Capítulo 9 - Meus limites

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Hoje é domingo e eu estava em um ônibus, indo até meu apartamento para deixar minhas coisas, já que este ficava próximo ao parque no qual tinha marcado de me encontrar com Changbin. Ai Deus, tô ansioso...

- quebra de tempo -

Cheguei na parte coberta do parque, onde o chão era de cimento e as pessoas corriam pra lá e pra cá com os skates, patins, patinetes, tinha de tudo aqui. Procuro em meio a muitos rostos o familiar do Binnie, mas não acho.

Ao me virar para trás para buscar mais por ele, só consigo ver uma bicicleta vindo bem em minha direção. Me encolho todo e fecho os olhos, com medo, mas não sinto nada, nem mesmo como se tivesse passado ao meu lado.

- Pode abrir os olhos, meu anjo. - Escuto uma voz familiar.

Abro um olho após o outro e dou de cara com um Changbin totalmente pleno e belo em cima de sua bicicleta como se fosse o gostosão do pedaço, o que, sinceramente, eu não tô nem em posição de discordar porque acho isso mesmo.

- Você quase passou por cima de mim! Seu louco! - Falo enquanto bato de leve nele.

- Ei, calma aí! Eu freei! Sabia o que tava fazendo, só queria te dar um susto, e parece que deu certo - Explicou rindo no final.

- HA HA HA! Engraçadão você! Tô rindo pacas! Olha eu aqui rolando no chão de rir! - Digo sarcasticamente revirando os olhos.

- Ei ei, vamos ao que interessa, estou aqui pra te ensinar, não? Vamos começar? - Perguntou saindo de cima do assento e vindo em minha direção me dar um selinho. - Olá, meu anjo.

- Oi... - Falei, provavelmente parecendo estar com os 4 pneus arriados por ele, o que nem é mentira. Ao reparar que estávamos em um local muito público me recompus. - Então, vamos lá, como que eu subo nesse trambolho?

Depois de reclamar por ter ofendido a "preciosa bicicleta" dele, Changbin me mostrou como subir em uma bicicleta e ficamos uns cinco minutos só para ele ajustar o banco e o freio, depois disso fomos para as "aulas".

- quebra de tempo -

- Puta que pariu, tô cansado pra porra! - Digo enquanto sento no chão, me apoiando com os braços atrás do corpo, expandindo o meu pulmão pra ver se consigo um pouco mais de ar dentro dele. - Tamo nessa há o que? Duas horas! - Respondo depois de olhar no meu relógio do celular. - Binnie, desiste, eu não vou aprender a andar num negócio desses! O tanto de vezes que eu caí é vergonhoso para alguém da minha idade. Até uma criança aprende mais rápido. - Completo soltando um longo suspiro.

- Se te consola, as crianças aprendem as coisas, naturalmente, mais rápido que pessoas mais velhas. - Fala, sentando-se ao meu lado.

- Tá me chamando de idoso?! - Pergunto virando pra ele com a minha melhor cara de chocado pela ofensa gratuita.

- Se a carapuça lhe serve, quem sou eu pra dizer que não, né? - Retrucou dando risada. - Mas isso é um fato científico, pode pesquisar. De qualquer forma, a gente pode fazer um intervalo, vamos tomar uma água, descansar um pouco.

- Não, eu não quero fazer um intervalo, quero parar! Eu to todo dolorido já, minha coxa deve estar roxa de tanto eu ter me apoiado nela ao cair! Não quero mais! - Falei em um muxoxo, cruzando meus braços à frente do meu peito.

- Ô meu Deus tadinho desse bebê. Todo bravinho. Olha esse biquinho dele. - Disse com voz fofinha enquanto encostava em minhas bochechas.

- Sai pra lá!

- Vamos, levanta, vamos beber água, podemos comprar uma bem gelada pra colocar na sua coxa, pode ser? - Se levantou e estendeu a mão pra mim, que peguei, sem pensar duas vezes, mas ele me puxou forte de mais. - Opa! - Disse em meio à um sorriso cínico, meu corpo estava muito próximo ao seu. - A gente para por hoje, beleza? - Deu um selinho em mim após sua fala. - Outro dia tentamos de novo. - Mais um encostar de lábios. - Agora vai, desmancha essa carinha de marra. - E depois veio o último beijo antes de um sorriso aparecer em meu rosto.

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