Um Retorno Triunfal

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A mulher de meia idade preparava-se para mais uma noite em seu ritual sagrado depois que saia de sua própria revista; havia se tornado uma referência em moda e entretenimento, a Solarsido com seguiu a confiança e credibilidade de conglomerados fortes dentro da Coréia, além de ser a fundadora era também um dos rostos mais visto por todas as ruas, outdoors, outbus e livrarias. Sorriu quando o pensamento passou por sua trajetória que iniciava-se como uma universitária que migrou de turismo para publicidade, cantava em bares a noite para tentar comprar um bom computador e fazer algumas campanhas fantasmas, que no fim, acabou virando um bom negócio. Movimentou a cabeça em um leve balançar que em consequência gravitacional, fez com que seus fios platinados caíssem sob seus ombros que estavam relaxados pelos aquecedores que englobavam sua pele.

Deslizou o batom vermelho pela linha de seus lábios afim de deixá-los em destaque em sua maquiagem que se demorou, mas estava acostumada a ter seu momento de glória feminina por horas e não tinha intenções de modificar esse pequeno hábito. Formou um bico em frente ao espelho de parede e observou seu corpo no vestido negro de seda que quase não lhe cobria, suas costas cavadas e devidamente macias por causa do hidratante que o revestia, tinha uma pequena jóia que descia em seu meio, alguns poucos brilhantes que a fizeram suspirar de tesão em si mesma.

Tornou-se satisfeita.

Calçou os saltos vermelhos e gemeu por ter se afastado tanto deles, tinha agora uma certa dificuldade de usá-los por ter perdido o costume, a pouco tempo fazia questão de usar os tênis da empresa que a pagou muito bem agora tal; pegou a bolsa jogada na cama e já sabendo de cor o que havia em seu conteúdo, deixou o cômodo determinada a dirigir seu mais novo Audi. A capital estava esfriando mais do que o normal, teve certeza de que estava entrando na madrugada, o horário perfeito, afinal odiava se atrasar para seus compromissos costumeiros. Avançou com as mãos distraídas no volante tentando não pensar muito em dia diversão particular, apenas o fazia para relaxar de todos os problemas da sede da revista, era atarefada até o último veio de cabelo e embora enfrentasse tudo sorrindo e com muita organização, se não encontrasse algum hobby podia explodir e jogar os quadros em seu escritório na cabeça de qualquer um dos redatores. Não queria faze-lo. Então aceitaria qualquer karma que viesse em seu encontro por fazer aquilo que vinha tornando-se frequente.

A lente verde de seus olhos foi tomada por luzes neon que piscavam em cores vibrantes como se tudo ali fosse uma grande festa, talvez natal sem todo o sentido religioso, até porque, o que iria fazer ali pouco tinha a ver com alguma divindade ou crença. Fetish era uma boate muito requisitada, estava em sua maioria cheia de celebridades e era conhecida por seu sigilo digno de Las Vegas, mas em dias de semana como hoje era apenas mais uma na noite jovial e fria de Seoul; era um prédio de aparência moderna, coberto de luzes em suas laterais juntamente com um letreiro, se Yongsun bem se lembrava tinha cinco andares. Retirou-se do carro entregando o chuveiro ao manobrista e seguiu o caminho que lembrava muito bem.

Era contraditório estar num lugar como aquele, odiava aglomerações de qualquer tipo e sua pequena mania de timidez com desconhecidos ia em choque com seu próprio trabalho; por tal motivo, focou seus reflexos em atravessar todas as pessoas que queimavam em movimentos desconexos pelas pistas de dança, sentiu algumas gotas mínimas de água se formando em seu rosto apenas por ser puxada para trás a cada dois passos que dava. Reafirmou que odiava boates e aglomerações. Tomou o elevador de vidro até o último andar com a língua e três os dentes, surgiu um sorriso ao mesmo tempo que seu ventre se repuxava de um lado a outro, girava em todas as direções mandando mensagens aos seus poros dizendo que todo o sistema da mulher estava entrando em uma curva de adrenalina que só ela sabia como lidar. Ganhou um corredor largo e climatizado com funcionários muito bem vestidos, mal prestou atenção nos mesmos, apenas parou na porta de número trinta e três esperando que o homem ali a atendesse.

— Kim Yongsun, tenho vaga agendada nesse quarto. — Disse calmamente deixando seus lábios esticarem minimamente para o rapaz que confirmou com a cabeça lhe entregando um cartão metálico, era a chave do quarto. Logo após recebê-lo, aguardou que sua assinatura digital aparecesse na tela para só então poder ser liberada. Tinha que se lembrar que pedir para sua secretária e melhor amiga Wheein comprar este quarto. Diminuiria sua espera.

— Boa estadia, senhorita.

Encostou o cartão na luz antes vermelha e ao ouvir o click empurrou-a para o sentido contrário de seu corpo, não se preocupou em fecha-la, a mesma era automatizada, o faria sozinha. O quarto não era grande, mas continua tudo o que mais amava: bons shots de vodka, champagne e uma poltrona extremamente confortável, era quase um divã de tão larga, diga-se de passagem. O vidro a sua frente estava nítido o suficiente para que pudesse ter a visão do quarto minúsculo abaixo de si, deveria ser invisível e realmente devia ser, amava a sensação de perigo embora tudo ali fosse seguro. Sentou-se cruzando suas pernas depois de servir para si uma taça cheia de algum espumante para que a noite pudesse ser iniciada; ao seu modo.

O cubículo do qual tinha total visão era simples, havia somente uma cama king size sem detalhe algum e nem cabeceira, havia um espelho redondo ao lado da mesma e acima leds que oscilavam a cor de segundos em segundos, exatamente a cada vinte deles. Yongsun nunca se acostumou com a má decoração daquele lugar, que bem, pela quantidade de clientes em seus diversos segmentos deveria oferecer algo melhor, pensou vendo que a porta se abriu e automaticamente as luzes foram apagadas. As únicas eram as multicores que rodeavam o primeiro da cama; nunca se importou com os termos que aquele andar impunha aos casais da boate que queriam um "algo a mais" com alguém e muito menos a ela que adorava observa-los.

Fetish era uma boate disfarçada de clube de exibicionismo.

A Kim que tudo aquilo poderia parecer nojento, mas ao saber de todos os procedimentos tomados e ainda ter consciência de que entrava no quarto andar sabia que era assistido, tudo se tornava um grande jogo ao menos em sua cabeça funcionava assim. Umedeceu os lábios a procura dos corpos e logo os achou, vieram ao centro da cama aonde os holofotes eram voltados para as duas. Uma delas era alta, morena com longos fios um tanto ondulados, vestia um arco-íris no corpo, era um vestido barato, mas que caia muito bem em seu corpo magro. Seu rosto era o mais visível por estar embaixo de uma única luz branca que vinha de um painel com o número do serviço de quarto, outra era um mistério. Ligou os altifalantes de onde estava e manteve seu olhar fixo.

— Bae... — A primeira sussurrou puxando sua companheira de quarto para cima de só assim que ajoelhou-se no colchão já descalça. A silhueta da outra era de tamanho equivalente, parecia estar usando ham camisa de botões que por sinal, estava sendo aberta com presa. Seu corpo parecia ter modernamente musculoso, tinha braços já bem moldados e as mãos com alguns anéis que brilhava de acordo com a troca de luzes do ambiente iam ao encontro certeiro da cintura fina que agora, foi deitada com certa delicadeza e também presa. A camisa foi retirada e o sutiã preto revelou uma pele branca, quase leitosa que sóbria parcialmente a mulher abaixo de si. Yongsun não conhecia aquele corpo. Talvez não fossem frequentadoras assíduas da boate. — Hm... Temos pouco tempo você sabe, não é?

Uma risada maliciosa se manteve presente por alguns segundos e a mesma fez com que os poros da mais velha atenta aos movimentos abriram-se no mesmo instante, dando um bafo quente causa pelo arrepio que acabou sentindo quando aquela melodia harmônica bateu em seu sistema auditivo. Deixou com que a taça fosse largada no chão. As mãos brancas daquela mulher tinha  um ritmo compassado enquanto deslizavam no vestido e o driblavam na coxa grossa da primeira, subiu adentrando-a por debaixo do tecido e assim a despia com facilidade por seus braços estarem levantados, tocando os travesseiros.

— É tempo suficiente pra que eu te foda, não acha? — A voz rouca fez com que os pequenos lábios dentro da calcinha da antiga universitária Solar se abrissem, mordeu o próprio lábio quando a voz rouca pôde ser apreciada com clareza e sem ruídos, amais, os únicos era os suspiros grotescos da tal outra. Queria vê-la, mas a única coisa que tinha ficado em sua memória era que seus fios era longos, mas o reflexo das leds mudando com força, a fazia ter dificuldade para ver a coloração, tinha passado a ter diversas cores. Malditas luzes. Levou seus dedos finos até as alças do vestido e deslizou para baixo, deixando seus seios a mostra, se aproximou do vidro ficando na ponta da poltrona. — Você quer que eu te foda, Joy?

— Se você se apressar, sim.

— Sim.

Disseram juntas mesmo que uma não soubesse e não ouvisse; abriu as pernas para acomodar o corpo acima de si que abaixava a calça de alfaiataria com habilidade junto de suas roupas íntimas, apertou o seio direito da tal Joy e Yong fez o mesmo ao levar uma de suas mãos até seus os seios, pela liberdade de estar sem roupa, gemeu os massageando, assim como o corpo em sua visão era disposto. Os suspiros de Joy misturados a visão da mulher de voz rouca misteriosa fechando os meninos em um de seus seios, a fizeram gemer alto apertando ainda mais sua pele entre os dedos; era um caminho sem volta.

Sentiu suas costas a impulsionarem para frente quando viu Joy se contorcer por tamanho prazer que vinha sentindo por ser levada na boca daquela acima de si, era nítido que seu corpo tremia levemente; a própria retirou sua calcinha simples com as mãos até onde pôde, logo apois foi posta de joelhos frente a frente dom o rosto que para a empresária era apenas uma sombra. Alguns pontos do corpo tinham sido iluminadas e aqueles preciosos segundos dilatavam as pupilas de orbes verdes, focou-se nas mãos brancas que ainda podia ver, estavam concentradas em deixar seu corpo livre e assim que mostrou seu triângulo não tardou a colar seu corpo ao da mulher a sua frente.

— Vamos... Deixe-me ver o que sabe fazer, garota mistério. — Yong sussurrou deslizando suas mãos já quentes até seu quadril, uma delas parou ali, a outra avançou até dentro de sua calcinha perfeitamente rendada em vermelho.

— Você é tão fodidamente gostosa... — Havia falado baixo, mas não ao pontos e ser um sussurro, o ego de Yongsun, por exemplo tinha ouvido muito bem. Deitou-se na poltrona esperando que seus outros estímulos pudessem faze-la ir até algum lugar aonde não houvesse estresse algum. Apenas prazer. Querendo ou não, era isso que ela voz estava fazendo. Os dedos calmos e longos na cama sumiram dentre a carne bronzeada, apenas escorregaram, dando ao entender de que a mais alta estava realmente disposta a gozar, assim como a mulher por trás do espelho. — Grr, você não brincou quando disse que estava com pressa.

Yong afirmou com a cabeça lutando contra a vontade de fechar seus olhos, mas queria ver os até onde iriam. Separou seus dedos e sua intimidade deixando acessível sua entrada que em pouco tempo, estava inundada. Havia ficado algum tempo sem ter sexo com alguém e até mesmo com seus brinquedos em casa por toda a carga da revista, mas não achava que quando voltasse a ter seus "compromissos" naquele prédio, se sentiria tão envergonhada assim de seu corpo. Mas logo parou de se culpar. Estava diante de um dilema que não tinha nome até o momento. Apenas tinha as costas contraídas que se alongavam até o cox que alojava duas pequenas covinhas, braços robustos que ao primeiro olhar podiam parecer fracos, mas ao observar o corpo de Joy e a firmeza com que a mantinha próxima a si, a primeira impressão foi jogada fora como sua calcinha. Ela seja lá quem for, tinha um corpo extremamente sexy.

O maxilar da mesma foi mordido, soube pelos movimentos da cabeça de Joy que iam e vinham formando um rosto pequeno, desceu até o colo juntamente com sua mão até a bunda e a apertou.

— Grr, safada! — Yong gemeu passeando seus dedos em toda sua extensão, vês ou outra rodeava sua entrada casando com os apertos em seu bico. — Inferno...

— Não vou deixar que faça isso tudo sozinha, você também é minha. — Joy disse abafadamente, sei rosto vinha até o encontro dos seios que de longe, pareciam pequenos depois de desnudos, tinha um bico amarronzado claro que estavam ponteagudos e ao serem tocados fizeram com que a outra gemesse. Passou a ser a melodia favorita de quem assistia e ouvia. Não se conteve assim que ouviu, deslizou seus dedos para cima encontrando seu clitóris rígido.  Foi então que as mãos da desconhecida se afundaram mais na carne explicitamente úmida de Joy. — Aw, isso mesmo... Vamos, baby!

O braço inteiro movimentou-se com rapidez indicando a Yongsun como queria que aquele momento fosse e a mesma reproduziu com sucesso em seu nervo, o prendendo com seus dois dedos e com certa pressão fez movimentos circulares. Derreteu seu peso no estofado macio e então abriu suas pernas o máximo que pôde dando-lje acesso a visão do casal ajoelhado na cama. As duas em seu momento - não tão - íntimo uma adentrando a outa como podia e como queria, seus quadris querendo encontrar-se e fundir-se, os fios grudados na testa de Joy e o sobre e desce de sua barriga deixavam tudo tenso e excitante. Os suspiros na sala ficaram intensos e cada vez mais recorrentes, o quadril da desconhecida ia e vinha com calma, deveria estar mal acostumada a ser penetrada, mas o pescoço a mostra e esticado para trás deixava claro que seu maior prazer minha de seus seios que era castigados pelos lábios de sua parceira. Yong não estava diferente disso.

Seu corpo correspondia aos estímulos do casal e correspondia a altura, ritmado como se sua vida dependesse daquilo.

— Joy... P-porra!

Por segundos imaginou seu nome saindo daquela voz, naquele mesmo tom de voz, com o mesmo xingamento. Não se importaria de estar ali também e sem que percebesse, se quadril subia e descia no ar procurando seus dedos para enfim aliviar-se. Finalmente os achou, dois dedos em si própria deveriam conter a combustão em seu peito e a euforia em seu triângulo.

— Você faz tão bem...Oh!

Foi então que se abraçaram com força e deixaram seus quadril fazendo o trabalho que antes era feito por seus dedos, Sun delirou assim que viu a cena, tombou a cabeça para trás e pôs o quanto pôde de força em seus dedos, fazendo com que sua intimidade se contraisse mais e mais contra os mesmos; apertou seus bicos.

— Filha da puta! Eu vou... — A voz rouca estava um tanto trêmula e mole, as pernas da empresária não estavam diferentes, muito menos agora que os espasmos vinham rapidamente, sem harmonia e descompassados. — Yeah...

O arrastado da voz a fez fechar os olhos de vez para aproveitar o máximo daquela sensação. Tentou imaginar a sessão das mãos leitosas espalmadas em sua buceta, servindo-a e apenas a ela; o pensamento foi cortado por seus sentidos destrocando um espasmos violentos, que a fez abrir a boca em imperfeito "o".

— Hmmm... Meu deus!

— Sim... Grr! Como é bom!

Aos poucos seu quadril foi parando e seus dedos melados de seu líquido escorreram para fora de si já não suportando estar em um mínimo espaço. Descansou-o em sua barriga que se movimentava deixando claro a procurar de seis pulmões por ar.

— Você é sempre maravilhosa, docinho. E deliciosa. — A risada que soltou foi prazerosa de se escutar, talvez tenha sorriso, Solar teria a visto se a voz que tanto amou não estivesse agora completamente nas sombras do quarto.

— Eu sei. — Joy riu sentando por alguns segundos na beira da cama, parecia um pouco atordoada. — Podemos ir? Amanhã você sabe que eu tenho trabalho cedo e você uma bela de uma entrevista.

— Idiota... — Yong expeliu um rasgo só, revirou os olhos e depois de alguns minutos vendo-as se vestirem, levantou de onde estava e tomou novemtente a taça em suas mãos. — Você nem ao menos perguntou se ela gozou? Depois dela te dar um belo de um orgasmo desses? Rum..

Cruzou os braços encostando os ombros no vidro, levou a bebida até os lábios e bateu algumas vezes as unhas no vidro que emanava um som doce, apesar de tudo.

— Quem é você? — Perguntou para si mesma vendo a silhueta movimentar-se pelo quarto no meio escuro. — E porque me causou tanto estrago físico?

Riu de si própria no pequeno espelho ao seu lado vendo seus cabelos desgrenhados e seu rosto vermelho, seu braço doía assim como as pernas que estavam um pouco errôneas. Soltou agora dentro do vestido e o pôs novamente em seu corpo, tinha tido o suficiente para aquela noite. O sair, questionara o funcionário.

— É possível descobrir a identidade de alguém que se registrou no quarto andar? — Recebeu o olhar perdido do jovem a sua frente que, recolhia seu cartão e o recarregava.

— Desculpe-me senhorita, mas o quarto andar tem normas muito rígidas a respeito da identidade de quem se registra. — Estava sendo apenas profissional.

Se aquela pessoa era real, Yongsun iria acha-la mais cedo ou mais tarde.



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