Take my hand, take my whole life too

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É uma noite chuvosa. Dean realmente adora noites chuvosas, o barulho constante de chuva no chão, relâmpagos brilhando no céu, acompanhando o barulho do trovão de uma tempestade que ainda não atingiu o seu auge. É a primeira chuva depois de e um verão quente abaixando as temperaturas de uma forma que seja confortável acender a lareira.

No entanto, enquanto ele fica sentado, silenciosamente na varanda, com uma xícara de chá na mão, ele se sente quente por dentro. São quase quatro da manhã é ele não tem nem um pouco de sono então ele fica ali contemplando a chuva.

Ele acordou com uma trovoada que o tirou de um pesadelo com a guerra, esses pesadeos surgiam de vez em quando agora quase 4 anos depois da guerra, ele sempre acordava pensando que estava na floresta onde tinha se escondido ou ainda no porão da casa dos Malfoy, sempre ajudava sentir o calor sólido do corpo de Seamus pressionado contra ele, depois de anos compartilhando uma cama eles se acostumaram a dormir emaranhados.

O estrondo do trovão logo traz passos suaves e a porta se abre. Ele se vira encontrando Seamus com os cabelos loiros apontando para todas as direções e pijamas amarrotados.

— O que você está fazendo acordado? — Ele perguntou com os olhos meio fechados de sono.

— Acordei com o barulho dos trovões, você quer chá?

Seamus assentiu em quanto se aproximava se sentando ao lado dele tomando o copo das mãos, Seamus leva-o lentamente à boca, suspirando com o calor agradável que ele traz.

— Pensando em alguma coisa?

Seamus sabe que os dias chuvosos deixam Dean ainda mais pensativo, ele já pegou Dean olhando para a chuva, perdido em pensamentos, mais vezes do que ele possa contar.

— Em tudo, mas principalmente em nós. — Dean fala com um leve sorriso no rosto.

Seamus olhou para a chuva que caia nos canteiros de flores que Dean passou horas trabalhando.

— Essa chuva me lembra a primeira vez que você disse que me amava. — Ele diz em voz baixa, Dean agradece que a chuva não seja alta o suficiente para bloquear as palavras de Seamus. Dean lembrava vividamente daquele dia.

Eles estavam no centro de Londres caminhando de mãos dadas, era de madrugada e a rua estava deserta, Dean estava com sua varinha em punho protegendo os dois da chuva que caia. Ele estava ouvindo atentamente a história que Seamus estava contando

sobre o novo estoque de fogos de artifício que ele estava ajudando Ron a criar quando o pensamento o atingiu o fazendo parar de rebente no meio da rua, Seamus demorou meio segundo para notar que Dean havia parando e se virou para encara-lo.

— O que foi Dean?! ‐ Ele parecia genuinamente preocupado

— Eu... -Dean arregalou os olhos e se atrapalhou com as palavras ficando subitamente nervoso, Seamus notando se aproximou mais de Dean apertando a mão que ainda segurava.

O coração de Dean batia tão rápido que ele poderia jurar que Seamus poderia ouvir.

— Isso pode parecer repentino mas... — Dean soltou a mão de Seamus e segurou o rosto do loiro, o escudo que antes os protegia da chuva foi desfeito há muito tempo, a chuva começava a encharcar os dois rapazes — Eu te amo Shay, te amo muito.

Seamus ficou chocado a princípio, mas logo a cara de choque foi substituída por uma expressão leve, Seamus ficou na ponta dos pés e beijou Dean profundamente, foi um beijo diferente dessa fez, um mais carinhoso mais intenso, quando se separaram ofegantes Seamus encostou a cabeça no ombro de Dean.

— Eu também te amo Dean Thomas. Seamus sussurrou de volta e abraçou Dean.

Eles voltaram para o pequeno apartamento que eles dividiam na época e se aconchegar juntos o resto da noite.

— Lembro que ficamos espirrando no dia seguinte. — Dean passou os braços ao redor de Seamus o puxando para deitar em seu peito.

–Tivemos que pedir pra minha mãe aquela poção pra resfriado. — Seamus comentou rindo e se aconchegar mais ainda em Dean.

Eles ficaram sentados abraçados por um longo momento até a chuva forte se transformar em garoa.

–Sabe.- Dean começou a acariciar os cabelos de Seamus — Eu acho que já tá na hora.

Seamus levantou a cabeça do peito de Dean para o encarar.

— Na hora de que?

Dean encarou Seamus de volta com a mão em sua nuca agora.

– De você aceitar casar comigo! – Dean abriu um sorriso tímido

Seamus encarou Dean por um momento antes de se levantar sem dizer nada é voltar para dentro da casa deixando Dean completamente sem saber o que fazer, demorou 3 minutos para Seamus voltar com uma pequena caixa na mão e se sentar aonde estava antes.

–Eu estava planejando te pedir amanhã no seu aniversário. – Seamus abriu a caixa revelando uma aliança bonita de ouro.

- Você sabe que poderia ter convocado a caixa né? Ao em vez de me matar de ansiedade por um momento.

– Qual seria a graça disso?! – Seamus sorriu abertamente pegando a mão de Dean-Então você aceita casar comigo?

–Eu tenho certeza que perguntei primeiro!

– Mas eu tenho um anel. – Seamus respondeu divertido

– Quem disse que eu não tenho? ‐ Dean pegou a varinha no bolso da calça do pijama e fez um leve floreio, a porta da varanda se pariu de repente é uma caixa igual a de Seamus voou em direção ao casal, Dean a pegou no ar e abriu revelando um anel quase igual ao que Seamus tinha comprado para ele.

–Eu aceito se você aceitar também.- Seamus tirou o anel da caixa e colocou no dedo anelar de Dean fazendo o garoto rir levemente.

– Eu aceito casar com você Seamus Finnigan.- foi a vez de Dean tirar a aliança da caixa e colocar em Seamus.

Depois da trocar as alianças Dean beijou Seamus docemente é o abraçou, os dois ficam abraçados até que o estômago de Seamus roncar pedindo comida.

Some things are meant to beOnde histórias criam vida. Descubra agora