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"Dizem que antes de começar uma guerra, é melhor saber pelo que está lutando"
— The Cab

Angel dormia calmamente com a cabeça apoiada no ombro de Newt, a garota estava exausta.

Alguns garotos ainda estavam curiosos com aquela vista através dos vidros da janela daquele helicóptero. Tudo parecia ser novo para todos eles, sem exceção.
A luta para chegar onde eles chegaram não havia sido nada fácil para ninguém. Eles sofreram muitas perdas; muitas das quais nunca irão esquecer...

A noite havia chegado juntamente com o desconhecido. O helicóptero acabara de pousar. Tiros e gritos foram ouvidos. Os garotos saíam desesperados e corriam para algum lugar sendo guiados por guardas armados.

O Newt chamava a garota ao seu lado de uma forma que a mesma não se assustasse com tudo aquilo assim que acordasse. Mas foi em vão.

— Calma Angel! — ele segurou o rosto da garota fazendo com que ela foca-se toda sua atenção em seus olhos. Como uma forma de acalmá-la e passar uma segurança que nem mesmo ele tinha naquele momento. — Precisamos ir agora.

Ainda confusa com tudo que estava acontecendo, olhou ao seu redor e pôde perceber o Minho chamando o Thomas, o garoto não acordava.

— Ele vai ficar bem. Se apressem!

A mesma não questionou o melhor amigo e se levantou com a ajuda do Newt. Eles correram juntos para o local que estavam sendo direcionados. Estavam bem atrás dos outros Clareanos que seguiam correndo para dentro do local em que estavam sendo guiados.

Alguns homens de preto atiravam em cranks impedindo que eles se aproximassem. Angel percebeu e ficou assustada, mas continuou seguindo seu caminho para o local que parecia ser uma fortaleza em sua frente.

Ela estava bem atrás dos outros Clareanos, atenta a qualquer coisa diferente ao seu redor.

Todos entraram no local no qual parecia ser seguro para todos eles. O portão em qual eles haviam acabado de atravessar se fechou automaticamente, prendendo por segundos a atenção da garota.

Eles estavam curiosos com aquele lugar e analisaram cada detalhe.

Alguns homens de preto guiaram-os até uma sala. A atenção de todos os Clareanos foi voltada para um enorme banquete concentrado em uma grande mesa no centro daquele lugar. Eles estavam bastante famintos, por esse motivo não demorou muito para todos eles atacarem a comida. Nunca saberiam em qual outra ocasião haveria outra oportunidade como esta.

Assim que todos se satisfizeram com aquele banquete, a angel sem pretensão nenhuma começou uma guerra de comida. Todos os Clareanos estavam se divertindo com aquilo.

Pela primeira vez depois de muito tempo eles se sentiam felizes e vivos novamente. Eles não se divertiam daquela maneira há muito tempo. Aquele momento foi especial para todos eles, eles precisavam daquilo.

Eles estavam tão cansados que resolveram dormir por ali mesmo.

Angel se remexia para todos os lados, mas não conseguia fechar seus olhos. Percebendo que o Thomas estava na mesma situação desistiu de tentar dormir.

— Thomas. — ela o chamou em um tom de voz baixo para não acordar os outros. Ele apenas direcionou seu olhar para a garota um pouco confuso. — Por quanto tempo você acha que ficaremos seguros aqui?

— Eu... não sei.

Ele estava submerso em seus próprios pensamentos.

A porta rangeu e chamou atenção dos dois clareanos acordados. Os outros estavam acordando aos poucos e iam se levantando.

Um homem armado havia aberto a porta, logo ele deu espaço para outro homem passar. Ele carregava um ar de superioridade.

— Vocês estão bem? — ele pergunta sorridente e os clareanos se aproximam. A voz dele com certeza causou embrulhos no estômago da Angel. — Peço desculpas pela confusão, enfrentamos um enxame.

— Quem é você?

O homem encarou a loira por alguns segundos admirado.

— É por minha causa que estão vivos, e eu pretendo mantê-los assim. — a Angel franziu o cenho desconfiada, sua intuição estava alertando-a em não confiar muito nele, ele não passava uma boa impressão para a mesma. — Agora venham comigo, nós vamos ajeitar vocês.

Os adolescentes acompanhavam aquele homem enquanto observavam o local. Havia pessoas trabalhando e o local estava um pouco barulhento.

— Podem me chamar de senhor Janson, sou o administrador. Para nós isso é um santuário a salvo dos horrores do mundo lá fora. Vocês devem vê-lo como um abrigo, como uma casa entre casas.

A mão do Newt se encontrou com a da Angel e a garota a apertou forte, como se a qualquer momento ela pudesse se perder do rapaz.

— Vai levar a gente pra casa?

Thomas pergunta ainda curioso.

— Por assim dizer. Pena não ter sobrado muito de onde tenham vindo, mas nós temos um lugar pra vocês. Um refúgio fora do deserto, onde o C.R.U.E.L nunca mais vai achá-los. Gostam da ideia?!

— Por que você tá ajudando?

Minho indaga.

— Digamos que o mundo lá fora está em uma situação muito precária. Estamos todos pendurados por um fio muito fino. O fato de crianças serem imunes aquele vírus maldito faz de vocês a maior chance de sobrevivência da humanidade. Infelizmente, isso torna vocês alvos, como sem dúvida já notaram.

Eles pararam em frente a uma grande porta metálica.

— Atrás dessa porta está o começo das novas vidas de vocês. — ele tira um cartão de seu bolso e passa ao lado da porta fazendo com que ela se abrisse. — Mas para iniciar, vamos dar um jeito nesse cheiro.

The Maze Runner • Fight Until The End [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora