O Senhor Nelson estava caminhando no parque perto do seu restaurante preferido. Eram oito horas da manhã. Pouco antes de sair de casa, resolvera pular o café no restaurante e caminhar um pouco para pensar melhor sobre o caso. Na noite anterior havia lido os relatórios dos outros detetives e o começo da história que o senhor Johan estava escrevendo.
O clima estava fresco, porém o vento forte dava a impressão de que estava tão frio quanto no inverno.
O Senhor Nelson parou em frente a um banco e sentou-se nele.
A sensação de estar sendo observado continuava a lhe ferir as costas como adagas.
Havia um jornal no banco, e o Senhor Nelson o pegou e começou a ler. Não havia muita coisa de seu interesse. Apenas o de sempre: guerra ideológica, o fim do mundo cada vez mais próximo e por fim, a resolução de seu último caso. Seu nome não fora dado, como pedia que fosse, já que prezava pela vida de seus familiares, como sua esposa e duas filhas, que, apesar de morarem em outra cidade, lhe faziam temer que fossem vítimas de seu trabalho contra sociopatas, psicopatas e meliantes em geral.
Seu coração batia cada vez mais rápido devido aos acontecimentos recentes pelos quais havia passado.
- CHEGA!!
O Senhor Nelson então correu até o bebedouro próximo e jogou a água gelada no rosto. As palavras do livro ressoavam em seus ouvidos continuamente. Desde o momento em que acordara daquele sonho bizarro. O parque estava vazio e seu grito foi abafado pelas árvores à sua volta. Sua caminhada não o estava ajudando, no fim era melhor que apenas fosse até a Delegacia para tirar sua mente desse livro e conversar com os policiais sobre o que acontecera nas redondezas enquanto o seu horário de trabalho não começava. E foi o que fez.
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Luzes no Escuro
Misteri / ThrillerO que pode ter de errado com mais um assassinato? Foi apenas um escritor desconhecido. O que? Não. Não tem nada de errado com seus livros, eram todos de terror psicológico. Hum? A causa da morte? Bem... Aparentemente... Ele morreu de medo enquanto e...