Capítulo 3 - Sem rumo

523 24 1
                                    

Susana rompeu o vestido num arame da cerca, quando pulou para o outro lado e arranhou a perna, mas a vontade de ser livre eliminou a dor.

Ela só parou perto de uma estrada e tentou pedir boleia, porém ninguém parou, provavelmente, pela sua aparência.

O seu vestido estava todo esfarrapado e o seu cabelo desmanchado, sem ponta por onde pegar, contudo estava mais feliz do que alguma vez foi.

Decidiu seguir a estrada para ver onde chegava e então pensar no que ia fazer de seguida.

A estrada ainda era longa e Susana demorou horas a atravessá-la e chegou a querer desistir e voltar para casa, mas não queria continuar a viver como antes, sem a liberdade de escolha.

Ao anoitecer chegou a uma pequena cidade e decidiu ficar por lá não tinha dinheiro.

Ela deu uma volta pelas casas para pedir ajuda, mas fechavam-lhe a porta antes de ouvi-la e não teve remédio senão dormir na rua.

A Susana decidiu ir para um banco de jardim para dormir, contudo não conseguiu, não estava habituada aquilo.

Em casa dormia numa cama de pinho com lençois de seda e aquele banco nem podia se comparar.

Eram perto das cinco da manhã e ela continuava acordada no banco.

A cidade estava deserta, até que apareceu um homem alto de cabelos pretos que andava na sua direção.

De repente o homem mostrou-lhe uma navalha, enquanto olhava para Susana com um olhar morto e cruel.

- Dá-me tudo o que tiveres - ordenou num tom de ameaça.

- Por favor não me faças nada - implorou Susana a chorar.

- Já te disse para me dares o que tiveres - repetiu nervoso.

Era óbvio que era um ladrão inexperiente, mas não parava de apontar a navalha e a Susana tirou o colar que sempre trazia, que pertencia à sua mãe.

- Leve-o - entregou ela em choque.

O homem pegou e fugiu deixando Susana assustada e desorientada.

Levantou-se depois de um pouco, ainda um pouco em choque e começou a andar para outro lugar.

------------------------------------------------------------------------

Espero que gostem!

Se gostarem comentem para eu saber se devo continuar.

Por entre a chuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora