Antes da luta

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Venho vivendo com minha mãe e meu padrasto nos subúrbios de Detroit, EUA, antes disso eu morava no Brasil, na cidade de Arcoverde-Pernambuco, com meu pai biológico e minha mãe. Eu me adaptei aos poucos a essa cidade tumultuosa, não foi difícil, me impressiono a cada vez que neva, coisa que não acontecia em Arcoverde, tudo aqui é diferente, era de se esperar, nenhum lugar é igual, agora que me acostumei não quero mais ir embora, eu congelo meu espinhaço, mas não saio daqui de jeito nenhum!

Se inicia o sábado ensolarado e com um fraco chuvisco, estou coberta na minha cama observando o tempo pela janela, não faço ideia de que horas são, por ser sábado nem coloquei um despertador, será que já é meio dia?(penso comigo mesma), me sento na cama e me espreguiço, como todas as manhãs passo um tempo sentada olhando pro nada, leva um tempo até que eu acordei realmente.

A porta se abre fazendo um rangido e olho calmamente para quem está invadindo meu momento pensativa. Era minha mãe.

- Bom dia querida, dormiu bem?.
'Ela vai até meu guarda roupa e coloca umas roupas dobradas nele.'

- 'Balanço a cabeça respondendo que sim. Ela vai até a porta e antes de sair se vira para mim.'

- Dessa logo, Ben fez ovos mexidos como você gosta. 'Minha mãe me olha rindo'- E vê se penteia esse cabelo tá uma bagunça.

-' Faço sinais com as mãos dizendo que já ia descer.'

- Venha logo, antes que esfrie.- ' Diz e sai fechando a porta.'

Bocejo e me espreguiço ao mesmo tempo, me levanto, calço minhas rasteirinhas e vou até o banheiro que fica no corredor, entre o meu quarto e o quarto dos meus pais, lavo o rosto na pia e escovo os dentes, faço minhas necessidades e depois vou pra cozinha.

Minha mãe não estava lá, só o meu pai adotivo, que estava de costas para a mesa fazendo café.

-' Ele notou minha presença e se virou.'- Bom dia linda, dormiu bem?.- 'ele veio até mim e me abraçou, ele é muito carinhoso e eu não gosto muito de abraços, mas retribuo sonolenta.'

-' faço sinais para ele o respondendo, e dizendo que dormi bem, e perguntei por ele, me sentando na cadeira.'

- Que bom querida, dormi bem também.- ' ele volta a colocar a água no coador de café.'

- 'Começei a comer meus ovos mexidos, só estava faltando o café'.

-' Quase que instantâneo Ben responde meus pensamento.'- Calma que o café já sai.- 'ele coloca o café na chaleira e liga o fogo, Ben se vira para mim agora me observando, aproveitei para perguntar o que estava me incomodando.'

-' Perguntei onde estava a minha mãe, ele pensou um pouco e lembrou me respondendo em seguida'.

- Ela foi no mercado comprar aqueles biscoitos que ela é viciada, depois ela disse que iria na faculdade chegar sua matrícula. 'A chaleira ao lado dele começa a apitar fazendo um barulho irritante, ele logo desliga fazendo o barulho parar.'

Me levanto e vou até o armário pegar minha caneca preferida, ela é especial para mim, porque foi meu pai que me deu, meu pai Gonçalves da Silva me presenteou, disse que era justo eu ter um pedaço do céu junto comigo para todas as horas, eu o guardo com muito carinho desde então.

Sorrio e volto a me sentar, continuo comendo e Ben coloca o café na garrafa, vem até mim e despeja o café da chaleira quentinha na minha caneca, aceno com a cabeça agradecendo e pego a cabeça, assopro e dou uma pequena colada para saborear, o chei...

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Sorrio e volto a me sentar, continuo comendo e Ben coloca o café na garrafa, vem até mim e despeja o café da chaleira quentinha na minha caneca, aceno com a cabeça agradecendo e pego a cabeça, assopro e dou uma pequena colada para saborear, o cheiro estava em toda cozinha, não tem como eu não amar café.

- Ta bom?- 'Ben pergunta se sentando ao meu lado.'

- 'Respondo com sim com um aceno de cabeça, sorrio de canto para ele.'

- Que bom, eu sei que gosta bastante de café.- 'Ele retribui o sorriso mostrando seus dentes branquinhos e depois se ocupa com algo na pia.'

Me levanto e vou até a pia, deixo o prato e a caneca lá e volto pro meu quarto, vejo minha cama desarrumada e deixo ela assim mesmo, por preguiça. Vou até a janela do quarto e observo algumas crianças andando de bicicleta na rua, e uns adolescentes mexendo no celular na calçada das suas casas, o dia estava ensolarado, os pais devem ter mandado eles tomarem sol, sorrio comigo mesma e vou até minha cama. Sem saber o que fazer, me deito e olho pro teto do quarto.

Amanhã começam as aulas na faculdade, imagino como vai ser, será que terão jovens determinados ou desesperados. E me pergunto qual dos dois irei ser. Afastei esses pensamento e me levantei, fui até minha escrivaninha, me lembrei que ainda não fui levar minhas coisas para meu dormitório, e eu nem vi onde é meu dormitório, droga.

- 'Procuro Ben, ele não está na cozinha, vou na sala, ele também não está lá, vou até o quarto dele e da minha mãe, bato na porta.'

- Já vou.' Ben demora um pouco mas logo aparece na porta abotoando a camisa'.- Oi Bree, algum problema?.' ele me olha curioso'

-' Respondo que sim, e explico a ele.'

-' Ele me olha arregalado e leva a mão ao rosto'- Caramba! Já devíamos ter feito isso, eu vou com você, aproveitamos e trazermos sua mãe, vá se arrumar.' Ele volta para o quarto e eu vou pro meu me arrumar.'

Depois de me arrumar, Ben melhor ajudou a carregar as malas até o carro, me certifiquei de não ter esquecido nada e fui para o banco da frente, coloquei o cinto e esperei meu pai.

Ele entrou no carro, colocou o cinto e olhou para mim.

- Tudo certo para irmos?- 'ele se certifica.'

-' Respondo que sim com a cabeça.'

Chegamos na facul. depois de um tempo, e fomos a sala da direção. Meu pai perguntou pelo local do meu dormitório e o número do meu quarto, responderam e não era muito longe, os dormitórios eram próximos ao refeitório e meu quarto era o número 4, Ben bateu na porta e uma mulher asiática, não muito mais velha que eu e de cabelos curtos nos olhou.

- Você também vai ficar aqui?-' a mulher pergunta e meu pai responde por mim'

- Ela vai, com licença.- 'Ele abre a porta fazendo a mulher dar passos para trás e deixa uma mala no chão, depois sai em busca das outras bagagens.'

- Sem noção-'fala pensando alto'- Ele é seu namorado?- 'Arregalo os olhos com a pergunta e nego com a cabeça, depois vou até uma cama de beliche e vejo que meu nome está escrito em um adesivo no beliche de cima, deixo minha mochila nele e observo o quarto.'

- Legal não é, a vista desse quarto é muito bonita, visão privilegiada dos gatinhos que entram.-' A mulher diz com a maior naturalidade e da uma piscadela para mim.'

- 'Ignoro -não fui com a cara dela- e vou até a porta, e observo o corredor, vendo se o Ben já estava vindo.'

- Você é caladona, sabia que é falta de educação não responder aos outros.-' ela diz se sentando em sua cama, essa mulher não para de falar nem um segundo, já está dando agonia.'

-' Dou de ombros e me encosto na parede, torcendo para meu pai chegar logo'.

A mulher suspira desistindo de puxar conversa, e se deita em sua cama, meu pai finalmente chega e deixa as coisas no canto do quarto.

- Vamos?, sua mãe está esperando lá em baixo.-' Ele diz saindo, o sigo fechando a porta, não confio muito em deixar minhas coisas no quarto, mas não levei coisas de valor para meu alívio, quando cheguei perto do carro vi minha mãe encostada nos esperando.'

- Oi amor, oi querida. Nossa, que bom que lembrou de trazer as coisas, quase passamos batido.-' ela diz vindo até nós e dando um beijo na testa de cada um.'

- Verdade, ainda bem que Bree lembrou.-' Ben fala abrindo a porta do carro para mim'.

Chegando em casa, não sei porquê, mas eu me sentia exausta, então fui tomar um banho, bem demorado, e logo em seguida me deitei na cama e fiquei jogando no celular até dar vontade de comer.

Amanhã começa a luta.

┐( ̄ヮ ̄)┌

Do pincel ao uivo🐺Onde histórias criam vida. Descubra agora