Cap.37

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Por.Jhonatan

Sai do bar e fui direto para o meu apartamento. Assim que cheguei, fui logo pegando uma garrafa de whisky que tinha na dispensa e bebi. Sentia minha garganta arder.
Tomei a garrafa toda de Whisky e parecia que álcool, não estava fazendo seu papel de me deixar embriagado. Preciso de outra garrafa. Vou até a dispensa e procuro por outra garrafa e escuto a porta da frente bater. Volto pra sala e encontro Luis com uma garrafa de Whisky na mão;

- O que veio fazer aqui?

- Conversar.

- Com uma garrafa de Whisky?

- Você sabe que nossas melhores conversas, são quando estamos bêbados.- cruzo os braços. - Vai pegar um copo ou vamos dividir a boca da garrafa? - fico encarando-o por um tempo e vou até a cozinha, pego dois copos de whisky e volto pra sala. Coloco os dois copos sobre a mesa de centro e Luis nos serve. Ele da um gole no whisky e fica me olhando;

- Vai falar o que veio fazer aqui ou vai ficar me olhando?

- Já disse que vim conversar.

- Conversar sobre o que? Sobre o que sente pela Eliza? Sobre como descobriu essa noite como esta apaixonado por ela?

 - Não, porque nada disso é verdade. Vim conversar, porque não podemos ficar assim.

- Ran.. - sorrio e bebo um gole do whisky. -  Você a defende como se sentisse algo por ela. A relação de vocês é estranha, não é de amigos.

- E se fôssemos  mais que amigos? Por que se importa tanto, já que você diz que não sente nada por ela?

- Você sabe tudo o que eu e Eliza vivemos, os sentimentos envolvidos. É como se você traísse a mim.

- Jhon, somos amigos, irmãos. Não quero brigar com você. -olho pra ele. - Eu me importo com Eliza sim, da mesma forma que me importo com você. Somos amigos assim como nós somos. Eliza é uma garota encantadora, linda, inteligente, gata, muito gata por sinal...- o encaro - Mas eu jamais teria algo com ela. Eu sei muito bem o que você sentiu e ainda sente por ela.

- Não venha com esse papo outra vez. Por favor. - me levanto caminho até a janela olhando para os prédios do lado de fora.

- Jhonatan, sou eu, Luis. Seu melhor amigo. - olho pra ele e solto o ar.- O que você ganha mentindo para si mesmo? 

- Ta, tá legal. Confesso que não sei o que estou sentindo.- admito - Cara, Eliza foi a primeira pessoa por quem me apaixonei e ela foi embora. A deixei ir embora. E foi difícil pra mim. Só que agora tem Alyssa. Sei que ela tem o jeito torto dela de ser, mas eu a conheço de uma forma que vocês não a conhecem e não to falando no sentido sexual, mas também não sinto que tenho sentimentos que sejam o suficiente para uma relação. 

- Você gosta dela, como gosta da Lucy, talvez. Um sentimento de amigo ou está tentando provar algo pra você mesmo. Provar que ainda sente algo por ela.

- É. Pode ser. - fico olhando pela janela. - Ver Eliza outra vez, mexeu comigo. Nossa, como mexeu. - olho pra ele que esta com um sorriso no rosto. - Para. Pode ir parando por ai.

- Continua.- ele rir.

- Você soube que dormimos juntos? No sofá na noite em que ela apareceu de moletom no bar?- Luis para o copo em sua boca e fica me olhando.

- Vocês..

- Não, claro que não. Eu não estava bem e ela percebeu. Me chamou pra tomar um café e conversar. Eu entrei, ela foi pro banho e eu fiz o café. Conversamos sobre tantas coisas. Boa e ruim, triste e feliz e quando vimos, estávamos dormindo no sofá.- sorrio. - Por um momento ela esqueceu que eu fui um babaca com ela, que a gente não era mais tão próximos. Eu esqueci do que eu fiz. Por uma noite a gente voltou no passado e foi muito bom. Ali eu senti algo que eu não sentia a dois anos.

- Ver você falar assim nem parece que você disse a ela que ela voltou pra acabar com seu relacionamento. - fecho os olhos. - Você sabe o quanto isso ta machucando ela, não sabe?

- Eu sei que ela jamais faria algo do tipo. Eu falei aquilo porque eu fiquei com raiva na hora. Era o que ela queria. Era o que eu queria. Talvez eu quisesse mais que qualquer coisa, só que ela me parou e agiu como se nada daquilo tinha algum significado para nós. - Luis enche meu copo. - E acabei agindo como um idiota.

- Por que não conversam e tentam ser amigos? Sei que ela vai aceitar.

- Não da pra ser amigo dela Luis. Se ficarmos perto um do outro, coisas irão acontecer e alguém sairá machucado. Temos que continuar do jeito que esta. Ela me odiando e eu..

- Fingindo que ela é uma vagabunda destruidora de lares.

- Quase isso. - tomo um gole da dose. - Logo ela volta para Nova York e tudo volta a ser como era.

- Você que sabe, mas não deixe de fazer coisas que futuramente se arrependa por não ter feito. - ele toma um gole da sua bebida. Sinto meu celular vibrar no bolso. Pego e vejo o numero do hospital. Meu coração erra as batidas.- Jhon? Esta tudo bem cara?

- Só um minuto. - peço colocando o telefone na orelha - Alô...

Por Elizabeth

Me acordo com o telefone de Lucy tocando. Olho para o relógio na cabeceira da cama e eram cinco da manhã;

- Lucy. - a cutuco. - Lucy o telefone - Lucy!!- ela resmunga.

- O que foi?

- O seu telefone ta tocando, na cozinha.

- Atende pra mim.

- Atende você. - ela resmunga e levanta indo até a cozinha. Depois de alguns minutos ela volta para o quarto e começa a procurar uma roupa no armário. - O que houve? Quem era?

- Era Luis. - ela veste uma calça jeans.

- Aconteceu alguma coisa? - me sento na cama.

- O avô do Jhon, ele...-engulo seco.

- Não.- levo a mão na boca.

- Sim Eliza, ele faleceu. - me levanto da cama

- Onde você vai?

- Vou ir até o hospital. O pessoal está indo lá pra dar uma força. Parece que Jhon está bem abatido. Você vem? - cruzo os braços e olho para o chão.

- Não. Eu ficarei por aqui.

- Eliza eu sei que ...

- Eu vou ficar. E de qualquer jeito, ele não vai me querer lá. Só me de noticias, por favor.

- Pode deixar. - ela pega as chaves do carro e sai. Volto para a cama e fico encarando o teto.

Jhon deve estar devastado. Eu espero que ele fique bem. 

~Irresistible Vol.2 -  De volta ao LarOnde histórias criam vida. Descubra agora