Voltei até o local combinado com Ellen, olhei a hora em meu celular, e vi que ainda faltava um tempo considerável para dar quarenta minutos.
Então sentei e esperei, mas passou a hora que combinamos, passou mais dez minutos e nada dela aparecer. Comecei a ficar nervosa, me levantei e então caminhei para fora do salão.
Assim que passei pela porta de entrada, peguei o meu celular, vi que Martín tinha insistido, e tentado me ligar novamente há cinco minutos, respirei fundo e então disquei o numero do celular de Ellen, torcendo para que ela atendesse, mas, eu já imaginava que seria difícil isso acontecer.
— Vai Ellen... vai! — falei, já ficando irritada com ela. Eu sabia que seria muito difícil encontrá-la, no meio daquele povo todo.
— Ainda está procurando sua irmã? — uma voz masculina falou bem próximo do meu ouvido, me virei rapidamente e me assustei com tamanha aproximação que estávamos, dei até alguns passos para trás, para olhá-lo. Era Giles...
Ele me encarava enquanto colocava o cigarro na boca, novamente ele me olhava com um olhar profundo, um olhar que deixaria qualquer mulher extremamente encabulada por ser encarada dessa forma.
— É... eu estou tentando ligar para ela! — falei, a voz quase não saiu, depois desviei o olhar em direção ao meu celular.
Ele assoprou a fumaça, e depois jogou o cigarro no chão, pisando nele.
Não acredito que ela vá atender!
—É... eu também não acredito muito, mas tenho que tentar... —respondi, e assim que o olhei pelo canto de olho, percebi que ele ainda me olhava. E cada segundo, meu rosto esquentava mais e mais.
— Qual é seu nome? — perguntou, parecia interessado.
— Catherine Mason... —respondi, olhando a tela do meu celular para não o encarar.
— Prazer, eu sou Giles... Giles Wright! — Ele respondeu, e então eu o olhei, com uma vontade imensa de falar: "eu sei". Porém, me segurei.
— E aí, não vai mais trabalhar? — perguntei, curiosa com o fato dele não estar mais na sua função de barman.
— Jordan, meu colega de trabalho chegou, então dei uma pausa para tomar um ar e fumar um cigarro... —Ele explicou.
— Sabia que isso aí pode te matar? — comentei, ele riu, encostou-se na parede e passou a mão no cabelo, de uma forma sensual.
— Muitas coisas podem matar... para morrer, só precisamos estar vivos... — falou, guardando sua caixa de cigarros no bolso.
— Ah sim... —falei, encostando na parede, ao lado dele. — Isso tenho que concordar com você, muitas coisas podem matar, inclusive o amor, não é? — me virei em sua direção e cruzei os braços.
— O amor não mata, as pessoas que se matam por ele, ou melhor, pela falta dele! — corrigiu, de uma forma fria. Me olhou por alguns instantes, em silêncio, parecia pensativo. — Com que você trabalha Catherine?
— Por que a pergunta? — franzi a testa, confusa com essa pergunta repentina dele.
— Não sei, curiosidade... você parece ser muito inteligente... imagino que seja uma advogada, ou uma médica...
— Ah sim, sou escritora... — menti.
— Escritora? Tem que ser muito inteligente para se criar histórias...
— Criativa, na verdade!
—Está trabalhando em algum livro? — perguntou, cruzando os braços também.
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Perigosa Obsessão
RomanceCatherine achava que tinha a vida que sempre desejou: Um casamento feliz, um filho adorável e uma carreira da qual lhe satisfazia, era terapeuta, e embora sua irmã falasse que sua vida era chata, Catherine não acreditava nisso, gostava de rotinas, d...