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E lá estava ele andando em passos lentos pelos corredores da renomada Konoha University, universidade desejada por todos aqueles que querem ter um futuro brilhante, não haveria dúvidas em entrevistas quando você apresentasse em seu currículo a formação em uma academia tão prestigiada, suspirou ao lembrar daquilo. Continuou sua caminhada com a mochila em seu ombro esquerdo, tentou por todo caminho não ser notado e tudo o que conseguia eram suspiros de algumas garotas e cumprimentos dos meninos, de fato não conseguia passar despercebido.

Talvez fosse pelo seu rosto perfeito como um deus de outrora, ou seus cabelos negros que cismavam em cair em seus olhos, talvez fosse pelo corpo esguio e bem trabalhado, por obrigação de seu pai claro que sempre vinha com o papo de que era necessário as idas à academia, talvez as pessoas o olhassem pela expressão de, como vamos dizer sem parecer arrogante? Bom, sua cara de desprezo, não que ele realmente desprezava as pessoas mas desprezava esse tipo de tratamento.

Descartava a possibilidade de estar sendo tão bem analisado pelas suas vestes, blusa e calça pretas, o tênis reluzia em branco pelo chão de padrões em retângulo, com certeza não era por isso que as pessoas o tivesse fitando com tanto afinco. Foi aí que lembrou do seu sobrenome em caixa alta com letras garrafais em uma placa próximo dos troféus, seu pai foi e é um grande investidor das pesquisas na área da saúde da faculdade, era por isso que todos o olhavam. Para eles Sasuke era apenas o sobrenome pesado que carregava da família. Por isso nunca iria conseguir passar pelos corredores sem ser notado. Riu da comparação que seu irmão fez um ano atrás quando ele ingressou na unidade:

Nós somos a Britney Spears e o pessoal da faculdade é 2007, irmãozinho é caça às bruxas.

Itachi era um cretino por ter dividido os holofotes com ele, era o que ele pensava todos os dias. E falando nele, se perguntou onde ele estaria agora, tinha um tempo livre e não sabia muito em como gastar e ouvir as besteiras que o irmão que estava em seu último ano de direito talvez lhe animasse. Virou um corredor olhando para o celular sentiu o impacto de um corpo no seu o fazendo desequilibrar e soltar o celular, que por sorte de alguma divindade o trator que o atropelou segurou seu aparelho.

— Você está bem? — a voz do suposto trator se fez presente — Seu celular. — esticou a mão na direção dele mostrando o aparelho — Cara, me desculpa de verdade. Eu sou um desastre.

— Concordo. Você não deveria estar correndo pelos corredores, o lugar mais apropriado é lá fora. — apontou para a janela onde daria para ver a parte externa e por ironia um grande campo com uma pista de corrida — Mas de qualquer forma eu também não deveria ficar andando enquanto mexo no celular, uma regra e tanta no trânsito e fora dele. — após pegar o celular se deu ao trabalho de olhar quem o atropelou. Um rapaz com a pele dourada, cabelos dourados, olhos azuis e risquinhos em suas bochechas, ele lhe pareceu familiar e ao mesmo tempo uma espécime que nunca teve o prazer de conhecer. O menino colocou a mão na nuca e sorriu um sorriso infantil enquanto suas bochechas tomavam uma cor avermelhada

— É... Vou me lembrar de só correr lá fora. - olhou para baixo após notar que possivelmente estava muito vermelho agora — Desculpa mesmo. Olha, sem querer abusar do seu tempo, mas já que nos esbarramos, será que por acaso você sabe para onde fica o prédio da aula de História da Arte?

— Bom, já que você me atropelou — sorriu — Posso te dizer onde fica. Na verdade esse é o prédio da onde sua aula está, mas é dois andares para baixo. — olhou novamente para ele e pensou como o menino tinha absolutamente nada a ver com artes, era alto e musculoso, não que pintores não fossem, mas ele parecia um pouco bruto e desastrado para artes, tirou os pensamentos quando seu celular vibrou e viu pela notificação a mensagem que o fez revirar os olhos

La DanseOnde histórias criam vida. Descubra agora