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• Proclamação •

Era uma vez a muito tempo, - tipo uns vinte anos atrás - a bela se casou com a fera diante de seis mil de seus amigos mais íntimos, teve um bolo grande, é. Enfim, invés de uma lua de mel, a fera uniu todos os reinos e se elegeu rei dos Estados Unidos de Auradon.

Ele juntou todos os vilões e os malvados - bom, todas as pessoas interessantes - e os enviou para a Ilha Dos Perdidos, e fez uma barreira mágica para mantê-los lá.

Esse é o meu pedaço, sem magia, sem Wi-Fi, sem saida... Foi o que eu pensei. Pera aí, vão nos conhecer, mas primeiro, isso aconteceu.

- Cabeça! _ Virou o rosto do moreno, que antes olhava para a enorme janela.

- Não acredito que vai ser coroado rei logo no mês que vem, é só um bebê! _Exclamou o rei, adentrando o cômodo dourado junto de sua esposa.

- Ele vai fazer dezesseis anos. _ Disse a rainha.

- Olá, pai.

- Dezesseis? É muito novo pra ser rei. _ Olhou para a rainha e logo depois para o filho. _ Só tomei boas decisões depois dos quarenta e dois.

- Decidiu se casar comigo com vinte e oito. _ A rainha que antes mexia nas roupas jogadas na cama, olhou para o marido totalmente indignada.

- Foi só para me livrar de um Buli. _ Piscou para o filho, que riu com a fala de seu pai. _ Brincadeira.

- Mãe, pai, _ O garoto iria sair de onde estava, mas fora impedido pelo seu estilista particular que media o mesmo. _ Eu já escolhi minha primeira proclamação. _ Um sorriso havia se formado nos lábios de seus pais. _ Decidi que as crianças da Ilha Dos Perdidos devem ter a chance, de viver em Auradon.

Os pais do garoto ficaram pasmos, não conseguia acreditar nas palavras de seu filho.

- Toda vez que olho para eles, sinto que eles foram abandonados. _ Caminhou em direção de seus pais.

- Os filhos dos nosso inimigos, vivendo aqui?

- Começaremos com apenas alguns deles, os que mais precisarem. _ A rainha apenas balançou a cabeça, concordando. _ Eu já os escolhi.

- Já os escolheu? _ Se aproximou do garoto.

- Eu te dei uma segunda chance. _ Disse a rainha olhando para o marido. _ Quem são os pais?

- Cruela de Vil, Jafar, A Rainha Má e... _ Exitou por alguns instantes, engolindo em seco antes de continuar. _ A Malévola.

Assim que pronunciou o nome tão temido por todos, o estilista que antes o media, gritou apavorado, deixando seu bloco de notas cair.

- A Malévola? Ela é a pior vilã desta terra! _ Gritou o rei.

- Pai, ouça até o fim...

- Eu não quero saber! Eles são culpados por um monte de crimes. _ Disse o rei, ainda alterado.

- Mas os filhos são inocentes, não merecem a chance de uma vida normal? _ Encarou o rei. _ Pai...

O homem olhou para o filho, e logo depois pra esposa, hesitou um pouco antes de falar.

- Imagino que sejam inocentes. _ Disse e caminhou em direção a porta, mas parou olhando para a esposa.

- Ora, está bom. _ Sorriu getil para o filho, fazendo carinho e suas madeixas morenas, e depois caminhou até o rei que estendeu a mão. _ Vamos.

Então se retiraram do local, deixando seu filho sozinho e com mil devaneios em sua cabeça.

O mesmo caminhou até a enorme janela, e começou a observar a pequena ilha solitária.