Você tem certeza?

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Espero que vocês gostem desse capítulo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo. Essa história se tornou para mim algo muito importante - e coloquei todo o meu coração na escrita. Coloquem a música indicada quando o momento chegar, pois isso fará toda a diferença na experiência da leitura. 

Enjoy it. <3

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Narrador P.O.V – Orion Tech Games, segunda-feira, 14h.

A grande sala de Rafaella era ladeada por enormes vidros panorâmicos, que mostravam o horizonte preenchido por arranha-céus e prédios colados uns aos outros, na zona sul de São Paulo. A diretora de T.I sentava-se em frente a sua mesa de vidro. Estava concentrada, analisando a versão final do mais novo projeto de Game imersivo com realidade aumentada, que seria lançado em breve ao mercado.

Foi desperta de seu trabalho quando ouviu batidas na porta. Suspirou, já irritada logo pela tarde. Gostaria de estar abraçada com Bianca, ainda dormindo. Mas a diretora já imaginava quem iria entrar pela porta. E ela precisaria resolver essa questão o mais rápido possível.

— Entre — proferiu, lacônica.

Diogo adentrou à sala com passos receosos. Ele fitava o chão e andava em sua direção sem sequer dizer uma palavra. Rafaella nunca o vira tão caótico. O seu cabelo estava bagunçado, o terno mal passado e havia olheiras profundas sob os seus olhos.

Ele levantou os olhos e a encarou. Rafaella pôde sentir arrepios percorrerem a sua espinha – não por medo, mas por repulsa.

— Sente-se — ela disse, áspera.

— Rafaella... — sua voz saiu em um fio. — Gostaria que a questão com a minha namora- — pigarreou — com Bianca não interfira no meu trabalho. Como sabe, estou nessa empresa faz 4 anos e dou o máximo de mim nos projetos. Eu realmente..

— Diogo — Rafaella o cortou e o encarou nos olhos. Uma flama viva fazia-se presente nos seus orbes verdes. — Não precisa me falar sobre sua trajetória profissional. Sou diretora desse setor e eu conheço cada colaborador como a palma da minha mão.

— Eu tenho duas possibilidades para você — a loira continuou, se levantando. Contornou a mesa e o encarou em pé. — Está pronto para ouvi-las?

— Sim, Rafaella... eu... obrigado — a voz de Diogo saiu vacilante.

Rafaella percebera que o costumeiro tom de superioridade que Diogo tinha - em cada andar, postura e fala - não estava mais presente ali, naquele homem pífio sentado em frente a ela.

— Primeira opção: você permanece aqui, na empresa, e Miguel será o seu novo chefe. Você será o seu subordinado direto, portanto, responderá primeiro à ele e depois à mim.

Diogo fez sinal para proferir algo, mas ela o silenciou com o dedo.

— Segunda possibilidade: transferimos você para uma filial que está iniciando lá em Goiânia. Claro, você não terá o cargo de chefia, mas permanecerá como analista.

— O que? — ele levantou e sua voz se tornou mais firme. Deu um passo à frente e Rafaella pôde ver a fúria se formando dentro daqueles olhos escuros. 

— Miguel ser o meu chefe? Ele é um assistente há 1 ano! Não tem experiência para ser sênior.

Diogo andou em círculos e passou a mão sobre o cabelo. A loira notou que cada partícula do corpo à sua frente tremia de ódio.

A chefe do meu namorado | MINI-FIC RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora