram para o baile. Yoongi chorou e chorou, correndo para o jardim da casa. E apareceu para ele três fadinhas...”.
— Três fadinhas? Mas em Cinderela só aparece uma! 
Yoongi ignorou e continuou a história. 
“... Cada uma era de cor diferente. Fauna vestida de verde, Flora vestia rosa e Primavera vestida de azul. As três observavam o jovem Yoongi com preocupação e o consolaram. Quando Yoongi finalmente parou de chorar, ele percebeu que não estava sozinho. E perguntou: — Quem são vocês?
As três fadinhas responderam: — Somos suas tias desde que você estava no berço. 
Yoongi contou a elas o que lhe tinha acontecido, então as três fadinhas resolveram realizar a vontade de seu querido sobrinho. Elas transformaram uma abóbora em uma carruagem e seus animais em homens e lhe deram um belíssimo terno brilhante e cheio de diamantes e um par de sapato de cristal. E elas disseram: — Nunca suba no topo do castelo a meia-noite para que não toque  no fuso de uma roca.
Sem entender o que suas tias disseram, Yoongi foi para o baile. Ansioso para poder dançar e talvez conhecer o príncipe...”
— Agora é a Cinderela ou a Bela Adormecida? — Os gêmeos estavam confusos. 
— Shh. Apenas ouçam. 
“... Chegando no baile, Yoongi estava maravilhado com tanta beleza que a festa exibia quando foi surpreendido por outro rapaz. Ele era tão lindo, o cabelo escuro e um sorriso doce, sem falar que tinha uma postura sexy...”.
— O que é sexy? 
Yoongi travou por um momento desesperado e pensando em uma forma de como explicar.
— Uma pessoa muito… — Deu uma pausa ainda pensativo, então deu continuidade a sua fala: — ...mais muito bonita. Continuando!
“... Ele o chamou para uma dança e dançaram a noite toda. Aquele momento parecia mágico, sentia que em seu estômago havia milhares de borboletas voando e se via perdidamente encantado. Quando estava perto da meia-noite, Yoongi lembrou do que suas tias haviam falado e mesmo sem entender nada, ele decidiu que era melhor ir. Despediu-se do príncipe com um beijo e correu, ouvindo o rapaz atrás de si perguntando por seu nome, mas a única resposta que soube dar foi deixar um dos seus sapatos de cristal. 
No meio do caminho, a magia acabou e isso suas tias não tinham dito que aconteceria, perdido na floresta com seus camundongos, foi à procura de um lugar para poder descansar e de manhã voltar para seu lar. No meio de tanto mato, Yoongi conseguiu encontrar uma pequena casinha onde viviam sete anões...”.
— Sr. Min? — Daquela vez não tinha sido as crianças. 
Jungkook pôs a cabeça para dentro do escritório e sorriu ao ver seus dois pequenos com seu chefe. 
— Posso me juntar a vocês? 
— Claro, papai! Tio Yoongi disse que você é um príncipe! 
O jovem empresário sentiu seu rosto esquentar. Droga! Bendita ideia de alterar os nomes dos personagens... 
— Pode se sentar, secretário Jeon — disse calmo, mas pode dentro morrendo de vergonha. 
Jungkook entrou no escritório, sentou entre os dois pequenos e encarou o senhor Min, esperando que ele retornasse de onde havia parado. 
Yoongi encarou Jeon Jungkook e depois os dois pirralhos, e se perguntou como seria ter uma família. Não! Ele balançou a cabeça. Não podia se iludir tão fácil.
— ‘Tá, onde eu parei? 
— Quando Cinderela achou a casa dos sete anões. — Dongyul respondeu. 
Jungkook ficou confuso, mas ninguém quis explicar a ele. 
— Certo...
“... Na casa dos sete anões, Yoongi conheceu seus novos amigos e contou a eles a sua história desde o início e principalmente, sobre como dançou a noite toda com o príncipe Jungkook. Era óbvio como Yoongi havia se apaixonado. Foi amor à primeira vista. Bastava ele lembrar das mãos másculas em sua cintura e dos sussurros contra seu ouvido que o faziam arrepiar-se. Então, os anões decidiram ajudá-lo a achar o caminho de volta para o seu lar. Porém, Yoongi não sabia que sua madrasta na verdade era uma bruxa maléfica que planejava a muito tempo a sua morte e para sua infelicidade, o plano de fazê-lo dormir por toda eternidade havia falhado. Enquanto o belo rapaz descansava na casa dos sete anões, a bruxa má fazia maçãs envenenadas para si. Ela estava cansada de saber que Yoongi era o jovem mais belo de todo o reino e soube que ele havia ido ao baile sem sua permissão, além de fazer o príncipe Jungkook se apaixonar por ele. Taehyung que devia se casar com o príncipe! Era isso que a bruxa pensava. 
Ao nascer do Sol, Yoongi com seus camundongos se despertaram e seus novos amigos ensinaram o caminho de volta. Já na floresta, a bruxa esperava o jovem rapaz e assim que Yoongi estava próximo, ela apareceu em sua frente com uma aparência de uma velha e segurando uma cesta cheias de maçãs vermelhas e bonitas. Ele levou um pequeno susto. Então a bruxa disse: — Olá, jovenzinho, gostaria de uma maçã? 
Yoongi não viu nenhuma maldade, e ele sentia um pouco de fome. Ele disse: — Obrigado, gostaria sim. 
A bruxa comemorava por dentro por seu segundo plano está funcionando como deveria. Ela lhe estendeu a maçã e aguardou a primeira mordida que o belo jovem daria”.
— Papai, agora você vai salvar ele! — Dongyul comentou contente. 
— Eu? — Jungkook olhou ainda confuso para o senhor Min e depois para seu filho.
— Sim, você é o príncipe e o tio Yoongi é a princesa. 
— N-não é bem assim... — Yoongi tentou amenizar a sua vergonha. — É apenas uma história. — Sorriu sem graça. 
 “A bruxa então foi embora com sua risada maléfica, sabendo que como Yoongi havia desmaiado bem no meio da floresta ninguém o acharia. No entanto, a madrasta má estava muito enganada. Os pequenos camundongos foram correndo atrás dos sete anões e as três fadinhas apareceram. Uma delas disse: — Oh não! A bruxa má conseguiu! 
E a outra disse: — Agora apenas um beijo do amor verdadeiro poderá salvá-lo”.
— Então o papai vai te dá um beijo? — Dongsun perguntou. 
— Não! — Yoongi respondeu, com as bochechas vermelhas. Ele olhou para seu secretário e o outro também estava com o rosto vermelho. 
— É a história, meu bem. Ouça. — Jungkook disse e deu um beijo no pequeno. 
— Fim, o Yoongi dormiu para sempre! 
Min tinha que acabar logo com aquela vergonha toda, tudo culpa do Jeon. Ele não deveria ter entrado no escritório para se juntar a eles. De jeito nenhum. 
Ele olhou para o Jungkook que estava um pouco decepcionado e então ele olhou de um gêmeo para outro e viu lágrimas acumuladas em cada olhinhos. Opa, ele fez algo de errado. 
E Yoongi teve certeza quando Dongyul começou a chorar e berrar. 
— A Cindere-rela num pode morreeeeeer! 
— A-achei que tio Yoongi ia ia ia ser salvo pelo nosso papa-papai! — Dongsun também abriu o berreiro. 
— Sr. Min, acho que deveria mudar o final dessa história. — Seu secretário disse em tom sério e suave. 
Senhor Min mordeu seu próprio lábio inferior, vendo aquelas crianças chorando. Poxa, ele odiava crianças, mas até que contar uma história para aqueles dois era divertido e vê-los chorar lhe deixava desconfortável. E também aquela choradeira doía os seus ouvidos.
— ‘Tá bom! ‘Tá  bom! Parem! O final não é esse! 
Em segundos os gêmeos pararam de chorar e Yoongi não viu uma sinal de lágrima sequer. Céus, esses dois eram bons atores. 
Ele rolou os olhos.
— Enfim...
“As fadas acharam que não tinham solução, quando os sete anões apareceram e lhes contaram que Yoongi e o príncipe Jungkook haviam se apaixonado um pelo outro. Então as fadas sumiram e foram em buscar do príncipe, depois de meia-hora um cavalheiro montado em um cavalo branco chegou. Ele disse ser o príncipe e os anões deixaram que ele se aproximasse do jovem que dormia tranquilamente. 
O príncipe Jungkook encarou o rosto suave e bonito do seu amado, fechou os olhos e aproximou seus lábios. Com um toque macio do beijo do amor verdadeiro, Yoongi acordou do sono profundo. O príncipe pediu o jovem ali mesmo em casamento e tirou de sua capa o sapato de cristal, ele colocou no pé delicado de Yoongi e após mais um beijo, o príncipe levou-o para seu castelo. Eles tiveram um casamento simples e lindo, e mais tarde tiveram filhos gêmeos chamados Dongsun e Dongyul. E finalmente, viveram felizes para sempre!”.
O empresário, ao terminar a história, recebeu aplausos de sua pequena plateia.
— Eu gostei muito, papai Yoongi! — Os gêmeos disseram ao mesmo tempo.
— Papai? 
Jungkook olhou preocupados para seus filhos.
— Vocês queriam dizer titio? 
— Não, ele é o nosso papai também! A princesa e o príncipe se casaram e tiveram nós! 
— Mas era apenas uma... — Yoongi ia dizer quando os pequenos encararam com os olhos pidões. — Vocês podem me chamar do que quiserem! 
— Filhinhos, vocês podem brincar lá fora? Perto da mesa do papai. 
Dongsun e Dongyul se levantaram correndo e foram saltitantes e felizes. 
Yoongi se levantou do chão, e caminhou até sua cadeira. Seu secretário fez o mesmo, porém ficou em frente a mesa encarando-o de braços cruzados.  
— Sr. Min, o que estava pensando quando pôs nossos nomes nos personagens? 
— Em nada, apenas achei que as crianças iriam gostar. — Deu de ombros. Não era exatamente aquele motivo. 
— Sr. Min, eles são crianças de seis anos com a imaginação ativa! Agora eles acham que realmente eu e vocês somos... Somos... — Jungkook não conseguia terminar sem ter o rosto enrubescido. 
— Somos um casal? — Yoongi completou sorrindo. Até que aquilo não seria uma má ideia. Não pra ele. 
Jungkook suspirou, o rosto vermelho e ele sem conseguir encarar seu chefe. 
— Ok. Eu preciso te contar algo, mas não quero que seja aqui,em um ambiente de trabalho, então você está convidado para jantar na minha casa hoje. — Jungkook falou aquilo meio nervoso. Afinal, ele estava convidando o chefe para um jantar e de forma informal. 
Yoongi sorriu mais uma vez. 

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Min Yoongi estava em frente a casa do seu secretário e dali mesmo dava para escutar as crianças brincando. Estavam brincando de polícia e ladrão. 
Ele tocou a campainha e esperou. Um minuto depois, Jungkook abriu a porta para ele. 
— Sr. Min, boa noite! Pode entrar! — Jungkook lhe deu passagem.
Yoongi não deixou de reparar em como ele estava lindo com as roupas casuais. Sempre o via de terno.
— Boa noite, Jungkook! Pode me chamar pelo meu nome, não estamos no escritório. — Ele entrou na casa e viu as crianças correndo ao redor do sofá. Dongsun com uma arminha de brinquedo e Dongyul com um urso de pelúcia na mão. 
Tinha vários brinquedos espalhados pela sala. 
— Não repara na bagunça. É que eu fiquei na cozinha preparando o jantar e esses dois fizeram a festa. 
Yoongi riu de leve. 
— Fico até surpreso da bagunça ser somente os brinquedos espalhados. 
— É, eu também. — Jungkook riu. 
Yoongi tirou seus sapatos e ficou apenas de meia, e se aproximou dos meninos. 
— Papai Yoongi! — Gritaram quando perceberam sua presença, eles foram correndo e abraçaram suas pernas.
Pela primeira vez, Yoongi gostou de ser abraçado por crianças. 
— Oi meninos! — Ele acariciou suas cabeças, bagunçando seus cabelos. — Eu conto uma historinha pra vocês dormirem se arrumarem essa bagunça antes do jantar, que tal? 
Nem precisou de resposta, os gêmeos já estavam catando tudo. 
Horas depois, quando todos haviam terminado de jantar, Yoongi brincou com as crianças e depois levou elas para a cama, mas, claro, ele carregando Dongyul nos braços e Jungkook levando Dongsun nos seus. Os meninos estavam cansados e sonolentos quando foram depositados em suas camas, mas nenhum deles esqueceram do acordo que Min fez com eles. 
— Era uma vez... — Yoongi começou e contou daquela vez a história real da Cinderela. No entanto as crianças dormiram antes que terminasse o conto. 
— Eles dormem rápido. — Jungkook comentou em tom baixo. 
— É, percebi. — Yoongi sorriu torto e deu um carinho na cabeça de cada um.
Após saírem, os adultos foram para a sala. Jungkook pegou uma garrafa de soujo na cozinha e dois copos para beberem. 
— Sua casa é bonita. — Foi a primeira coisa que veio na mente de Min Yoongi quando notou que estava a sós com Jeon Jungkook no mesmo sofá. 
— Obrigado. — Jungkook sorriu, enchendo os copos. 
— Então... — Yoongi pegou a sua bebida e bebeu de uma vez para acalmar os nervos. 
Aquele era o momento em Jungkook falaria o que não pode no escritório. 
— Sr. Min, eu... — Começou enquanto enchia novamente o copo do Yoongi. — ...eu não sei como começar. Eu estou trabalhando com você há exatamente um ano, e... bem... eu não queria confessar isso, mas ouvir você contar aquela história como se nós fossemos os personagens e tudo mais, soube que não é somente eu que está apaixonado. — Jungkook declarou com as bochechas quentes e encarando seu chefe.
Yoongi engasgou com a bebida e passou a tossir, Jungkook se aproximou, preocupado, dando tapinhas leves em suas costas.
— Você está bem? 
Precisou mais alguns segundos para Yoongi se recuperar. Céus, aquilo só podia ser um sonho! Sua paixão era correspondida! 
Ele fitou o rosto de seu secretário à procura de que era apenas uma brincadeira, Jungkook estava sério e o encarando com sinceridade. 
— Desculpa se eu tirei uma conclusão precipitada, é que com aquela história com nossos... você como princesa e eu príncipe, achei que...
— Achou certo. — Yoongi o puxou para um beijo.
E essa, minhas crianças, é uma história que termina em um chefe casando com seu secretário, os gêmeos tendo dois papais e um gatinho de estimação chamado Lúcifer. Pois é. Me deu um pouco de medo, mas é apenas uma homenagem ao conto de fadas, Cinderela.
E por fim, viveram felizes para sempre!

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