Capítulo 13 - Sentimentos

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  Enquanto andava pelos corredores vazios, me dei conta de como se importar com uma pessoa pode me prejudicar, eu sabia que sentia algo por Christian, algo diferente que me fazia querer ele por perto o tempo todo. Mas a verdade é que não posso continuar a me enganar com esses sentimentos, eu sei que pelo fato de ser muito parecida com a Rita — até Spencer notou isso — e Christian ter tido sentimentos  por ela, sentimentos que ele nunca teve coragem de dizer, e por não ter tido tempo, ele não soube lidar direito com essa perda importante para ele. Me ter por perto era ruim para os dois, eu por ficar alimentando mais ainda aquele sentimento estranho, e Christian por continuar a me enxergar como a garota de seu passado.

   Naquela noite não dormi, fiquei vagando pelos corredores como uma alma perdida e sufocada pelos próprios pensamentos. De manhã não fui para o refeitório, e desde cedo fiquei no campo atirando e tentando dispersar meus pensamentos. Em um determinado momento sentei distante mas na direção do vidro escuro, era difícil enxergar por ele, mais se prestasse bastante atenção dava para se notar as silhuetas se mexendo. Com os olhos franzido observei quando duas figuras conversavam de frente uma para outra, pelo formato no cabelo uma delas era Abeey, a outra também parecia ser a silhueta de uma garota, mas não identifiquei quem poderia ser.

   Não demorou muito e as silhuetas foram uma para cada lado, tendo descansado um pouco me levanto tendo em mente correr em volta do campo. Tinha dado apenas três voltas quando Maxim aparece acenando perto dos equipamentos, corro até ele.

       —Oi. – Ele diz quando me aproximo.

        —Eai. – Falo recuperando o folego.

        —Não te vi o dia todo.

        —É... estava precisando de, um tempo sozinha.

        —Quer que eu vá embora? – Pergunta gesticulando.

        —Não, não precisa. – Falo e forço um sorriso.

        —Então os seus amigos descobriram. – Ele diz alguns segundo depois.

        —Sim, desculpe foi culpa minha. – Falo . – Não consegui ser tão discreta quando deveria.

        —Tudo bem, uma hora eles iam acabar descobrindo. – Ele diz dando de ombros.

        —Como está Alvaro? – Pergunto tendo um tremor leve lembrando do momento em que ele foi atingindo.

        —Bem.

        —A equipe vai ficar incompleta. – Comento.

        —Na verdade não vai. – Ele diz me fazendo franzir a testa.

        —Como assim? – Ele me olha também franzindo a testa.

        —Não esta sabendo? – Nego com a cabeça com medo do que estava por vir. – Christian contou hoje no almoço, Abbey mandou que ele substituísse Alvaro. – Entreabro os lábios surpresa.

        —Eles não podem fazer isso. – Falo mais para mim mesma.

        —Na verdade podem, ele também é um distopico. – Ele diz, olho para ele sem saber o que dizer. No mesmo segundo a raiva toma conta de mim travo o maxilar e dou alguns passos me distanciando.

        —Preciso ir, desculpe. – Falo antes de correr para dentro, indo com todo ódio para a sala de Winike e Abeey.

   Trombo com algumas enfermeiras enquanto passava pelo grande salão, mas não me importo com as suas exagerada gritaria.

   Em cima do tapete verde musgo quase perto da sala, escuto alguém me chamar, ignoro e continuo andando apressada.

        —Ei. – Christian dizia correndo até mim. – Nara. – Ele chama mas me recuso a virar, sinto em seguida ele segurar em meu pulso me forçando a recuar, olho para suas mãos em mim e depois olho para seu rosto. – O que vai fazer?

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