Uma série de poemas da minha mente

Ao som da chuva

Hoje eu acordo mas com quase nada concordo
Não estou acostumada com carinhos pela manhã
Somente meus pais que me dão beijo de bom dia
Não há muitos pássaros cantando por essa hora
As gotículas de água escorrem pela janela de vidro
Ainda há uma fina garoa caindo do céu
A uma tenperatua a quase 12 graus me levanto
Coloco meus pés quentes no chão gelado
Ando até o banheiro quase com os olhos fechados
Lavo meu rosto e me viro para o espelho
Vejo que a mesma menina de sempre ainda está em mim
Olho para meu corpo com desgosto, está difícil hoje
Desço para a cozinha sem nenhuma motivação
Pego uma xícara de chá quente e me sento a mesa
Observando a janela vejo as árvores balançando
Uma brisa gelada entra pelas frestas da porta
Já terminado o chá subo de volta ao quarto
Pego meu telefone e confiro as mensagens
Vendo que ninguém me mandou nada
Somente um grupo idiota que nem sei porque eu entrei
Logo coloco meus fones e procuro uma música bem suave
Novamente me vejo deitada na cama com a coberta até o rosto
Há meses que me sinto mal mas isso não importa pra ninguém
Vejo meu corpo somente como uma casca feia
São somente raízes de um grande problema que tenho
Depois daquela música calma eu adormeço
Acordo um pouco antes do jantar
Não consigo entender como eu dormi tanto tempo
Levanto novamente pego minha toalha e ando até o banheiro
Ligo o chuveiro no mais quente possível
Escorrego o sabonete na minha pele pálida
Passo shampoo em meus fios de cabelo
Me enxaguo depois de ter me limpando
Trocando de roupa sem querer escorrego no piso molhado
Ali fico por minutos sem me mecher
Uma intensa vontade de chorar retorna entre meus sentimentos
Já sem forças para lutar as lágrimas escorrem pelo meu rosto molhado e frio
Logo escuto minha mãe me chamando para o jantar
Então me levanto rapidamente pra ninguém me ver assim
Sentada a mesa com a minha família rio sem ter motivos
Isso porque não quero que eles se preocupem comigo
Mas a tristeza ainda está na minha expressão
Novamente subo ao quarto
Já estou deitada quando recebo uma mensagem de minha amiga
Sendo a única que tenho eu a respondo
Ela estava muito feliz porque seu dia tinha sido perfeito
Logo ela pergunta como foi o meu
Escondendo meus sentimentos o mais profundo que consigo digo que foi bom
A conversa se dispersa, já sem ninguém pra fala volto a ouvir música
Ao som da chuva e de uma voz confortante de quem cantava pego no sono
E mas um dia sem sentir algo bom se acaba para que venham muitos iguais a esse por diante