... e tudo o que ainda podemos ser

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Hey, gente!! Ainda aprendendo a usar essa parada de wattpad, kk. Essa fanfic eu fiz como um presente de aniversário para a Muzzx, e resolvi passar ela pra cá também. É uma ItaSasu com SEXO EXPLÍCITO, estejam atentos. Divirtam-se, pfv deixem comentários <3

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No grande balcão de mármore da mansão Uchiha, um único copo de uísque repousava, solitário. Já havia passado tanto tempo que estava ali, que o grande bloco de gelo tinha se dissolvido, tornando-o um líquido insosso. Tão insosso quanto a vida do seu dono tinha se tornado.

Com os olhos escuros perdidos em qualquer ponto do papel de parede, Sasuke mantinha os dedos fortemente cravados em torno daquele copo. Estava ali há pelo menos uma hora e meia sem se mexer, sem nem sequer respirar direito. O amargor do uísque já não era suficiente para fazer dissolver o ódio dentro de si. Estava tão perdido dentro dos próprios pensamentos, que nem sequer conseguia se lembrar do gosto da bebida. Tampouco se lembrava do charuto que tinha largado inacabado sobre o cinzeiro.

— Sasuke-sama — uma voz ressoou dentro da grande sala, ao que Sasuke soltou a respiração. A voz era conhecida; era parecida com a sua, um resquício genético. O timbre de Shisui Uchiha. — Nós o capturamos. Obito está lá embaixo com ele.

Sasuke ergueu seus olhos um pouco mais sobre a parede. Repousou a vista sobre o grande quadro de Madara Uchiha, uma pintura muito antiga, de um antepassado que tinha começado com aquilo tudo. O pioneiro, o antecessor. O original chefe daquela família, morto há muitas gerações, mas cuja criação persistia até aqueles dias. A Máfia dos Olhos de Sangue era composta pela genética Uchiha agora há sete gerações. E a geração atual pesava sobre os ombros e os olhos inexpressivos de Sasuke.

— Sasuke-sama? — Shisui perguntou. — O que devemos fazer com ele?

Quando Sasuke girou a alta cadeira do bar de forma que seus olhos se cruzaram com os do subordinado, as pernas de Shisui estremeceram um pouco. Sasuke era o integrante mais novo daquela família, e ainda assim, era o chefe atual. Com apenas vinte e cinco anos, tinha mais mortes contabilizadas ali dentro do qualquer outro. A sua história era regada a tragédias, e o assunto daquela noite não era muito diferente.

— Se quiser, nós... nós podemos dar um jeito nele — Shisui sugeriu, um pouco ansioso.

— Não.

Sasuke tinha uma aura tão pesada, que até o tom de voz soava excessivamente grave para um homem tão jovem. Vagarosamente, o garoto se colocou de pé, largando sobre o balcão o copo e o charuto, e caminhou em direção ao outro. Shisui recuou um passo quando aqueles olhos profundos o encararam de frente.

— Eu vou matá-lo — a voz grave sussurrou. Havia pequenas lágrimas de raiva presas aos olhos de Sasuke. — Eu vou matá-lo com as minhas mãos.

Shisui assentiu com a cabeça, mas um sentimento de preocupação aflorava dentro de si. Era uma boa ideia deixar Sasuke com aquele sujeito? Já tinham sido traídos pela presa antes; e não poderia garantir que seria tão diferente naquele dia. Ainda mais com o primo naquele estado.

— Sasuke-sama... preciso sugerir... que você desça acompanhado...

— Cuide da sua vida.

O massacre tinha acontecido há exatos onze meses. A Máfia dos Olhos de Sangue tinha perdido trinta e dois membros, resultado em uma redução quase pela metade no seu número total. As mortes tinham acontecido devido à traição recente de um daqueles membros, que tinha conseguido escapar durante o massacre, mas que tinha agora a infelicidade de ter sido capturado pela linha de frente. Aquele homem estava preso no subsolo da mansão, em uma porta vigiada por três ou quatro capangas. Enquanto descia às escadarias que levariam ao porão, era naquele homem maldito que Sasuke pensava.

Tudo Aquilo que Nós Nunca FomosOnde histórias criam vida. Descubra agora