cor da noite

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Mesmo de olhos fechados sinto sua presença, o corpo despido de roupas mas coberto de liquido da vida.
A pele anestesiada após tanto açoite, mas a alma pede clemência em tom de choro.
Já não pode ficar de pé, os olhos se quer consegue abrir, banhado de sal grosso és, não se sabe sabe ao certo
É para curar ou para ferir?
Largado a propria sorte junto aos seus, todos exalam forte o aroma de quem sofreu.
Vende-se carne negra!
Quem dá mais, quem dá mais
Suas vidas avaliadas a preço de carne fresca nem um tustão a mais.
Marcados a ferro quente com brasão de quem os adquiriu, como bois em seus pastos assim eles os viu.
A marca desse tempo carregamos ainda hoje, o sofrimento que acaretamos por nascer da cor da noite.

poetizando almas negras.Onde histórias criam vida. Descubra agora