S&M

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Kao se levantou sem pressa e abriu uma das gavetas, tirando dali uma corda vermelha e macia e depois uma tesoura, onde a deixou por cima do móvel. Earth rolou pela cama de modo que sua barriga ficasse para baixo e observou seu namorado trazer o objeto de volta para cama.

“Você quer?” Perguntou o mais velho, aproximando-se.

“Sim.” A decisão foi rápida assim que entendeu do que se tratava, falando de modo firme.

“Você sabe a palavra?” Perguntou à Earth calmamente.

Dark yellow.”

Como um bom menino que era, Katsamonnat logo foi colocando seus braços para trás, onde os pulsos avermelhados e marcados pela ponta dos dedos de Noppakao puderam ser vistos com maior clareza pelo autor. O casal sempre foi bastante aberto a novas experiências, o ato de atar ou restringir não se tornou novidade alguma por agora ter uma amarra. Na verdade, tanto Earth quanto Kao já fizeram isso anteriormente. Tanto é que até hoje Kao não consegue se esquecer de uma certa noite, onde algemas foram colocadas em seus punhos e os olhos do ator ferviam em chamas, enquanto segurava o queixo pontudo do músico e se preparando para sentar em seu colo, abrindo cada botão da camisa social branca do namorado, após um árduo dia de trabalho. Porém, isso é outra história para uma outra hora.

“Quer ver minha bunda agora?” 

Maldita seja a boca de Earth. O garoto flexionou um pouco de seus joelhos, dando a impressão das nádegas estarem empinadas.

“Sim.” Respondeu seco, aproveitando o momento para amarrar o seu parceiro, onde colocou ambos os braços paralelamente e passou a corda duas vezes, dando um nó direito depois. Com o que sobrara do cânhamo, repetiu isso três vezes até chegar nos cotovelos. Ao fim, puxou os fios de cabelo castanhos e o menor gemeu. “É melhor pra eu bater, sabe?”

Katsamonnat murmurou algo e Kao somente esboçou um sorriso em resposta, soltando os cabelos. Apressadamente, o homem colocou outro preservativo e perguntou:

“Está doendo?” Referiu-se às cordas, rente ao ouvido.

“Não, P’.”

“Bom garoto.” Kao segurou na cintura do namorado e penetrou com calma, começando a mover-se devagar, fazendo o menino então soltar gemidos baixos. 

Felizmente, o músico tinha plena consciência da falta de paciência do mais novo e fazia aquilo somente para o provocar. Estava imóvel, afinal de contas. 

“P’Kao…”

Por maior esforço que fizesse para atentar seu namorado, o desejo e a loucura falaram bem mais alto, gritavam dentro de si. Ouvir Earth o chamando manhoso, fez o homem jogar tudo pelos ares e foder o ator como bem sabia, do modo que estavam habituados a fazer sexo.

Um gemido alto de Noppakao pôde ser ouvido em bom som. O fato do menor estar amarrado o deixava mais excitado do que antes, mas não entendia exatamente o porquê. Talvez por finalmente estar no comando, porém não, não sabia.

Céus! Só Earth para aguentar dois rounds com aquele homem e no segundo amarrado.

"Mais… m-mais." Pediu o garoto, com a mente em branco, completamente perdido no prazer que vinha cada vez mais forte.

"Pede direito, Mu." Sussurrou o mais alto, bem baixinho, só para Earth ouvir.

"M-me fode mais rápido…P'Kao" Noppakao deu um tapa bastante firme. A bunda estava vermelha, ardendo. Mas nada era melhor do que a sinfonia de gemidos que ambos conseguiam ter num cômodo só.

"Bom garoto." Disse, levando a outra mão para o cabelo do ator e o puxando. Os dedos longos do guitarrista foram de encontro aos lábios do pequeno, onde chupou-os, conseguindo diminuir o som dos gemidos. "Ah… porra…"

Kao gemeu alto assim que sentiu seu namorado rebolar de volta em seu pau, o tirando do sério de uma vez. Earth sabia usar o quadril como nenhuma outra pessoa da face da terra e, Deus, como Kao amava vê-lo buscando pelo próprio prazer, implorando para ir mais fundo enquanto o suor escorria por todo o seu corpo.

"Se continuar assim… porra, Earth..." disse o maior, estapeando a região mais uma vez como bem sabia fazer. "Desse jeito…"

A cabeça de Kao foi à Marte e voltou em segundos, provavelmente se perdeu no meio do caminho. Foi-se como um choque imenso percorresse por todo o seu corpo, o deixando gozar junto ao orgasmo do ator.

"Lung." Earth chamou o namorado como sempre, enquanto descansava de barriga para baixo, com pouco da sua pele nua sendo tocada por um feixe de luz da lua.
Kao estava quase deitado, com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Em suas mãos, tinha o caderninho de antes e ali terminava a melodia.

"P'Kao!" O chamou novamente.

"Estou te ouvindo, Mu." Murmurou, acabando com as últimas linhas da página, demonstrando que estava finalmente ao fim da música.

"Da próxima vez… o que você acha de mordaça?" Perguntou, curioso e foi inevitável deixar um sorriso sapeca escapar naquele momento.

O guitarrista terminou assim que o garoto também finalizou seu questionamento. Ele só fechou o bloco de notas e bateu na testa do mais novo, com calma.

"Pra calar sua boca?" Questionou. "Gosto de te ouvir gemer, não vai rolar."

Enfim, se deitou e o ator que não era nada bobo foi de encontro. A palma grande do homem tocou as costas macias, admirando a beleza única que o outro tinha, principalmente sendo iluminado apenas com a luz do luar que surgia timidamente através das cortinas.

"Está doendo?" Perguntou, o Katsamonnat fez que sim com a cabeça. O músico então segurou nos pulsos do mais novo e deu-lhe beijos para passar a dor. "Obrigado por ser o meu amor, Mu." Admitiu. Earth arregalou os olhos. "Mas não apenas de amor, você também é a música, tem a música em você e eu me apaixono todo dia um pouco mais. Se você soubesse o quão  sortudo eu sou por poder acordar ao seu lado você choraria pela tamanha bobice minha." Ele riu, baixo. Na verdade, Kao falava num tom onde só eles podiam ouvir. "Obrigado, Mu, eu amo você."

"Merda, P'Kao" Murmurou, sentindo seus olhos marejados, mas desta vez não eram de dor vindas dos tapas em sua bunda e tampouco pelo prazer que sentia enquanto transavam. Era de felicidade. Lágrimas que você deixa escapar quando se deixa cultivar. "A gente acabou de transar, como pode me fazer chorar depois disso?"

"Me desculpa! Eu só precisava falar… eu não sei…" o corpo do ator se tornou mais mole e se moveu de forma que ficasse bastante confortável, bem quieto no peito do maior. "Mas eu amo você" beijou-lhe a testa. "Eu realmente amo você." Beijou-o a bochecha. "Amo demais." Assim, deixou inúmeros beijos por toda a sua face, que o fez soltar uma risada gostosa.

"Me ama mesmo? Então vai me deixar ser top na próxima?"

"A mordaça não me parece ideia ruim agora." Respondeu, abraçando o corpo ao seu lado.

Bangkok, Tailândia
03:55 a.m



Beijos ~ @playoshi no Twitter qualquer coisa!!

Dark YellowOnde histórias criam vida. Descubra agora