7. Hockey and Bar Fights part. 2

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Ainda encarando as mensagens que mandei para jack resmungo, ótimo Cora, sem resposta, provavelmente fiz papel de idiota com tantas mensagens. Sou o que? Uma senhora de sessenta anos que pergunta que tipo de expressão os jovens ainda usam? Deus fiquei parecendo meu pai! Antes que pudesse apagar as mensagens Amália cutucou meu ombro e apontou pro túnel de onde saiam os jogadores dos Mavericks, Jack foi o primeiro a pisar no rinque patinando rapidamente pra uma das linhas e olhando em volta, estava sem o capacete e com uma expressão séria, mas assim que me viu sorriu e acenou. Senti meu rosto esquentar e mesmo do lado de Amália podia ouvir Kiara dando gritinhos animados comemorando por Jack ter sorrido pra ela.

-A camisa definitivamente valeu a pena!

Sammy, Johnson, Nate e todos os outros jogadores entraram no rinque logo em seguida, o estádio estava tão lotado que não só as arquibancadas, mas os corredores também estavam lotados de pessoas ansiosas pelo jogo. Aparentemente os Omaha Mavericks e o Minessota Wilds tinham um longo histórico de rivalidade e Charlize nos contou que às vezes até costumavam brigar em festas, aparentemente Jack e o capitão dos Wilds tinham problemas além do rinque, mas ninguém sabia ao certo o que era. Provavelmente inveja. Jack se tornou capitão cedo e se ganhassem esse ano seria o terceiro ano seguido, poderia ter a vaga em qualquer faculdade que quisesse só com algumas ligações. O jogo começou e todas as pessoas ao redor gritavam extasiadas pelo jogo, até mesmo Amália que eu tinha certeza que não entendia absolutamente nada de Hockey gritava insultos para o time rival e elogios a os jogadores que conseguia se lembrar do nome.

-Não gosto de Hockey, mas preciso ser realista. - falou no meu ouvido em um momento e me esforcei pra conseguir entender algo em meio a todos os gritos. - sempre vou aceitar qualquer oportunidade de xingar alguém.

Neguei com a cabeça e gritamos quando Johnson marcou um ponto, batíamos palmas animadas e gritávamos juntas, Ocean ria sempre que Amália gritava algum xingamento muito elaborado e torcíamos juntas. Sammy e Nate jogavam na defesa e juntos formavam uma dupla imbatível, mas ainda assim com todo o esforço, os gritos do treinador Creene e os gritos ensurdecedores de Charlize combinado com seus palavrões que fariam até um marinheiro corar envergonhado, os Wilds conseguiram empatar o jogo no fim do segundo tempo. Mesmo que os Mavericks fossem extremamente bons e com toda a torcida animada das pessoas ao nosso redor, ainda assim percebia como os jogadores estavam tensos, precisavam desempatar o placar de qualquer jeito pra conseguir uma vaga na grade e eu começava a me perguntar como Oce entendia tanto assim de Hockey mesmo nunca tendo frequentado jogos antes.

Quando o segundo tempo começou, Sammy e Nate pareciam ainda mais implacáveis e derrubavam violentamente qualquer jogador que tentasse passar por eles, Gilinsky e Johnson se moviam com precisão e tão rápidos que pareciam um mero borrão em meio ao gelo, desviavam de cada jogador que se aproximasse e passavam o disco com precisão entre o rinque até que faltasse apenas quinze segundos e o estádio ficasse em completo silencio. Era como se todos tivessem prendendo a respiração ao mesmo tempo, o clima de ansiedade se espalhava por todo o estádio e eu podia jurar que Amália, Charlie e o cara que estava do meu lado estavam prestes a enfartar.

Com um único movimento Gilinsky marcou o ponto final faltando apenas sete segundos e o estádio inteiro foi à loucura, Charlize e Amália me abraçavam emocionadas e eu não entendia ao certo toda a comoção já que sequer éramos fãs de Hockey, mas como odiava ser uma estraga prazeres as abracei de volta e comemorei junto.

-Meu deus isso é impossível, os Mavericks com certeza estavam com sorte hoje! - o cara do meu lado falou pra ninguém em especial e assenti mesmo sem entender muita coisa.

No rinque podia ver que Jack havia tirado o capacete e sorria abraçando os amigos feliz com a vitória, acontece que mesmo não sendo uma grande admiradora do Hockey qualquer um podia perceber como eram bons e disciplinados, realmente tinham paixão pelo que faziam e com a vitória isso só havia ficado mais nítido. Todos se cumprimentavam e se abraçavam enquanto saiam do rinque em direção aos vestiários e antes de ir em direção à saída do rinque pude ver o olhar de Gilinsky passando por toda a arquibancada até parar em mim.

Cora ✧ Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora