Epílogo.

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Shirley

Finalmente chegou o dia do meu casamento.
Hoje vou realizar um sonho que ficou por tanto tempo adormecido dentro de mim, praticamente havia desistido. Eu fui levada a crer que não seria mais feliz, pra mim,
felicidade era algo ousado demais para se desejar. Mas o Felipe me encontrou e ensinou o que é o amor, a felicidade.
Depois de tudo que passamos, finalmente iríamos começar nossas vidas de novo. Do jeito certo.
Suspirei enquanto tentava inutilmente segurar as lágrimas enquanto me admirava em frente ao espelho.
Meu vestido era lindo, com bordado que começava no busto e ia até a barra da saia, que era levemente rodada e de tecido leve.

Meu cabelo estava preso num coque elegante

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Meu cabelo estava preso num coque elegante .
Eu mal consigo acreditar que estou prestes a casar com o homem da minha vida.
- Shirley?
Ouço meu nome e em seguida Cris entrou na sala acompanhada de minha irmã e Bárbara.
- Nossa, como você está linda, amiga. - Disse Bárbara. - Está deslumbrante.
Cris e Heloise concordaram sorrindo, e eu só continuei emocionada.
- Não chora, irmã. Vai acabar com a maquiagem...
- É, e além disso, meu irmão vai acabar tendo um ataque cardíaco se você demorar mais vinte minutos. - Completou Cris.
- Vocês tem razão.
Falei depois de respirar fundo um par de vezes, colocando um sorriso no rosto em seguida. Elas me ajudaram dar os toques finais e seguimos para fora da sala onde eu estava.
O casamento seria numa casa de campo que havia na família de Felipe, e desde a primeira vez que estive aqui soube que não poderia haver lugar mais lindo para celebrar nossa união.
Somente quando eu já estava em frente a entrada que dava acesso ao lugar da cerimônia, com Henrique pronto para me levar ao altar, me dei conta do meu nervosismo.
Minhas pernas tremiam levemente, uma sensação parecida com angústia tomou conta de mim. E eu quis sorrir , chorar, gritar, me jogar nos braços de Felipe para me sentir melhor.
- Pronta?
Perguntou Henrique oferecendo-me o braço gentilmente.
- Hurrum...
Balbuciei, balançando a cabeça afirmativamente. Começamos a lenta caminhada até o altar logo após a primeira nota da marcha nupcial.
Respirei fundo olhando em volta os vários olhares curiosos em minha direção. De todos ali, poucos eram conhecidos meus. Continuei olhando em volta até meu olhar encontrar o dele, o mais lindo e brilhante de todo aquele lugar. Felipe me esperava no altar e parecia tão nervoso quando eu, e me olhava maravilhado, sorrindo lindamente como eu jamais havia visto antes.
Linda...
Ele gesticulou com os lábios do altar, e eu apenas sorri enquanto caminhava até ele.
E de repente não existia mais nervosismo, convidados, padre ou músicos. Éramos só Felipe e eu.
Henrique finalmente me entregou ao amigo, sorridente logo após se abraçarem. Nós ajoelhamos diante do padre de mãos dadas para enfim começar a cerimônia.
- Estamos aqui reunidos para testemunhar o amor dos jovens Felipe e Shirley...
Disse o padre, que citou alguns versículos da bíblia e mais algumas coisas sobre o amor e o quão especial é uma união a base de amor.
- Felipe, é de livre e espontânea vontade que você aceita Shirley como legítima esposa? - Pergunta o padre.
- Eu aceito.
- E você, Shirley, aceita Felipe de livre e espontânea vontade como legítimo esposo? - Pergunta o padre.
- Sim... - Respondi emocionada.
- Sendo assim, podem trocar as alianças.
Disse novamente o padre, em seguida minha irmã Heloise veio até o altar com as alianças.
- E com muito amor que eu, Felipe Miranda, te ofereço essa aliança como sinal do meu amor e minha fidelidade. - começou ele. - Prometo sempre te amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença durante todos os nossos dias.
Prometo te fazer a mulher mais feliz desse mundo, minha morena.
Felipe disse enquanto colocava a aliança no meu dedo, com um lindo sorriso nos lábios.
- Eu, Shirley, te ofereço essa aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Prometo sempre te amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença durante todos os nossos dias.
Falei em meio às lágrimas enquanto colocava a aliança em seu dedo.
- O que Deus uniu, o homem jamais terá forças para separar. Sejam felizes e tenham uma vida longa juntos. O noivo pode beijar a noiva.
Finalizou o padre.
E então Felipe tira lentamente o véu de meu rosto e me dá um beijo na testa. Em seguida ele para seu rosto bem próximo ao meu e diz:
- Eu te amo muito, meu amor.
E me beija em seguida, e eu estava extasiada demais para reagir, somente reagi ao beijo da forma mais apaixonada que pude.
Por um breve momento tive a sensação de estarmos só nós dois sem que o mundo lá fora.
Logo pudemos ouvir os calorosos aplausos dos convidados e nos separamos.
Sorrindo, Realizados e felizes como nunca.

...

Finalmente chegamos, eu já não aguentava ficar mais um minuto em pé.
A festa de casamento foi maravilhosa, dançamos e nos divertimos muito, mas optamos por não viajar de lua de mel, por causa do trabalho de Felipe e da minha irmã.
Fora que daqui em diante teríamos todo o tempo do mundo para viajar.
Apoiei minhas pernas na mesinha de centro gemendo por causa da sensação gostosa de alívio.
- Não acha que está um pouco cedo pra gemer assim?
Sussurra Felipe ao meu ouvido, fazendo com que eu pule de susto.
Apenas balanço a cabeça negativamente enquanto ele começa a beijar meu pescoço.
- Quer ver que eu consigo te fazer gemer bem mais que isso?
Disse ele provocante.
- Eu adoraria saber como.
Respondo, virei-me de frente para ele, tomando sua boca num beijo faminto.
Logo meu vestido já estava jogado em algum lugar que eu não dei importância, já que no momento Felipe me carregava para o quarto.
- Você está tão...
A frase se perde no ar enquanto ele me olha.
- Tão... ?
- Deixa pra lá.
Responde e logo voltamos a nos beijar.
Depois de tantas vezes juntos, eu só pude resumir nossa noite de núpcias com uma única palavra: Intensa.

[...]

Algum Tempo Depois .

O dia mal havia amanhecido e eu já estava acordada. O motivo? Enjoo.
Eu me sinto enjoada como nunca estive em toda a minha vida.
E levando em consideração algumas outras mudanças que vem acontecendo com meu corpo e as noites que Felipe e eu estamos... aproveitando a vida de casados, só consigo pensar numa coisa.
Gravidez.
Respiro fundo e levando da cama fazendo o mínimo de barulho possível já que Felipe ainda dormia.
Rumei até a gaveta no armário onde coloquei os teste que comprei há dias atrás e os deixei lá, enquanto tomava coragem para fazê-los.
Já no banheiro, segui as instruções da bula de cada um fiz xixi no copinho e aguardei.
Foram os minutos mais apreensivos desde que casei, mas logo criei coragem para conferi-los...
E conforme cada um deles, eu estava mesmo grávida
- Shirley?
Ouço meu marido chamar por mim, e ele rapidamente me encontra no banheiro.
Parando para analisar bem a situação um pouco em choque.
- Você
- É... quer dizer, eu acho que sim. - Respondo.
Felipe vem até mim e me envolve num abraço apertado.
- Obrigada... por me fazer tão feliz.
Esse sussurra ainda abraçado a mim.
A sensação era realmente maravilhosa.

Uma vida tranquila, um homem que me ama e um filho que sempre desejei. Eu não poderia estar mais feliz e agradecida em toda a minha vida.

FIM.

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