Durante um mês, eu quero ver você perder o controle.

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Algo sobre mim deixou você viciado em meu corpo.

- Park Jimin -

Taehyung estava me encarando, de seus olhos só faltavam sair faíscas. Talvez fosse a tensão e o tesão pelo qual ele está passando. Eu me mantenho ereto, minhas mãos sob o peitoral de Taehyung, impediam que ele fosse avante com algo mais.

Isso tudo parecia um jogo de gato e rato para Taehyung. Onde ele se auto denominava o gato, e contava vitória enquanto proclamava em alto e bom som que ganhou o jogo, e eu cedi aos seus toques.

— Escuta aqui. Eu posso muito bem sentir meu corpo reagir aos seus toques, mas isso não significa que eu vá deixar meu orgulho e heterossexualidade de lado... — Taehyung interrompe meu discurso, empurrando-me contra a parede. Eu suspiro baixo, gostando da atitude do mais velho.

— Escute aqui, eu vejo o modo como você fica incomodado quando estou por perto. É tão difícil assim aceitar que sente atração por mim? Todos conseguem perceber, inclusive você. Eu não vou fazer nada sem sua permissão, Jimin. — perto o suficiente, Taehyung roça seu nariz em meu queixo. Mantenho-me ereto, a mercê de seus atos. — Ah, seu cheiro. Tão bom.

Outra vez, ao ponto inicial, Taehyung direciona seus lábios até meu pescoço. Engulo em seco, mas deixo que ele continue. Pretendo reverter esta situação, mesmo que isso acarrete em Taehyung me tocando de maneira intima. Ainda em silêncio, movo minhas mãos para seus ombros, e os aperto com força, em resposta, Taehyung enterra sua cabeça no vão de meu pescoço.

— Por que a insistência em mim? — pergunto, e provavelmente sei que vou me arrepender de tal ato.

Taehyung ri soprado em meu pescoço, mordo meus lábios, em um pensamento de disfarçar o efeito que me causou. Fora um simples e mero arrepio, mas se ele souber prevejo-o cantar vitória antes do tempo.

— Ah, Jimin. Já se olhou no espelho, uh? Não me diga que és incapaz de ver o que me causa. — agora ele está face a face comigo, e não sou forte o suficiente para desviar nossos olhares.

— Eu... — junto minhas forças e empurro Taehyung, o mesmo cambaleia para trás, poucos passos nos separam. — Só não entendo essa sua cisma comigo, aposto que há inúmeros garotos por aqui que são virgens e gays. Mas não, você criou essa obsessão por mim!

Não disfarço minha curiosidade e ansiedade em saber o porquê de Taehyung não largar de meu pé. Deve haver maior razão do que um simples desejo carnal. Até porque, desejos carnais podem ser facilmente saciados com qualquer pessoa. Por exemplo, você sente tesão por uma pessoa e quer a todas as custas transar com ela, mas não pode. Procure outra pessoa e transfira esse desejo que você tem para ela. Simples.

Mas isso parecia estar longe do que Taehyung realmente queria, obviamente que o maior desejo dele é que eu ceda aos seus toques e acabe de uma vez em sua cama. Como se eu fosse gay e estivesse a fim de transar com ele. Eu posso estar ficando paranoico, ou convivendo demais com Jungkook, mas tenho para mim que não foi atoa que Taehyung teve essa ideia do jogo "você se esconde, eu te encontro e te fodo".

O que ele tem na cabeça?

Eu fico cada dia mais confuso, parte de mim quer que eu continue o evitando, firme e forte ao que eu acredito. Mas a outra parte, essa que venho descobrindo aos poucos, ela quer que eu deixe tudo o que me atormenta para trás e foque apenas no momento. Cada vez que Taehyung tenta uma aproximação, isso desde que cheguei para o curso algo em mim grita para que eu mantenha distância do sexólogo. Ele só está aqui para me ensinar, e eu não pretendia que esses ensinamentos fossem tão íntimos ao ponto dele tocar em meu corpo.

Sexologist | VminOnde histórias criam vida. Descubra agora