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Devia sorrir o tempo inteiro. Para sempre. Para mim. - O lado feio do amor.

Nicolas

Beatriz está desacordada em meus braços. O tiro atingiu bem na barriga e a cada minuto que se passava ela e o bebê corria riscos.

Não sei em qual momento ela tinha decidido que o nome do bebê seria Lua, confesso que gostei dela ter considerado o nome que havia escolhido.

Isaías mantia a arma apontada para nós, porém ele estava com as mãos trêmulas.

- Não era pra ter atingido você Beatriz. - ele fala ainda com as mãos erguidas e trêmulas.

- Vai embora antes que tudo piore. - Digo. - Vai embora, você conseguiu o que queria.

Ele se ajoelha e chora como se as lágrimas de crocodilo fossem adiantar. Isaías larga a arma no chão e olha para Beatriz desacordada.

- Me perdoa minha filha, jamais queria machucar você ou a minha neta. - fala. Clystoff caminha por trás do mesmo, pega a sua arma e aponta bem na cabeça de Isaías.

- Quais suas últimas palavras papai?

Os convidados já haviam ido embora, assustados. E apenas restou nós, a polícia chegaria a qualquer momento. Meu medo era que Beatriz ou Lua não resistissem.

- Clystoff por favor. - Isaías fala.

- Por favor? - Clystoff pergunta. - essas são as suas últimas palavras? por favor?

- Eu ainda sou o seu pai.

- Você não é, e nunca foi o meu pai. - diz. - você nos tratava feito lixo, eu principalmente. O que foi que eu te fiz?

- Você sempre foi um moleque mal criado, nunca seguiu meus passos e nunca me deu orgulho.

E quando pensei que meu cunhado ia fazer uma besteira a polícia chega, tomando o revólver das mãos de Clystoff.

- Isaías Albuquerque Sales, você está preso. Por tráfico, assassinato e roubos milionários. Tem o direito de permanecer calado. - um dos soldados fala e o algema. - tudo que disser será usado contra você.

Fecho meus olhos por um breve momento aliviado, Beatriz não parava de sangrar. Grito desesperado, pedindo por ajuda, morrendo de medo do pior acontecer.

Beatriz estava em cirurgia a quase seis horas, uma enfermeira veio nos dá notícias que o estado dela era delicado e desde então não veio para atualizar.

- Calma Nicolas vai da tudo certo. - Minha mãe tenta me consolar. Depois que Isaías foi preso, meu pai quando soube tentou fugir e acabou sendo preso ainda no aeroporto.

Parece que o pesadelo está acabando.

Permaneço sentando olhando para o nada, até ver Bruno passando pela recepção e perguntar por Beatriz.
Me levanto e vou com tudo para cima dele, Clystoff me agarra e Daniel o noivo de Denise afastou Bruno de mim.

- O que ainda faz aqui? - pergunto, me debatendo afim de que Clystoff me soltasse.

- É tudo minha culpa, aquela bala era pra te atingir. - De fato ele tinha razão. Foi tudo tão rápido, que nem pude fazer nada.

- Não é bem vindo aqui Bruno. - digo. - se a Beatriz ou a Lua não sobreviverem, eu juro que te acho até no inferno.

Bruno concorda e antes que fosse embora ele fala.

- Por favor, diz a Beatriz que eu sinto muito. Por tudo! Eu, eu... - ele para - Isaías como sempre sabe dos meus pontos fracos.

- Vai embora Bruno. - digo. - irei dizer a Beatriz que esteve aqui, e se ela ainda quiser te ver eu mando te chamarem.

Bruno foi embora, depois que Clystoff me viu mais calmo. perguntou se podia me soltar. Faço que sim, então ele se afasta.

- E a Denise? - Fernanda pergunta a Daniel.

- Está bem, nosso filho é um menino forte. - sorrio e ando para o mesmo lugar que antes estava. - ainda não contei a ela sobre a Beatriz, mais não vai demorar muito até ela saber.

- Esconder as coisas de Denise é quase impossível. - Dona Rose fala.

Enquanto todos tentavam se distrair e esquecer conversando, eu me sentia com medo a cada hora que se passava. Olhava a cada minuto os ponteiros do relógio se movendo e meu coração acelerando. Paro de encará-lo, para assim o tempo passar um pouco mais rápido.

Não quero pensar nas coisas que fiz, assim como Bruno, também não sou nenhum santo. E não posso proibir Beatriz de vê-lo se ela assim desejar.

O médico responsável pelo caso da Beatriz chega com notícias, me levanto num pulo.

- Como ela estar doutor? - Pergunto não aguentando tanto suspense.

- Felizmente conseguimos controlar a hemorragia. Foi um milagre a bala não ter atingido o bebê. - e após dizer isso, sinto meu corpo relaxar. - mas a gravidez pode ser interrompida a qualquer momento. Beatriz não pode fazer esforços ou ter emoções que agravem seus batimentos cardíacos.

Isso pareceu o fim.

E ao mesmo tempo eu me sentia culpado, era pra eu estar no lugar dela. Aquela bala era pra mim.





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MIL PERDÕES PELA DEMORA.

Pra quem vai sua torcida?

Beatriz e Bruno?

Ou

Beatriz e Nicolas?

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