Gengibre, Canela & Salsaparrilha

29 4 10
                                    

Primeiro de tudo, eu sou a Ray e estou aqui para desejar as boas vindas a todos vocês!
Sejam bem vindos a Cortejo! Essa pititica aqui é o resultado de um surto de criatividade que, quando jogado na rodinha de duas sulay shippers, acaba virando uma farofa gigante com direito a muita enrolação. Caso já tenham assistido a série Sombrio mundo de Sabrina, vocês irão notar sim algumas semelhanças pois a ideia da fanfic surgiu após eu ter assistido um episódio em específico. Mas NÃO, não é completamente igual. Enfim, espero que gostem da história tanto quanto nós, Zhongmul, gostamos de escrever. Tenham uma boa leitura e feliz aniversário pra The Grandline Tour, do Yixing, que completa 1 aninho hoje!

[...]

O sol começava a se despedir do céu. Até o presente momento, ele era a única testemunha das carícias cheias de amor que o jovem casal trocava na caçamba da picape vermelha. Não sabiam por quantas horas exatas estavam se amassando naquela posição desconfortável, mas também não ligavam para tal coisa. Sehun gostava do toque dos lábios pequenos e macios se enroscando nos seus, assim como também gostava de sentir a derme leitosa afundando sob seus dedos. Junmyeon era tão pequeno, e eles se encaixavam de uma maneira tão homogênea.

O beijo era calmo, doce, suave e inebriante, capaz de apaziguar todo sistema nervoso dos dois adolescentes. Esta era uma característica do casal: os selares tímidos que sempre iniciavam uma onda serena de ósculos carregados de amor e afeto. Sehun acariciou o rosto do bruxo, olhou em seus olhos e, então, eles se envolveram na massagem labial novamente. Era viciante. Junmyeon passaria horas ali se, por um acaso, o seu telefone não estivesse vibrando ao som alto de Maneater. Claro que a dupla, com os hormônios a flor da pele, não queria interromper as mãos bobas, porém, o aparelho tocava insistentemente, fazendo Junmyeon amaldiçoar até a quinta geração do dito cujo que o ligou.

— Junmyeon, onde você se meteu? Minseok e eu estamos te procurando faz horas pra ir comprar as decorações do Cortejo! — ele não precisou colar o ouvido ao celular para ouvir o amigo quase berrando e teve de cobrir a saída de som com uma das mãos para que Sehun não ouvisse muito daquele assunto.

— Já disse que não vou ir nessa droga, Baek! — ele quase sussurrou. Acima da cabeça do namorado se formava uma interrogação que Junmyeon respondeu com um sorriso amarelo. Na ligação, ele pôde ouvir, ao fundo, Minseok gritando um "como assim ele não vai?"

— Se não aparecer imediatamente, nós iremos fazer uma projeção astral e você não vai gostar nadinha do nosso showzinho. Está avisado, Kim! — a ligação foi desligada antes que pudesse protestar. Bufou. Seus amigos eram impacientes e não aceitavam "não" como resposta. Junmyeon fez menção a descer da caçamba quando Sehun segurou seu braço.

— Jun, aconteceu alguma coisa? Esse seu amigo parecia muito irritado. — seu olhar carregava uma pequena preocupação que misturava curiosidade. Junmyeon nunca fora de falar muito sobre seus amigos.

— Está tudo bem. O aniversário do pai do Baek está chegando e eu prometi ajudá-lo nos preparativos. — sorriu torto. Sehun não parecia totalmente convencido, mas aceitou a resposta. — Eu vou indo, ok? Te mando mensagem mais tarde — se aproximou do maior para beijá-lo. — Te amo! — e, assim, desceu da picape, deixando um Sehun um tanto quanto confuso para trás.

Kim Junmyeon era assim, um jovem adolescente que tentava manter uma vida comum, mas sua vida mística sempre o achava em meio aos humanos e o lembrava de quem realmente era. Sumia e aparecia sem dar muitas explicações ou com explicações que nem sempre faziam muito sentido. Como seu relacionamento dava certo? Nem ele mesmo sabia dizer.

O caminho para a residência dos Kim era peculiar, eles moravam afastados das demais casas do bairro, viviam quase escondidos. Em Everwood as coisas eram extremamente pacatas. Com uma população sendo constituída, a maior parte, por idosos, você não encontraria um show de música eletrônica ou jovens desfrutando de destiladas nas ruas. Obviamente a cidade possuía bares, possuía festas e eventos, mas tudo sempre dentro da normalidade tranquila e sossegada do local.

Cortejo de BelhainOnde histórias criam vida. Descubra agora