Capítulo 14

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- O que tem Joana?- perguntou Harry sem entender ficando levemente preocupado.

- Bem, creio que se lembra bem dos acontecimentos do ano passado.

Harry acenou com a cabeça afirmativamente

- Então deve se lembrar do que se descobriu naquele dia.- conclui

Harry o olhou ainda sem entender bem aonde a conversa iria chegar.

- Que a Joana Frost é a segunda Herdeira de Salazar Slytherin.

- Oh, sim.- disse Harry.- A... Professor? Como é que pode ser possível?

- Isso ainda é um mistério, ninguém sabe de onde veio a profecia.

- E o que precisa de falar comigo sobre ela?- questiona

- Preciso apenas de te falar de algumas coisas. Não sei se sabe mas Joana não é a única bruxa na sua família.

- O avô, sim, ela me contou.- Harry comenta lembrando desse detalhe.

- Precisamente. Eu próprio o conheci. O seu nome é, Ethan Black.

- Black? Como o Sirius Black?- perguntou Harry num tom de voz surpreendido.

- Sim. Mas não, ele e a Joana não são da mesma família. Já o Sirius e o Ethan eram parentes afastados.- disse Dumbledore rapidamente.

Harry sentiu um pequeno alívio mas ainda pensativo.

- Ethan Black foi selecionado para os Slytherin, foi um bom aluno, sim, foi um Devorador da Morte, mas de uns meses ao lado de Voldemort ele desistiu, fugiu e se refugiou no mundo Muggle, onde conheceu Susan Frost, uma mulher Muggle, que mais tarde ficou grávida de  Alison Frost, a mãe de Joana.

Harry continuou em silêncio. Não conseguia entender o porquê do Diretor lhe estar dizendo isso tudo. Essa conversa devia talvez ser com a própria Joana.

- Professor, não estou entendendo o porquê de me estar contando isto tudo.- ele confessa.

- Tem razão, estou só divagando. Vamos ao que interessa. Como toda a gente sabe, Joana é a Herdeira, tal como o Voldemort. Mas o que nem toda a gente sabe é que existe uma pequena ligação entre os dois herdeiros.

- Uma ligação? Como assim?

- Bem, digamos que quando a Joana está na presença de Lord Voldemort os seus olhos mudam de cor, passando de castanho claro a um verde brilhante. Mas não acontece apenas nessas ocasiões. Isso pode acontecer se ela se irritar demais,ficar nervosa ou perder o controle das suas emoções no geral.

Harry ouvia cada palavra com muita atenção. Ele sabia que ela já tinha ficado com os olhos verdes. Ela lhe contou que isso tinha acontecido no primeiro ano deles quando viram a cabeça de Voldemort em Quirrell.

- Eu penso que vocês dois são amigos próximos, estou certo?

- Sim.- concordou Harry

- Então eu quero te pedir um favor, Harry. Quero que esteja atento nela e tente sempre tentar fazer com que ela mantenha a calma. Pois, se ela alguma vez perder demais o seu próprio controle, pode perder o controle da sua magia e quem sabe o que poderá acontecer.- exclamou Dumbledore com uma expressão séria

- Não se preocupe, Professor, eu vou estar atento e fazer de tudo para fazer com que ela mantenha a calma.- disse Harry firmemente.

- Obrigado Harry, agora pode ir, acho que já lhe roubei muito tempo do almoço.- disse Dumbledore voltando a sorrir.

Harry sorriu de volta, se levantou da cadeira onde se sentara e começou a andar em direção à porta.

- E cuidado para não andar por aí depois do anoitecer.

Harry assentiu com a cabeça e saiu.

(...)

Enquanto isso no Salão, Joana já estava achando que Harry estava a demorar demasiado tempo.

- Ele está demorando, vou procurar ele.

- Está bem. Tenta encontrar ele rápido, não podemos nos atrasar para a próxima aula.- disse Hermione

Joana saiu do Salão e começou procurando Harry.
E então num corredor passou por uns alunos dos Ravenclaw que pareciam andar no quinto ano.
Assim que a viram se viraram para ela e a cercaram.

- Precisam de alguma coisa?- disse Joana com aborrecimento

- Cuidado com os modos, Frost, ou devo dizer Herdeira? Como é que prefere?- disse um deles com um pequeno sorriso maldoso.

- Então, quantas pessoas pensa atacar dessa vez?- perguntou outro.

- E se me deixarem em paz?- exclamou Joana elevando um pouco a voz.

- Uuuu, alguém está ficando brava.- provocou outro.

- Vai se refugiar na Câmara planejando a sua vingança é?- outro disse rindo

- Parem!- exclamou irritada

- Hey! Deixem ela em paz!

Todos se viraram em direção à voz.
Era Draco e começou a se aproximar deles.

- Não têm nada melhor para fazer?- ele pergunta cruzando os braços, mas com cuidado por seu machucado.

- Olhem só. Arrumou um Slytherin para te ajudar esse ano foi?- disse um deles olhando para Joana

- Oh sim, arranjou.- disse Draco sorrindo de lado.- E quem sabe esse ano ataquemos Sangues puros como vocês por exemplo.

Os Ravenclaw se juntaram de novo deixando de cercar Joana. Draco foi até ela.

- E se a deixaram em paz, para podermos pensar no primeiro ataque desse ano, hm?

Todos recuaram menos um que olhava para Draco e Joana com raiva.

- Vamos Lee, é melhor, não vale a pena.- disse um.

-"Lee?"- pensou Joana

O rapaz hesitou mas depois recuou também indo embora com os outros.

- Você está bem?- murmurou Draco

Joana não respondeu, apenas o abraçou  afundando a sua cabeça no ombro de Draco.

- Obrigada.- disse ela por fim e se afastou o olhando

- Quem é que aqueles idiotas pensam que são?

- Não sei, mas acho que me vou ter de acostumar a isso. Foram olhares e provocações destas a semana toda...

- Lamento muito. Mas, é assim tão mau?

- Sim... Todos olham para mim como se eu fosse uma anormal, perigosa que pode atacar a qualquer momento. A maior parte das pessoas me ignora, nem os da minha própria casa me falam. E eu não sei, talvez eles tenham razão e eu sou um perigo.- ela murmura suspirando

- Ei, ei, ei. Não diga isso. Você não teve culpa de nada. Eles é que não percebem isso, está bem? Você não é perigosa e todos vão perceber isso mais cedo ou mais tarde. Vai ver.

Joana sorriu levemente.

- E como está o seu braço?- perguntou mudando de assunto.

- Está melhor. Tenho de continuar usando essas ligaduras, mas posso tirar daqui a uns dias.

- Que bom. Agora tenho que ir.- ela diz sorrindo

- Está bem, eu também vou. Se precisar de mais alguma ajuda com mais algum Idiota é só me falar.- diz sorrindo

- Está bem, eu digo. Obrigada.

- Não me precisa de agradecer. O faço com todo o prazer.

Joana riu levemente e depois se afastou.

✩Joana Frost✩ [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora