Elizaveta bateu foi pouco

10 2 0
                                    

NOTAS:
Eu tô rindo do título, mas eu acabei de escrever essa história Vamos lá: isso aqui é pura distorção de sentimentos, agressividade e possessão, não é amor, não é bonito. Não façam, viu? Se tudo isso te incomodar, não leia.
E não tive a intenção de romantizar.
Se trata da anexação da Áustria à Alemanha Nazista antes da Segunda Guerra em 1938, com uma lembrancinha da unificação alemã.
Anteriormente Prússia era Ordem Teutônica, narrei como Prússia para não ser repetitivo, certo? Partes em itálico são flashbacks, ok?
A história também está disponível na plataforma Spirit Fanfictions, no nome de Stalactite.
Cuidado e boa leitura.
Até~~

Acontecera antes de março de 1938.

Prússia adentrara abruptamente a casa que um dia pertencera à Sacro Império Romano, mas agora era apenas de Áustria.

Áustria soube antes mesmo de ser pronunciado em voz alta. Ele morreria. Mas antes sofreria o inferno.

E então vieram os dias de abuso, onde seu piano e seu corpo tiveram a memória do toque de Gilbert - anteriormente suave e desbravador, como falanges tímidas dedilhando um mapa - deturpados em algo imundo.

A partitura que embalou suas adolescências doces e curiosas se tornou suja, e entre o frenesi de notas cheias de ódio que o prussiano o obrigava a tocar e o som de seu corpo protestando ao ser violado, um mês passou.

Até que a manhã em que o acordo seria assinado chegou. 

Fora tratado bem na noite anterior, com calma e cuidados que lhe lembravam a infância, e pela manhã, jogado e adormecido no chão de mármore, parecia metade aristocrata e bela e fina do que um dia fora; parecia inteiro por mais que não o fosse há muito tempo.

Dedos extremamente pálidos envolveram seu pescoço com adoração, para então apertar como se Gilbert quisesse arrancar toda a vida do corpo macilento e adormecido abaixo de si. Os brilhantes óculos de armação de ouro estavam em algum lugar da sala do piano, quebrados, mas o mais notável ali eram as botas de cano alto ao redor do tronco de Áustria, enquanto Prússia apertava cada vez mais suas mãos, forçando seu corpo para baixo.

Roderich soltou um som esganiçado. Olhos violáceos se abriram repletos de enfado e desespero. 

A falta de ar, o medo e a adrenalina faziam seu coração taquicárdico.

Então Prússia afrouxou as mãos, pois não gostaria de ter seu prazer findado tão rapidamente.

Os rubis fixaram nos olhos lilás quando eles se abriram, e Gilbert sem motivo algum se afastou. Roderich tossia e se engasgava ao buscar ar tão desesperadamente, seu corpo inteiro ardia como em brasa. 

Prússia recolheu as mãos, se sentando sobre as costelas machucadas abaixo de si. Certo fôlego sumiu sob o peso, o som era semelhante a um riso soprado, então os olhos carmim atravessaram o tempo.

É claro que passar o tempo na casa do irmão era algo que Gilbert apreciava. E não importava que seu pequeno irmãozinho se tornava cada vez mais poderoso que si próprio, ele o adorava e enquanto estivesse na cama do quarto de visitas – que já era mais seu que qualquer outra coisa-, dormindo mesmo com a farra da mocinha encantadoramente italiana e de seu irmão, estaria tudo bem.

Mas Sacro Império queria seu irmão de pé; então, como havia aprendido com sua amada um método novo sobre acordar pessoas, resolveu testá-lo. Os passinhos se aceleraram, o salto teve sucesso assim como as suas conquistas de território, e Sacro Império pousou seu corpo pesadamente sobre o abdômen relaxado e indefeso de Gilbert.

O mais velho arfou e gritou, o menor riu. O maior saiu a correr atrás da pequena praga loira, Sacro Império também correu. 

O albino sentiu seus olhos desviarem sem sua permissão para o Austríaco ao piano assim que atravessou correndo a sala bonita e extremamente clara. Gilbert corou. 

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 08, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Quando ele me amou.Onde histórias criam vida. Descubra agora