(42) Thomas Christopher Black.

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Querido M, 30 de Setembro de 2006

Hoje decidi falar-te da minha familia, é uma familia pequena mas unida. Temos o meu irmão Thomas, a minha mãe Daisie e a minha avó Claire.

O meu irmão é muito problemático e irrita-me a maior parte das vezes mas é uma boa pessoa e têm um coração de ouro. É três anos mais velho que eu.

A minha mãe, a Daisie...bem, é uma mãe fantástica, apesar da maior parte das vezes querer que eu goste de coisas normais como boysbands que ela insiste em ser fan para ver se me pega o que sinceramente não vai resultar.

E a minha avó Claire, eu adoro-a. É como uma segunda mãe para mim, ela está sempre alegre e a cantar mas também consegue ser bastante conservadora quanto ás pessoas que se encontram á minha volta.

E estás a perguntar-te e o meu pai? Bem, o meu pai, deixou a nossa familia quando tinha 3 anos e foi horrivel porque desde de muito novo, o Thomas teve de assumir os pápeis em abandono pelo meu pai. Acho que irias adora-los.

Beijinhos,

Mandy.

Hoje é um bom dia para além de fazer uns 3 dias desde que sai do hospital, o meu irmão veêm visitar-me, quer dizer eu espero que ele venha porque estou mesmo a precisar deste tempo sem o Michael. Não é que eu não goste de passar tempo com ele e a banda mas ultimamente desde que sai do internamento, têm andado um 'colas', é que não me deixa respirar, está sempre a agarrar-me e a perguntar se me sinto bem, que até os rapazes já começaram a dizer coisas como: " Michael, deixa a rapariga respirar. " ou " Têm calma, ela não foge! " e até mesmo: " Se apertares muito a rapariga ainda a matas. ", o que eu acho completamente desnecessário.

O Calum têm andadi estranho comigo, cada vez que entro na mesma sala que ele, ele sai. Cada vez que falo, ele revira os olhos ou ignora-me mas sinceramente deixei passar porque sinceramente não estou com paciência para a fase de 'dama queen' do homem.

Calcei as minhas botas antes de me levantar do chão e me ver ao espelho. Passei a mão pelos meus cabelos, penteando-os porque sinceramente acho que ninguém nesta casa se penteava mas também não podia gritar com ninguém por não haver pentes pois os rapazes estavam em concerto. Peguei nas chaves e sai porta a fora.

O Thomas era mais provavel não vir, ele está sempre 'ocupado' mas eu sei muito bem o que ele faz só não quero que a minha mãe saiba se não ainda lhe dá um ataque. Ele começou quando tinha 13 anos no tráfico de droga e foi por isso que a sua Ex, a Laura morreu de overdose de pó de anjo que é algo leve mas em grandes quantidades letal e desde sai ele foi-se perdendo no mundo. Só mais um perdido na sombra da sociedade.

Desci alguns quarteirões, até á estação dos comboios e a memória de um dia chuvoso veio-me á mente, do Michael com um chápeu de chuva e a sensação de borbuletas veio-me ao estomago como consequência. Olhei á minha volta vendo nenhum sinal do Thomas o que me fez bufar por ter-me feito andar este caminho todo.

Virei-me para voltar mas rapidamente bato contra algo duro, não acredito que bati contra um poste. Porra, só eu. Elevei a cabeça para ver uns olhos azuis a olhar para mim que eu conhecia muito bem. O rapaz de cabelos negros sorri-me com o seu normal sorriso irritantemente perfeito mas tímido que contrariava a sua personalidade.

" Thomas? "- perguntei, sem acreditar na sua imagem á minha frente.

O que mais me impressionava era o seu cabelo que estava anormalmente longo para um rapaz ao nivel do seu pescoço e o mais bizarro desse penteado para além de ter o lado esquerdo rapado era o facto de até o favorecer.

DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora