𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐥𝐞𝐚𝐯𝐞 𝐦𝐞, 𝐛𝐚𝐛𝐲

O desastre

{Alguns dias antes}
Estou observando a vista e de repente, sem mais nem menos, o vento me puxa. Caio, bato a cabeça, não lembro de mais nada desse dia, so lembro que doeu. Doeu muito.
{Sexta Feira || 15.07}
Abro os olhos e...onde estou?
- Onde é esse lugar? Por que estou aqui?
- Querida, - diz um dos caras com traje branco - você acordou! Vou te dar um remédio que vai te fazer sentir melhor.
Ele sai de vista.
- Onde eu estou? - pergunto novamente.
- Estamos no hospital vila nueva. - diz uma garota deitada em uma cama perto da minha - Até onde eu sei, você caiu do seu prédio e quebrou suas pernas.
Essa garota tem uma beleza extravagante. Pelos seus cabelos serem castanhos, consigo notar seus olhos azuis. Sua cor de pele é uma nunca vista pelos meus olhos antes. É escura. Mas não muito escura, nem muito clara. Ela é perfeita. Espero conseguir conhece-la tão intensamente que nos conectemos.
O médico volta com o remédio. Engulo a força.
{Algumas horas mais tarde}
Acordo novamente. Dessa vez estou mais lúcida. Foi tudo de disparada. Eu simplesmente cai e foi como se tivesse acabado o mundo.
Estou numa sala com meus pais quando acordo de fato.
- Filha! Que bom que esta bem, meu amor. - diz minha mãe
- Mãe, o que aconteceu?
- Meu bem, voce caiu do seu apartamento. Não sei se voce se jogou, mas pelos estudos médicos, não teria como voce ter se jogado pelo jeito que voce foi encontrada. Mas enfim, agora voce tera que ficar aqui por alguns meses.
- Quantos meses, exatamente?
- Apenas três, meu amor.
- Quatro. - Corrige o médico.
Quatro meses dentro desse hospital sem nada pra fazer, a não ser ler. Claro que eu posso usar meu celular, mas, a internet aqui não é tão boa, e não gosto de perder meu tempo com coisa tão estúpida.
- Então você caiu. - Diz a garota ao lado quando ninguém está mais na sala.
- Sim.
- Vamos falar a verdade, não tem porque mentir para mim. Você se jogou, né?
- Eu não. Não tenho muitos motivos para querer deixar minha vida sem mais nem menos, outras pessoas têm problemas maiores.
- Olha só, ela é sensata.
- Obrigada?
- Por favor, poupe.
- Poupar o que?
- Meu tempo.