Banco do Carona | One Shot GICELA

Carro Preto

Veio aí gente, espero que vocês gostem da fic do carro preto hahaha

• Perdão por qualquer erro de gramática, me avisem qualquer coisa pra eu corrigir

Boa leitura pra vocês bbs

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P.O.V Gizelly

- Senhores passageiros estamos nos aproximando do aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, o horário e temperatura local é de 13:20 da tarde e 27 graus celsius, pedimos a todos que reclinem seus assentos. O uso dos aparelhos celulares irão ser permitidos quando a aeronave estiver em solo com os motores desligados e com as portas abertas. Tripulação, preparar para o pouso.

Senti uma leve falha nas minhas sequências cardíacas, eu estava finalmente em solo paulista. Não que eu não tivesse gostado dos dias na cidade maravilhosa, ou que já não estivesse com saudade da minha tão amada Vitória, nada disso. É que depois dela, São Paulo passou a ser visto por mim com outros olhos, a cidade do caos tinha vantagem sobre qualquer outra cidade do mundo, era aqui que metade de mim vivia.

Dentro do BBB planejamos viagens, idealizamos projetos, fizemos promessas e cogitamos até morar juntas, mas a verdade é a que a realidade fora de um reality show é outra, as pessoas tem as suas vidas, seus próprios projetos, famílias, trabalhos e cidades. E no meio disso tudo, quase como cereja do bolo, batemos de frente com uma pandemia ao chegarmos aqui fora.

E lá se foram 3 meses, 3 meses sem seu cheiro, seus abraços, seus carinhos, sem sua presença, sem ela. Eu descobri da pior forma que a saudade é só bonita na poesia, na vida real ela arde.

Mas essa era nossa chance, eu não deixaria passar, não sairia daqui sem antes ver ela. Quase uma loucura, sabíamos que se descobrissem as coisas se complicariam pra gente, tinha os fãs, a mídia e os militantes da internet prontos pra criticarem o nosso primeiro passo em falso. Faríamos no sigilo.

Sai do avião e adrentei no aeroporto, ansiosa, preocupada e cansada. Olhei pra todo canto procurando algum lugar pra relaxar, fiquei entre uma poltrona e uma mesa próximo a praça de alimentação, fui em direção a mesa, iria aproveitar para comer.

- GIZELYYYYYYYYY

- Sangue, fogo e labareda, o que é isso? - falei olhando pra dona do grito que chegou a me assustar

- Gizelly do céu, eu sou sua fã mulher, tenho um fan account no twitter

- Um fã o que? Eu não sei esses negócios de inglês não

A menina na minha frente riu como se eu tivesse contando a maior piada do mundo

- Uma conta no twitter pra você. Vim te ver no meu horário de almoço agora

- Quanto tempo você tem?

- Umas duas horas

- Então vem, senta aqui comigo pra gente bater um papo - falei me virando e voltando a caminhar pra mesa que antes já era o meu destino

Era estranho e engraçado ser reconhecida e ter fãs, não sei dizer se um dia eu irei me acostumar, mas por momento eu sigo assustada, positivamente, com tudo isso.

Peguei o celular, fiz uns tweets e chequei o meu Whatsapp, nenhuma mensagem dela. Torcia pra que ela não tivesse desistido no meio do caminho, que não tivesse caído em si que aquilo talvez não fosse tão boa ideia assim. Balancei a cabeça e joguei pra longe esses pensamentos, ela só tava na estrada e já já chegaria. Guardei o celular na bolsa novamente.