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Anneliese;

  - Por quê? - E eu só vi a minha visão apagar, ficar tonta e cair dura no chão.

[...] Acordo ao sentir um cheiro horrivel, começo a tossir e ao olhar em volta vdjo os caras de antes de eu desmaiar.

  - Você tá bem? Precisa adiantar, não temos muito tempo. - o asiático diz, e imediatamente lembro da perguntas feitas minutis atrás.
  - E... Eu... Matei minha... - começo a chorar, e ao mesmo tempo segurar o choro, é difícil pra mim falar disso, muito difícil, eu ainda não sou capaz. - foi mordida, por favor, me deixem ir com vocês.
Eles não disseram nada, o cara que parecia impor as regras, que aparentemente se chamava Rick balança a cabeça e anda de um lado pro outro.
  - Nós não temos tempo, temos que guiar uma orda de zumbis daqui...
  - Rick... - o asiático fala, me dando a entender que Rick não ia me aceitar.
  - Tudo bem. Mas você está em teste, não faça nada que eu não diga que tem que fazer, ou não vou ter outra escolha a não ser te deixar aqui. - Olho para o lado e vejo todos aqueles zumbis caminhando, eu preciso conquistar a confiança deles, ou eu morro - Se fizer qualquer coisa fora da lei, está fora, isso vale pra todos.
  - Tudo bem Rick, podem confiar em mim. - Ele acentiu e eu me levantei, haviam alguns caras ali, eles continuaram a fazer os seus plano e um garoto veio até mim, ele usava um chapéu de sheriff e possuia os olhos tão azuis quanto o mar, eu admito que era atraente.
  - Não nos mate. - ele disse seco e sentou no tronco caído atrás de mim, mechendo em uma arma.
Mas a única coisa que me perturba é, por quê esse garoto é tão misterioso? O que ele tem de tão importante?

Assustadoramente escutamos barulho de grito, uma voz masculina. O garoto atrás de mim se levanta olhando em volta, Rick sai a procura e todos os outros também, eu pego uma faça do meu tênis e sigo o cara asiático, mas sinto algo puxar o meu casaco.
  - Shh - O projeto de sheriff sussurra e nos empurra para trás de uma árvore, quando olho para trás e vejo os zumbis começarem a desviar o caminho da estrada, e entrarem na floresta com o grito que escutamos.
Tão perto como nunca daquele garoto, e eu mal o conheço, ele está com um dedo nos lábios, fazendo sinal de silêncio enquanto eu olho para o lado, tentando ver para onde os zumbis estão indo. Escutamos alguns tiros na estrada, e os zumbis desviam para ela novamente, minha respiração alivia e eu olho para frente, batendo meu olhar diretamente ao do garoto.
Ficamos alguns segundos nos encarando, e então ele saí, pega a faca que caiu no chão e segue seu caminho.
Que merda foi essa? Meu subconsciente diz.
Sigo o mesmo quando observamos um dos caras que estavam quando me viram, com uma grande mordida de zumbi na bochecha enquanto Rick está agachado ao seu lado e uma mulher e um outro cara estão em pé.
  - Ele... - observo, assustada. A única lembrança que eu tenho quando vejo uma pessoa mordida é do meu pai.
  - Está morto. - O garoto complementa.
  - Que gritaria foi essa? - Um cara no walkie tokie de Rick fala, o mesmo que deu os tiros.
  - Era o Carter, levou uma mordida no rosto. Eu o silenciei. - Rick se levanta e pega a arma de carter, ele vem até mim e me estende ela. - Eu estou confiando em você.
Em coisa de segundos ele dá algumas ordens para as pessoas que estavam conosco.
  - Esse é Morgan e Michonne - eu aceno e sorrio, eles fazem o mesmo, parecendo bem simpáticos. - e esse o Carl.
Ele nem simpatiza comigo, não dá nem um sorrisinho nem acena, apenas ignora, e eu faço o mesmo.
  - Um é meu. - vemos dois errantes indo até nós, atiro minha faca na sua cabeça, que de longe o acerta, vou até ele e tiro dali, quando viro Carl e a mulher estão me olhando surpresos, os observo esperando uma resposta e Michonne começa a rir.
  - Você vai ter de me ensinar a ter essa mira garota! - ela fala e a mesma junto de Morgan passam por mim, seguindo Rick.
Quando olho para trás, Carl está me observando apoiado em uma árvore, mas assim que meus olhos se batem ao dele, ele vira e continua seu caminho.

Eu acho que agora tenho um lar. Meu subconsciente diz.

Alguns minutos caminhando por algo que nem mesmo sei o que, Michonne  acelera seus passos e caminha ao meu lado.
  - Eu acho que vamos nos dar bem. - ela afirma, eu solto uma risada e olho para mesma.
  - Eu também - Olho para trás e Carl ainda me observava, sempre com um olhar suspeito, como se estivesse me vigiando, ele não confia em mim. - mas acho que vou ter trabalho pra me enturmar com outra pessoa... - sussurro e volto a olhar para ela.
  - O Carl é difícil, mas com um tempo vocês vão virar amigos.
  - Eu não sei se ele quer isso.
E assim nosso assunto acaba, Rick chama Michonne e eu volto a ficar sozinha com meus pensamentos.
Eu conheço poucas dessas pessoas, eles parecem ter uma comunidade ou algo do tipo, eu não sei se consigo voltar a conviver com tanta pessoas. Durante três anos eu vivi sozinha, sem ajuda de ninguém, sobrevivendo por mim e para mim, foi difícil, mas me manteu viva. Eu não sei se sou capaz de ter um pedaço da minha vida normal de volta.
Foi a vez do asiático vir até mim.
  - Você é bem sortuda do Rick ter confiado em te dar uma arma. - ele fala. Por algun motivo esse cara me trazia segurança e alívio. - Glenn. - ele me estende a mão e eu o comprimento.
  - Não tiro a razão dele, vocês me conhecem a coisa de uma hora.
  - É, sim... Mas isso não significa muito. Eu ajudei o Rick sem fazer idéia de quem ele era, e me arrisquei numa ordem muito maior que essa de zumbis.
  - Vocês estão juntos a muito tempo?
  - Mais do que o necessário.
  - Perdi minha família no início de tudo, vocês são as primeiras pessoas que eu converso depois de três anos, é estranho. 
  - Você pega o jeito de novo.
  - Mas... O que vocês são?
  - Bom... Nós não podemos falar muito quando resgatamos pessoas, mas eu acho que você tem esse direito. Temos uma comunidade chamada Alexandria a alguns quilômetros daqui, e estamos levando esses zumbis para longe. Possuímos muitas pessoas em Alexandria, e todos ajudam como podem.
  - Isso é incrível... - sinceramente, eu não esperava por isso. - espero poder conseguir a confiança de vocês.
  - Você já tem a minha.
Continuamos caminhando, cada passo um pensamento diferente. Eu não pudia olhar, mais ainda sentia que estava sendo vigiada.

Por qual motivo ele está tão desconfiado? Eu cheguei aqui com duas facas e uma pistola, que nem sequer balas tinham. Nem um lugar para morar eu tenho, que tipo de desconfiança eu trago? sou sozinha.
Deixem que eles andassem, Carl me ultrapassou e eu estava atrás de todos, eu preferia pensar a sós. 

Derrepente sinto meu corpo gelar, por um segundo não ouço nada e apenas volto a ter sensibilidade quando percebo que meu pé engatou em uma armadilha.
Grito de desespero, de alguma forma eu pisei ali e ela se fecheu rasgando a minha pele e provavelmente torcendo meu osso, sangrava mais que tudo, e eu não conseguia encontrar uma forma de me soltar dali.

  - SOCORRO!!! - eu gritei e logo percebi três zumbis no meio das árvores, procuro minha faca e ela caiu com o peso do meu corpo, quanto mais eu esticava para pega-la, mas fundo as pontas do arame de armadilha penetravam a minha pele, rasgando ela como um pedaço de roupa.
Tento tirar a arma que estava pindurada no meu ombro, enquanto eu tentava colocar as balas um dos zumbis cai em cima de mim, fazendo com que minha arma caisse e eu estava indefesa, apenas o segurando com todas as minhas forças, enquanto sentia meu pé ser arrancado.
  - Ei! - uma voz conhecida grita, fazendo com quê o zumbi em cima de mim vá até ela, todos os outros fazem o mesmo e quando eu consigo me levantar vejo Carl matar todos eles, ele vem até mim e segura a armadilha, tentando solta-la.
  - Você tá bem? - ele diz enquanto eu seguro meus gritos sentindo tudo piorar enquanto ele tenta soltar aquela coisa do meu pé.
  - O que você acha? ARGH - Solto um leve grito e seguro seu braço, o manchando de sangue.
  - Eu vou te tirar daqui. - lhe olhei piedosa e acenti, quando o vi pegar uma marreta - vai precisar confiar em mim. Você confia? - eu solto um barulho de dor e o olho séria, então ele quebra a coisa que me prendia.
Pareceu que doeu muito mais quando me libertei do que quando ainda estava preso, sangrava como eu nunca tinha sangrado antes, eu me sentia zonza de estar perdendo tanto sangue, e nem sequer conseguia levantar.
Carl se abaixou até mim e eu lhe dei o meu cinto, no qual ele amarrou para estancar.
  - Vem. - ele apoiou meu braço no seu ombro e levantamos.
  - Não consigo... - sussurrei, enquanto sentia meus ossos sairem do lugar.
  - Força, só até eu encontrar o meu pai. - apenas acenti e tentei andar, sentindo todas as dores possíveis.

Estávamos conseguindo, não tinha como eles estarem tão longe, meu corpo estava leve mas eu ainda estava viva.

Até que escutamos uma estridente buzina, que doia até os meus ouvidos, zumbis começaram a entrar pela floresta, não tinha outra chance.

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⏰ Última atualização: Jul 21, 2020 ⏰

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Outlaws ㅡ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora