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Alex se sentou paranoico, desde de que tinha visto o post no blog se recusava a dormir ou comer, ele estava lendo sobre assassinatos, serial killers, por que o mundo era tão cruel... Encarou os dados, não que tivesse algumas pistas, assassinos mascarados estavam espalhados por todo canto. 

— Oakfield, 2011... 

Bateu na mesa, a matéria não dizia muita coisa, além de estar em inglês, ele só queria respostas de como destruir o assassino, exemplos, mas nada o deixava satisfeito. Escutou a porta ser aberta e levantou, Sol tinha voltado? Mas assim que saiu do quarto, deu de cara com Giovana e mais alguém, analisou as duas, era um tipo de invasão? Giovana estava invadindo casas com uma grávida...

— Como chegaram aqui? Ninguém me falou nada. 

— O porteiro me conhece. — Giovana andou passando a mão pelo sofá, depois parou em frente a Alex — Você ainda tem aquele quadro? — Disse já entrando no quarto dele

— Eu sou a Helena. — Ela disse com um sorriso cínico acompanhando Giovana 

Giovana analisou a bagunça de cima a baixo, parando em frente ao quadro de suspeitos, Giovana deixou escapar um sorriso, Guto ainda era um suspeito para ele, um dos amigos de Índia também, de resto ele tentava especular ligações e quando as pessoas morreriam, se abaixou para encarar o notebook. 

— Você está tentando achar algo parecido? — Ela se sentou na cadeira como se fosse dona do lugar — Nada é parecido. O massacre em Ashville, nos Estados Unidos, foi no ano seguinte e os dois foram diferentes, quase na mesma época que o Unicórnio começou a ir atrás da Índia, Campos do Cordeiro, interior de São Paulo, também teve sua maré de mortes. Entende o que eu quero dizer?

— Que cada assassino faz o massacre do seu próprio jeito. 

— Espertinho, e também que nós precisamos de uma fórmula própria. E se você olhar no meu blog, vai ter boas matérias sobre esses casos. 

— Seu blog que foi tomado pelo Unicórnio!? — Alex cruzou os braços 

Giovana riu um pouco incomodada com ele ter tocado na ferida, Helena revirou os olhos.

-— Vocês são idiotas, parem de querer brigar entre si, estamos aqui para colher informações. — Helena encarou o quadro — Tipo, esse quadro, tá sendo pensando com a sua cabeça, tem que olhar de fora, essa sua classificação está muito fechada, não pode pensar só no Unicórnio central, e se tiver mais? E se for quem menos você estiver pensando? Olha só, todos têm rostos angelicais aqui! 

— Até ser uma de vocês? — As duas se entreolharam 

— Claramente, mas eu tô grávida. — Respondeu Helena — E eu já enfrentei o Unicórnio uma vez, sei do que eu tô falando.

— Não exagera. — Comentou Giovanna revirando os olhos — Você só chegou no final... Mas não viemos debater isso, queremos saber da Sol. Você entrou no quarto da Sol? Depois que ela sumiu? 

— Sim, tudo normal, nenhuma peça de roupa foi levada. 

— Ela tá morta. — Helena deu de ombros 

— Além dessas conclusões fáceis, nós também viemos falar sobre a morte, alguém deve receber algum pedaço da Sol... 

— Caralho Giovana, quando foi que você ficou tão miserável? 

— Todas as conversas se resumem a como eu sou ruim. Chato. — Ela jogou os dreads para trás e parou em frente ao quadro — Esses amigos da Índia, em especial essa aqui... — Apontou para a foto de Mikaela — Não sinto confiança.

— É, mas eles estavam juntos quando a Carolina morreu. 

— E você acreditou neles? — Giovanna pegou uma caneta e riscou um círculo no rosto de Mikaela — Quem melhor para matar os amigos da Índia que os próprios amigos dela?

Laços da DiscórdiaOnde histórias criam vida. Descubra agora