🔱 Punhal 🔱

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A flechada de olhar dada pelo o membro do grupo serviu de alerta para não prolongar minha intromissão, a informação que dei a Eloisa e Heric fora pequena perto do dossier de histórias que Salim e meu pai haviam resguardado.

Os dois me deixaram com uma caneca de chá, eu acho, as ervas dentro do líquido adormecia a boca causando um alívio dos músculos faciais, me senti relaxada senão fosse pela súbita chegada do cara com gel no cabelo.

--- Como pretende cortar minha língua se você não tem arma alguma? --- disse ele mirando na altura da minha cintura.

--- A língua não é um membro, nem um músculo muito forte

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--- A língua não é um membro, nem um músculo muito forte...

Passou a mão curiosa sobre o queixo, a barba escura seguia pelo maxilar, não vi se estava rígido ou relaxado quanto a minha presença que fora antes tão incômoda para ele.

... é possível até ser arrancada com os dentes. --- findei minha frase indo para o portão, pouco aberto.

--- E se não pudesse usar os dentes? --- ele me acompanha.

--- E-eu... --- movi os lábios dormentes, a mão dele mostrou me a tal caneca.

--- Esse será meu triunfo contra sua bela boc-ca... digo... dentes, seus belos dentes.

Revirei os olhos por não poder dizer o quão inconveniente ele se tornara, afinal me perseguiria como os outros? Ou, vi me de relance em suas iris com as bochechas um tanto coradas, puxei o ar exalando o cheiro dos incensos e retirei meus pés diante dele.

Os desvios feitos por eles entre os destroços de ferro velho tinham pouco espaço. Pedaços de brinquedos de um antigo parque tomavam conta de uma área aparentemente esquecida pelo o grupo. Ninguém pensa em se divertir quando está se preparando para uma guerra.

Viro o rosto para o alto, cadeirinhas de um carrossel que provocava os fracos de estômago como eu, balançavam com a brisa vinda por cima do muro.

Na sua base jorrava água de um fóssil chafariz, num pulo alcancei o líquido frio e por incrível que pareça limpo, franzi a testa ao imaginar como poderia haver uma coisa dessas num lugar como este

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Na sua base jorrava água de um fóssil chafariz, num pulo alcancei o líquido frio e por incrível que pareça limpo, franzi a testa ao imaginar como poderia haver uma coisa dessas num lugar como este.

--- Devia experimentar! --- ouvi do alto, em uma das cadeirinhas.

--- Ta me perseguindo? --- falei de uma vez.

--- Você está na minha área, lembra? --- escalando a articulação férrea do brinquedo ele veio até próximo de onde eu lavara o rosto, livrando me da dormência.

--- Isso te dá o direito de me perseguir?

--- Esse é meu trabalho, vigiar você. Há alguns de nós que desconfia da sua vinda. É daqui? --- bem objetivo, ele esperava a resposta apoiado em uma grade de proteção.

--- Fui convidada. Não devo explicações, mas se precisar delas por que não se dirige ao Heric?

--- Ele é jovem e ingênuo, talvez vai repitir a história que vocês inventaram.

--- Pelo visto já existe uma não é? Você que anda conspirando pelas costas dos seus aliados?

Um tom avermelhado se deu nas mãos e bochechas como se ficasse agitado em seu interior. Acertara na mosca ou ele estava febril?

--- A única conspiração que há aqui está fora desses muros.

--- Então não desperdice seu foco em mim

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--- Então não desperdice seu foco em mim.

Eu desloquei os pés outra vez para sair de sua presença, iria passar por ele ao
dar outro pulo ágil por cima da fonte de água.

--- Toma isso! --- disse ele ao dar me seu punhal, uma meia espada bem leve de carregar. --- Agora você tem uma arma a sua altura, já que veio para cá, rebelde.

--- Será que é flexível... --- desembainhado na minha mão girei o punho no ar, inclinando a ponta afiada para a boca dele. --- abra-a!

Ele saltou para trás afastando se do punhal desaparecendo em um dos atalhos que davam para o centro do acampamento

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Ele saltou para trás afastando se do punhal desaparecendo em um dos atalhos que davam para o centro do acampamento. Para ser sincera ficar sozinha trouxe uma leveza maior que o chá.

SÉLLON - Saga Rajadas de Vento - Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora