Vampire?

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Coisas estranhas estavam acontecendo em Beacon Hills, não que isso fosse uma novidade, afinal coisas estranhas sempre aconteciam em Beacon Hills. Mas dessa vez... Dessa vez era diferente.

Corpos completamente sem sangue começaram a aparecer pela cidade inteira, e todos eram dados como ataque de animal já que a única coisa que os corpos tinha em comum era os furos no pescoço.

O pack McCall até pensou que poderia ser um lobisomem, mas Stiles rapidamente negou tal pensamente. Se fosse mesmo um lobisomem os corpos estariam estraçalhados por toda a cidade e não com furos estranhamente “delicados”.

A mente do Stilinski insistia em lhe dizer que se tratava de um vampiro, mesmo não botando muita fé na sua mente. Lobisomens? Ok. Kanima? Ok. Coyote? Ok. Jaguar? Ok. Raposa demoníaca? Ok. Mas vampiros? Seria surreal.

Teorias e mais teorias se passavam na mente de todos do pack e Scott como o líder decidiu fazer buscas sobre a tal criatura de fora, obviamente deixando o humano de fora para o mesmo não se machucar.

Mas... Vamos ser sinceros, Stiles é um ímã para problemas, talvez ele tenha uma placa que apenas seres sobrenaturais podem ver escrito: “Humano sarcástico e intrometido, apto a se meter em encrenca e a vítima perfeita para você, meu querido ser sobrenatural com mente psicopata que provavelmente deve estar entediado”. Então se Stiles não vai até o vampiro, o vampiro vai até o Stiles.

Corpos aparecendo sem um pingo de sangue, seus amigos casando um ser sobrenatural pela cidade inteira e ele? Ele estava dando uma volta a pé, sem o celular — porque o mesmo estava descarregado — e em um parque totalmente deserto cercado por árvores. Parabéns Stilinski, você deveria receber um prêmio de garoto suicida.

Ele andava em passos lentos pelo lugar sem se importar tanto com o mundo ao seu redor —  ou com a porra de um ser que o poderia matar em segundos —, suas mão não saiam do bolso do seu moletom vermelho na intenção de esquentá-las. Legal, se ele não fosse morto ficaria doente.

Com toda a distração do mundo o castanho nem se quer percebeu a presente de um belo homem de lindos olhos azuis que tinha acabado de sair de trás de algumas árvores. Na verdade o garoto só o percebeu a presença do outro quando esbarrou nele.

Oh meu Deus. Tinha um cara — gostoso —  todo sujo de sangue... SANGUE.

– Olá. – O homem diz parecendo dar de ombros.

– Lobisomem? – Stiles pergunta mais animado do que deveria estar em um momento desses.

— Vampiro. – Ele não se importou em responder.

– Vampiro? Oh, ótimo. Isso é ótimo – Continuava idiotamente empolgado.

– Você não me parece muito surpreso – O de olhos azuis faz uma careta – Devo me preocupar?

– Talvez – Stiles responde pensativo – Você está em uma cidade dominada por lobisomens. E eu no seu lugar não acharia que aqui é um lugar adequado para me alimentar. – Ele começa a divagar.

– Você está certo. Não seria um bom lugar, afinal vampiros e lobisomens são inimigos naturais. – O mais alto sorri sarcastico – Pena que eu não ligo para essa merda.

– Então você vai me matar? – Stiles pode sentir um arrepio passar pelo seu corpo com a possibilidade do outro encostar o dentes no seu pescoço. Só não sabia se era tesão ou medo.

– Eu poderia – Se aproxima do adolescente e cheira o ar – Mas você cheira a cachorro molhado mesmo que não seja um lobinho. Eu não quero arranjar problemas, não agora.

– Você é tão caridoso, Edward. Pena que é um assassino. – Stiles brinca.

– Primeiro, “Crepúsculo”? Sério? Não tinha nada melhor? – Faz uma careta – E segundo, eu acabei de chegar na cidade e essa é primeira pessoa que eu matei. E sinceramente não planejo matar mais ninguém, não quero chamar atenção dos seus amiguinho.

– Você parece está falando a verdade, “Drácula” – Stiles fala – Mas isso quer dizer que pode ter outro vampiro matando por aí.

– Seja quem for não é nada discreto, seus amiguinhos logo irão achá-lo.

– Você poderia ajudar, né?

–Desculpe, garoto. Mas não gosto de cachorro. – A fala faz Stiles revirar de assunto – Agora me diga... Onde eu encontro um hotel nessa cidade?

– Não temos muitos hotéis aqui, e os que tem são uma merda. – Stiles fala – Talvez você devesse usar os seus poderes ou algo do tipo, claro se você tiver algum.

– Sim eu tenho alguns “poderes” – Faz aspas com as mãos – Mas como já disse, não quero chamar a atenção.

O castanho o olhou de cima a baixo analisando a situação logo abrindo um sorriso perverso.

– Talvez eu poça te ajudar... Claro se você me ajudar com o vampiro descontrolado – Fala olhando para qualquer lugar que não fosse o vampiro.

– Você está me chantageando – O de olhos azuis acusa logo rindo – Tudo bem, garoto. Eu vou te ajudar com o tal vampiro.

Stiles comemorou mentalmente e o vampiro riu. Ele poderia muito bem forçar o adolescente a deixá-lo na casa dele sem precisar se preocupar com o vampiro desconhecido, mas o garoto parecia preocupado com a situação que ele apenas se deixou levar.

– Você tem certa noção que está levando um homem que acaba de matar alguém e está com as roupas sujas de sangue, não é? – Ele debocha.

– Não. Eu estou levando um vampiro que acaba de matar alguém e está com as roupas sujas de sangue. – Stiles retruca dando ênfase no vampiro – A propósito... Qual é o seu nome?

– Damon, Damon Salvatore. E o seu?

– Stiles Stilinski – Uma risada é escutada – Ei! Você não tem direito de me julgar, seu nome é Damon. Qual é?

– O que diabos é um Stiles? – Pergunta ainda rindo.

– Isso é um apelido, senhor Demônio.

– Um apelido? Me fale o seu verdadeiro nome, por favor – Ele basicamente implorava.

– Não. Agora vamos! – Stiles fala começando a andar em direção a sua casa.

– Vai! Só uma dica – Damon implora fazendo o outro suspirar.

– Ok... É de origem polonesa.

– Polonesa? – O de cabelos negros faz uma careta seguindo o castanho – Sales?

– Não.

– Szymon?

– Não.

– Stanislaw?

– Não.

– Stanislawa?

– Não.

– Sylwester?

– Não

— Szczepan?

– Não.

E o caminho até a casa de Stiles se seguiu assim com Damon tentando adivinhar o seu nome verdadeiro e falhando todas as tentativas.

Vampire or Werewolf?Onde histórias criam vida. Descubra agora