Lisa estava sozinha. Literalmente e mentalmente se sentindo sozinha. Agora que eles tinham o que precisavam, a vida dela e Jessie no laboratório era só vagar por ai e as vezes checar se John estava fazendo devidamente seu trabalho com a maquina. Quando não estavam fazendo nada, Jessie e Noora saiam juntos e Lisa continuava sozinha, sua unica diversão era olhar os cientistas trabalhando.
Ela ficava fascinada observando cada engrenagem sendo posta no lugar, cada luz sendo ligada e cada minima coisinha que eles arrumavam aqui e ali. As vezes, ela chegava a sonhar que estava dentro de um foguete indo direto na direção da lua. A coleção de desenhos daquele satélite que ela guardava de baixo da cama no orfano era apenas uma das provas do amor que ela tinha pelo céu e as estrelas.
Mas esse sonho teria que esperar.
Já John, ele se sentia torturado. Trabalhar junto daquelas pessoas era doloroso, saber que ele ia perder toda sua criação. A unica coisa que ainda o mantinha esperançoso era poder estar perto de seus filhos. Logo de cara ele percebeu que Jessie era o mais difícil, mas Lisa, apesar de se deixar levar muito pelo irmão, ainda era a mesma menininha que ele sonhava levar para a lua um dia.
Ela estava sentada em uma cadeira perto da maquina em que John trabalhava, concentrada demais em um quadrinho para e achando que ele não percebia as vezes que ela desviava o olhar para a grande construção. John tinha a esperança de que um dos dois se lembraria de seu rosto, mas não aconteceu. Talvez seja melhor assim.
-Gosta de super heróis? -John tentou puxar assunto se referindo a revista que a menina lia.
A menina ficou assustada quando ele falou com ela, parecia não acreditar que ele realmente estava falando com ela. Lisa o ignorou completamente e voltou para sua revistinha, não sabia se deveria ou não conversar com ele, mas preferia não arriscar. Mas John não desistiu.
-Meu sobrinho adora quadrinhos também. -Talvez ele tenha mentido um pouco e o tal sobrinho fosse Zayn Malik e sua enorme coleção de revistas que ficava espalhada pela casa. Ele estava do fundo do coração torcendo para que os soviéticos idiotas não chegassem perto de Lilith ou dos meninos. -Seus favoritos são os X-Man.
-Eu prefiro Os Guardiões da galaxia. -Ela falou dando de ombros. A resposta sequer fora intencional, quando ela viu, ja tinha o respondido.
-Gosta do universo? -Ela fez que sim com a cabeça. -Bom, eu já trabalhei para a NASA então posso afirmar que a galaxia não tem guardiões.
-Você já trabalhou para a NASA!? -Ela perguntou perplexa.
-Já, a muito tempo.
-E o que houve? -Ela perguntou. Parecia realmente interessada.
-Decidi me dedicar a criar os meus próprios guardiões da galaxia. -Ela deu uma risadinha e abriu de novo o seu quadrinho.
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-Acham que ele esta morto? -Zayn perguntou. Os meninos estavam todos reunidos no quintal dos fundos, sentados na grama e esperando Noah e seus homens aparecerem com alguma noticia de John.
-Esperamos que não. -Harry disse. Ele e Louis estavam sentados lado a lado, a mão de Louis estava sobre a grama e Harry brincava com seus dedos. Os meninos estavam olhando, menos Zayn que estava concentrado demais olhando para Liam para ligar pra qualquer outra coisa. Nenhum ainda tivera coragem de perguntar alguma coisa, apesar de ja saberem o que estava acontecendo.
-Posso perguntar uma coisa? -Niall falou, olhando para Louis e Harry.
-Não. Vem, Harry, vamos subir. -Louis se levantou e puxou a mão de Harry pela casa até que eles estivessem no andar de cima.
Ele não se importava com que os meninos iam pensar dele, mesmo sabendo que Liam era tranquilo quanto a isto. Sua preocupação era Harry. Ele tinha medo do que Harry teria que passar se escolhesse ficar com Louis.
-Ei, para! Qual o problema, Lou? -Quando eles chegaram no corredor de quartos, Harry se soltou.
-Nada. Eu só... -Ele ia continuar falando, mas se interrompeu ao olhar para o lado e ver que estavam exatamente parados em frente as duas portas misteriosas que sempre permaneciam trancadas. Mas é claro! Podia ter alguma pista ai, visto que John não queria sequer que eles chegassem perto. -Ei, olha.
-O que? -Harry desviou o olhar confuso para as duas enormes portas que estavam lado a lado. -Esses não são os quartos que John não queria que entrássemos?
-Exato! Pode ter algo importante ai dentro. Consegue derreter as fechaduras?
-Posso tentar. -Louis se afastou e Harry usou sua mão como um maçarico para tentar derreter a maçaneta. Aquilo era tão quente que mesmo distante Louis ainda conseguia sentir o bafo quente do fogo. -Não coloque fogo na casa, por gentileza.
-Não prometo nada. Fique preparado para apagar, só por via das duvidas. -Os pingos de metal pigavam no chão, até que uns segundos depois a porta se abriu como magica. -Viu, eu sou incrível.
-É mesmo! -Louis pulou no pescoço de Harry e lhe deu um selinho, o puxando em seguida para dentro do quarto pelo pulso, já que a mão que ele tinha usado para abrir a porta estava em um vermelho tão vivo que Louis tinha certeza que se tocasse a ponta de seu dedo nela teria uma queimadura de terceiro grau.
Eles tatearam a parede até encontrar um interruptor, quando acenderam a luz, quase caíram para trás. Era um quarto infantil com a parede pintada de rosa, o teto cheio de estrelas que brilham no escuro, vários brinquedos empoeirados num canto denunciando que um dia alguém ja tivera brincado com eles, os moveis maiores estavam cobertos por um tecido branco, provavelmente para impedir que a poeira os estragasse, como se eles ainda estivessem na esperança de que alguém ainda iria aparecer para usa-los.
-Eu não sabia que John tinha uma filha. -Harry falou enquanto varia o quarto com o olhar.
-Acho que ninguém sabia.
-Sera que ela faleceu?
-Não. -Louis disse com firmeza.
-Como sabe? -Harry o olhou, Louis estava de costas segurando nas mãos alguma coisa. Quando ele se virou, revelou um porta retrato.
A foto eram duas crianças que Harry e Louis reconheceram na hora, elas estavam entre John e uma outra mulher, na moldura do porta retrato estava gravada as palavra "Família". Louis e Harry se entreolharam assustados, ainda analisando porta retrato.
-Não pode ser... -Harry disse boquiaberto.
-Pode sim. O outro quarto deve pertencer ao garoto.
-A qualidade da foto não esta tão boa, podem não ser eles.
-São eles, Harry! São idênticos. -Harry precisava concordar, mesmo não querendo. -Acha que ele sabia disso?
-Ele pode ter descoberto depois e então resolvido ir atrás dos filhos.
-Precisamos contar isso para o Noah e a Lily agora.
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Elements ☢ || Larry Stylinson
FanfictionEm meio a grande tensão que acontecia nos Estados Unidos por conta da guerra fria, um cientista não muito lucido decide criar uma máquina que transformaria os soldados americanos em "super-humanos". O plano acaba não saindo como planejado, já que em...