Capítulo 1

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Hera;
        O alarme toca e Hera o desliga preguiçosamente enquanto geme lamentavelmente.
    Mais um dia de trabalho- pensa.
A mulher levanta arrastado-se de olhos seme-serrados e anda até o banheiro esbarrando em tudo a sua frente. Ela joga-se em baixo do chuveiro e por alguns minutos, permite que a água quente revigore seus músculos.
    Ao sair do banho, ela seca-se e se vesti com uma camiseta braca e um macacão azul escuro. Seu uniforme de trabalho. Não é nada sexy, mas a questão aqui não é ser sexy, é estar confortável para consertar os malditos carros.
    Hera escova os dentes e vai até a cosinha,abre a geladeira e pega tudo que encontra pela frente: queijo, presunto, mortadela. Depois, ela pega um pacote de pão que comprou no dia anterior.
    Ela aguarra uma chaleira e faz café. Ok. Você deve esta se perguntando: porque não usar a cafeteira? A resposta é  bem simples: Hera odeia café de cafeteira. É ralo e não tem o sabor tradicional que ela adora. Ela sempre adorou o sabor do bom e velho café brasileiro. Disso ela nunca abrirá mão.
     Com uma fome de lobo. Literalmente. Ela come três pães bem recheados com presunto, queijo e mortadela. Ela toma duas canecas de café e calça seus tênis.
    - Pronta para mais um dia de diversão.- sorri falando sarcasticamente.
    Na oficina, Hera cumprimenta Ana e   Betriace, as outras duas mecanicas da oficina.
    As três se conheceram quando Hera chegou no Canadá, as duas estavam de ferias no litoral quando encontraram a pobre Hera pertodo mar completamente suja e faminta. Elas já eram maiores de idade e tinha acabado de abrir a oficina e precisavam de uma ajudante, vendo a adolecente mendiga acharam perfeito contrata-la. No começo Hera ficou muito desconfiada, pois como já dizia um velho ditado: Quando a esmola é demais, até o santo desconfia...
    Mas no final acabou aceitando a oferta, afinal, estava em um beco sem saída. A garota aprendeu a consertar carros e motos muito rapidamente, o que a tornou digna de alguns bons aumentos de salário.                                     Ela pôde comprar sua casa e tudo que hoje à nela.
  - Bom dia chefes...- fala sem expressão.
  - Bom dia...- ambas Ana e Beatrice respondem também  sem expressão.
   Hera vai em direção a uma picape vermelha novinha e dá dois tapinhas em seu capô enquanto fala: - qual o problema desse aqui?
   Beatrice desvecilia-se do que estava fazendo e anda em direção à Hera enquanto limpa as mãos sujas de graxa em um pano.
   - Problemas com freio, e o acelerador está parando.
   - Vou dar uma olhada...- Hera abre o capô do carro e começa a trabalhar.
   Após um árduo dia de trabalho, Hera vai em direção a sua velha picape preta - que comprou por um preço baixissimo de seu antigo dono- A picape tem pelo menos uns dez anos e quando foi comprada pela moça sua pintura já estava bem desgastada, mas nada que uma boa pintura não resolva, Hera a repintou de preto o que a fez parecer novinha em folha. A jovem entra no carro e o liga, da marcha ré, ao chegar em sua casa, Hera joga-se em baixo do chuveiro, e seus musculos relaxão imediatamente ao toque da água quente.
    Após o banho, a moça pede uma pizza de Cheddar e frango por  delivery e se joga no sofá usando apenas uma camiseta preta com uma estampa escrito: sou roqueira sim, e daí?, escrito em letras grandes, e também esta usando um curto short também preto e um pouco folgado, então liga a tv em um canal de desenhos. Sim, Hera é uma baita nerd.
  Quando sua pizza chega, ela vai até a geladeira e pega um refrigerante. Tudo esta perfeitamente normal, sempre o mesmo cotidiano, certo?
   Errado.
   Então a campanhia toca, Hera levanta-se cautelosa- eu não estou esperando ninguém...digo... ninguém além do etregador de pizza e é abissolutamente impossivel que ele chegasse aqui tão rápido.
    -Hera, abra a porta- fala sua loba.
    -Não, não sei quem é. Não posso me arriscar...
    -Hera, abra a porta.- repete sua loba pacientemente.
    Hera anda até a porta cautelosamente, devagar, sem emitir um único ruido. Ela olha pelo olho mágico. Seus olhos se arregalam. De maneira impulsiva ela abre a porta, a pessoa a sua frente a olha nos olhos e fala em um sussurro:
    -me ajude...-então desmaia.
Hera estende os braços bem a tempo de segura a muralha de músculos do outro lado da porta. Em seus braços cai um homem muito lindo, nota-se que tem descendência indígena, sua pele é muito bem broseada, seus cabelos são longos e pretos, tem mais ou menos um metro e oitenta de altura, seus ombros são largos e seus braços fortes.
   Seu rosto é um pouco fino porém de traços fortes, e sua boca muito beijaveu . Hera vê que está muito machucado, à um ferimento na base da cintura, ver-se isso por sua camisa empapada de sangue.
    Hera olha o homem perplexa.
    - Loba, que porra é essa?...
                     
      
                                   ...
   

     

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