Capítulo 23

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— Eu quero me divertir. — Eu anunciei, porque era importante. Uma menina tinha que ter objetivos. Eu empurrei a cadeira para trás e me levantei a meus pés. — Vamos dançar. Eu amo essa música.

— Você gosta de qualquer música que não é da banda que não deve ser nomeada. — Hina riu, me seguindo no meio da multidão.

Sua namorada Shivani apenas balançou a cabeça, agarrando-se a seu lado. Vodka foi, sem dúvida, uma ideia tão ruim como tequila, mas eu me sentia um pouco desfeita, mais solta. Foi bom para sair e com o estômago vazio três bebidas foi um longo caminho, de forma clara. Eu suspeito que Verônica tenha pedido pelo menos um deles duplo.

Foi ótimo para dançar, rir e me soltar. De todas as táticas para superar o rompimento que eu tinha tentado, me manter ocupada funcionou melhor. Mas sair para dançar e beber toda vestida não deve ser ridicularizado.

Coloquei meu cabelo atrás das orelhas, porque o meu rabo de cavalo tinha começado a desmoronar novamente.

Metáfora perfeita para a minha vida. Nada funcionou direito desde que eu tinha voltado de Los Angeles.

Nada dura.

O amor era uma mentira e rock'n'roll era um saco. Blá blá blá.

Vez por outra bebida.

E eu estava no meio de fazer um ponto importante.

— Estou falando sério. — Eu disse. — Eu sou bi. É eu não estou

brincando.

— Eu não acho que é verdade. — Gritou Lucy, movendo-se ao meu lado. Lucy também trabalhava no café, que era como as duas se conheceram. Ela tinha longos cabelos pretos que era a inveja de todos.

Hina revirou os olhos para mim.

— Você é bi. — Lucy sorriu. — Na semana passada, ela falou dos mosteiros. Acho que este é um passo construtivo para ela perdoar todos os humanos.

— Estou seguindo com a minha vida. — Eu disse.


— E é por isso que vocês duas têm falado sobre ela nas últimas quatro horas? — Hina sorriu, jogando os braços em volta dos ombros de Lucy.

— Nós não estávamos falando dela. Estávamos a insultando. Como se diz "inútil fedorenta fodedora de ovelhas" em alemão de novo? — Eu perguntei, inclinando-me para ser ouvida sobre a música.

— Esse foi o meu favorito.

Lucy e Hina ficaram ocupadas próximas dançando e eu as deixei ir, imperturbável. Porque eu não estava com medo de ficar sozinha.

Eu estava cheia embalada, cheia do poder de solteira.

Foda-se Heyoon Jeong.

Foda-se ela bem e duramente.

A música toda misturada em uma batida longamente distorcida e, enquanto eu continuasse me movendo tudo seria perfeito. Suor alisava pelo meu pescoço e eu abri outro botão no meu vestido, ampliando o decote. Eu ignorei as outras pessoas dançando a minha volta. Fechei os olhos, ficando segura no meu próprio mundinho. O álcool havia me dado um bom zumbido.

Por alguma razão, as mãos deslizando sobre meus quadris não me incomodaram, apesar de estarem ali sem serem convidadas. Elas não foram mais longe, não me fizeram nenhuma exigência. Seu proprietário dançava atrás de mim, mantendo uma pequena distância segura entre nós.


Foi bom.

Talvez a música tenha me hipnotizado. Ou talvez eu estivesse sozinha, porque eu não lutaria contra isso. Em vez disso eu relaxei. Por toda próxima música ficamos assim, nos fundindo, em movimento. O ritmo abrandou e eu levantei meus braços, unindo as mãos atrás do pescoço.

VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]Onde histórias criam vida. Descubra agora