Eu quero "errar".

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Depois de alguns minutos, não tão longos, Giovanna acaba seu discurso e deseja uma boa comemoração a todos, descendo do palco sorrindo e sendo aplaudida por todos que estavam ali, inclusive, por Alexandre.

A morena desce, passando as mãos no cabelo e procurando Nero com o olhar, o homem ainda aplaudia a mulher, sem tirar seus olhos dela, enquanto os outros que estavam no local já haviam parado com os aplausos.

O que fazia Giovanna sorrir enquanto caminhava em sua direção, contente e tímida, um pouco.

-- Aplausos e mais aplausos, diretora! Você foi.. perfeita. Como sempre! - Alexandre disse, assim que Giovanna parou em sua frente.

-- Que isso! Gentileza sua.. - Comentou, sentindo as maçãs de seu rosto arderem.

-- É.. parabéns. De verdade, você foi incrível. - Disse novamente gentil. -- Pelo pouco que eu vi, foi incrível. - Sincero, disse sorrindo, admirando a morena em sua frente.

Giovanna não fala nada, apenas sorria enquanto colocava uma mecha de seus cabelos castanhos atrás de sua orelha. Nero coça a garganta, mudando de assunto rapidamente ao notar como Antonelli estava.

-- Bom.. eu acabei de chegar e peço desculpas pela demora.. - Suspirou. -- Aconteceu alguns imprevistos mas.. nada demais! - Deu de ombros, tentando não falar sobre o assunto. -- Queria que você me ajudasse, não sei qual é meu quarto, não sei como vai funcionar.. - Confessou, atrapalhado.

-- Sem problemas, lhe ajudo sim! - Sorriu, simpática. -- Já pegou sua chave na recepção?

-- Sim! Isso sim. Eu só estava sabendo disso mesmo.. - Tentou explicar, confuso.

-- Qual o número? - Perguntou, curiosa. -- Do seu quarto?

Alexandre procurou rapidamente as chaves em seu bolso da calça, logo tirando-a dali e olhando o objeto, procurando o número.

-- 213.. sabe onde fica? - Ainda olhando para o objeto confuso, levou sua atenção para Giovanna novamente.

-- Ah.. - Engoliu seco, tentando disfarçar. -- Ao lado do meu. - Sorriu. -- Vamos lá, sim? Precisa se trocar e curtir essa comemoração! - Falou, animada. Tentando disfarçar aquele clima tenso que ficou desde o primeiro beijo de ambos.

-- Vamos! Agorinha. - Nero disse, passando a língua entre os lábios que ameaçavam secar.

Antonelli sorriu, caminhou pelo salão sendo seguida pelo professor que segurava firme nas alsas de sua mochila nas costas. Passaram pela recepção e logo chegaram em frente ao elevador, Giovanna apertou o botão e depois de alguns segundos o mesmo abriu.

Assim que as portas metálicas do elevador se abriram ambos entraram. Se encostaram e as portas foram fechadas, deixando ambos sozinhos ali dentro.

O elevador subia devagar, parecia uma eternidade por conta da tensão que ambos estavam sentindo naquele lugar.

Tentavam disfarçar, mas, era inevitável. Era como se uma conexão maior estivesse ligando ambos, como se.. uma energia maior entre eles habitasse, se fazendo presente quando se encontravam.

Como se eles tivessem que se conhecer, como se.. fosse que ser assim como estava sendo. Era pra ser.

Era um silêncio perturbador, e, logo Giovanna quebra-o. Iniciando um assunto, assunto no qual não saia de sua cabeça.

-- Alexandre.. desculpe novamente por.. por aquele dia. Eu nem sei o que estava pensando, de verdade. - Falou, sem olhar para o homem ao seu lado, apenas focou seu olhar em um ponto fixo do elevador.

Alexandre por sua vez suspira, virando-se para Antonelli, fazendo-a encara-lo.

-- Giovanna você não tem que me pedir desculpas.. e.. sinceramente? Eu não estou arrependido, sabia? - O homem disse, se aproximando de Giovanna.

Era você. (Incompleta)Onde histórias criam vida. Descubra agora