Ó dor que acompanha a alma dos homens, que os faz pleitear prazeres e agirem como animais
Quão numerosos são os excessos da passageira existência humana
O que dirás em tua defesa, causadora de males tantos?
E tédio, teu irmão escondido no íntimo da solidão que faz despertar as paixões dos homens na busca da salvação de suas pobres almas de si mesmos?E tu alegria que há de dizer de tua efemeridade?
Com a muita sabedoria e conhecimento as dores tomam a direção do pobre entupido de desilusão
Mais vale ser mendigo, contanto que este não o seja
Ou nem eu o seja
Por que eu o sendo
Contente não estará
Viverá a lembrar
Dos dias de sua ilusão
Como era feliz
Com seu carro, sua mansão
Não precisava se humilhar pra conseguir o pão
Contudo mora na rua
Entorpecido de tanta paixão
Overdose de ilusão
Um infarto no coração das riquezas
No quarto da depressão
Injeção de sutileza
Imerso no universo da incertezaA ponte, a passagem, a metafísica
A brasa, a chama, a simples faísca
A sensibilidade de uma virgem
A perspicácia das meretrizes
Seus extremos
Troncos e raízes
Em todas as formas
Acidentes e cicatrizes.