Draco Malfoy 🐍

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⚠️ Aviso: gatilho ⚠️

(POV S/n)

Levantei-me a meio da noite e como qualquer pessoa que acordasse a essa hora, estava com fome. Calcei uns chinelos e vesti um robe enquanto saía do meu dormitório. Como sou amiga dos elfos domésticos desde o meu segundo ano, não há problema em ir de madrugada buscar comida à cozinha. Normalmente, até me oferecem os doces que já sabem ser os meus favoritos.

Entrei na cozinha com passos o mais silenciosos possível, mal passei a porta, foi a recepção do costume. Vieram até mim a correr e alguns deles traziam bandejas com comida deliciosa para uma ceia da madrugada. Agradeci a todos eles e saí tão furtiva quanto tinha entrado. Foi então que ouvi um grito abafado pelas paredes. Deixei a comida no chão e comecei a ir na direcção do som.

Fiquei à procura no edifício de um lado para o outro durante uma meia hora, até que abri a porta do banheiro masculino, eu estava com os olhos semicerrados caso alguém estivesse ali pelos motivos mais óbvios. Dei-me conta de um vulto junto aos lavatórios e ia já a sair quando ele falou.

- Quem está aí? - Pela sua voz consegui perceber que estava com medo.

- Desculpe, entrei por engano,mas não pude deixar de perceber que você não está bem, precisa de ajuda? - Menti

- S/n? - Ele disse ainda na sombra, me aproximei para ver com quem estava a falar

- Draco? - Draco puxou as mangas do camiseiro que estava a vestir para baixo. - Por acaso você ouviu o mesmo que eu?

- Não sei do que está a falar - posso estar a alucinar mas acho que ele me respondeu depressa demais, como se se estivesse a defender.

- Calma, você sabe que eu sou sua amiga, só perguntei se ouviu um grito vindo de perto deste banheiro.

- Aã... Não, não ouvi nada. Sabe que ouvir coisas é o primeiro sinal de loucura, certo? - Ele assumiu um tom leve de um momento para o outro.

Eu sorrio - Já sou louca mesmo - Ele se aproxima um pouco mais, mas deixa o braço esquerdo escondido por detrás das costas - O que leva aí atrás?

- Nada importante - O clima ficou meio tenso por alguns segundos ante que eu o voltasse a questionar.

- Tem certeza? - Começo a andar à sua volta para ver o objeto possivelmente escondido. Enquanto eu ando, ele vai rodando de forma a que ele fique sempre de frente para mim.

Farta de esperar, dou um salto e agarro o seu braço. Quando aperto um pouco acima do seu pulso, ele faz um esgar de dor. Olho com curiosidade para a sua mão, mas ela está vazia. Então, me dou conta de que a manga está toda manchada de vermelho. Demoro alguns tempo a processar a informação até perceber que se trata de sangue. Volto a olhar para o seu rosto e ele está de cabeça baixa.

- Porque fez isso?

Draco levanta os olhos até aos meus e começa a levantar a manga. Quando volto a olhar para o seu braço, consigo a sua pele pálida marcada pela marca negra envolta de um líquido vermelho escuro que presumo ser sangue.

- Tornou-se um deles porque quis? - Na minha cabeça só conseguia ouvir uma vizinha a dizer: Tem de haver uma desculpa qualquer, tem de haver uma desculpa qualquer... Repetidamente. O sonserino abanou a cabeça negativamente. - Então porquê?

- Porque meu pai queria, eles querem que eu mate Dumbledore. - Olhei para ele num misto de medo e incredulidade. - Pode contar a todo o mundo e se afastar de mim, eu já sou um monstro mesmo. - Já era possível ver lágrimas nos seus olhos.

- Nunca, você não é um monstro e eu nunca me afastaria de você. - Eu afirmei enquanto o abraçava. Senti meu ombro ficar molhado. Me afastei do loiro. Puxei-o pelo braço limpo até ao lavatório mais próximo e comecei a limpar o sangue. Depois de algum tempo, peguei nun dos kits de primeiros socorros que se encontravam num dos armário no canto do banheiro, desinfetei e enfaixei a sua ferida.

- Obrigado pela ajuda - ele murmurou enquanto eu o arrastava para o meu quarto.

- Espera aí, tenho de ir buscar uma coisa - fui até ao sítio onde deixei a cesta de comida feita pelos elfos domésticos, agarrei nela e voltei até ao meu quarto.

- Onde você arranjou isso a essa hora da noite?

- Os elfos gostam bastante de mim. - Eu respondo rindo.

Ele pega num dos chocolates de dentro da cesta - Eu nunca mais vou consegui dormir hoje mesmo. - Fala enquanto dá de ombros. - E amanhã é sábado, não temos aulas.

- Então, certamente podemos dormir só às seis da manhã.

- Calma aí, talvez às sete, acho que não dá às seis - Continuamos a conversar durante uma ou duas horas até que ele olhou para o relógio. - Tenho de ir, imagina se os meus colegas de quarto não me vêem a acordar lá -

- Já? Diz que acordaste mais cedo amanhã para dares um passeio ou assim.

- Tá bom, eu fico, só não me chateies quando ficares farta de mim aqui.

- Eu não fico farta não - não sei o que me deu na cabeça para fazer isso,as fui me aproximando cada vez mais até encostar meus lábios nos seus. Foi apenas um selinho demorado - Desculpa, eu não devia... - Fui interrompida pelo sonserino.

- Agora cala essa boca, vai - ele diz voltando ae beijar dessa vez mais intensamente quando o rapaz pediu passagem com a língua, eu cedi, perdida em emoções que eu não sabia que existiam.

Felizmente, quando no separamos, o clima continuou leve como antes. Ficamos entre conversas, risos e beijos pela noite dentro.

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Oie, ficou uma bosta, eu sei mas ao menos fiz alguma coisa kkk.

Bezos 💗
Autora

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